Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
Não fosse Portugal um país de "especialistas" em tudo e mais alguma coisa.
Ao virar da esquina, ou na mesa do café, está sempre um médico, um juíz, um arquitecto, um treinador de futebol, um engenheiro ou um polícia, todos concentrados na mesma pessoa...
Na época, o dinheiro dos Fundos Europeus, para formação, desapareceu, sem quaisquer efeitos benéficos para o nosso povo.
Resultado desta tramóia, uns quantos orientaram-se, coitaditos...alguns, muitos da UGT, outros não levaram formação e receberam 1.500$00 em vez de 4.500$00. Grande central sindical, a UGT.
Portugal contínua a marcar passo, os ladrões são muitos...
Porque que, de facto, a 1ª oportunidade desperdiçamos... As "novas" vamos ver!
Aliás, deixando as peripécias dos dinheiros da CEE de lado, só me ocorre lançar um desafio (um pouco adivinhatório):
- Quem tramou Torres Couto?