O Presidente da República e os seus ajudantes


Fui um dos 2.713.916 eleitores que não votaram no actual Presidente da República. Não me limitei a votar noutro candidato, votei contra ele.

No entanto, após a tangencial vitória, senti-me na obrigação de o felicitar. Depois de jurar cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa, considerei que era o meu Presidente e lhe devia respeito e solidariedade.

Mantenho o respeito a que sou obrigado, desejando que o seu mandato não desdoure o dos antecessores e que o seu desempenho seja motivo de orgulho para os portugueses. Não posso, no entanto, prodigalizar-lhe a estima que lhe reservava.

Os seus colaboradores mais próximos podiam ser assessores da Conferência Episcopal pelas posições éticas sobre o aborto, embriões, eutanásia, casamentos homossexuais e pílula do dia seguinte. Só seriam recusados por serem tão desumanamente ultraliberais. Mas a escolha é um direito discricionário do PR.

A forma como recebeu o primeiro-ministro no seu primeiro encontro institucional – a avaliar pela proximidade da parede –, e como o colocou fora do tapete, deixa-me amplas reservas e algumas suspeitas.

Não sou eu que me afasto do meu presidente, é ele que, aparentemente, desistiu de ser consensual para se tornar chefe de facção.

Comentários

Anónimo disse…
O que se passa com o novo visual do Ponte Europa? Será algum boicote?
Anónimo disse…
Eu próprio não sei.

Apenas sei que tem estado inacessível.
Anónimo disse…
Hoje, Jerónimo de Sousa (PCP) caracterizou liminarmente a situação a propósito das nomeações em Belém:
- Cavaco - Presidente da República
Portuguesa
- E não, o "presidente de todos os portugueses".

CE:
Era, portanto, evitável o post que colocou no dia da tomada de posse do Prof. Cavaco.
Permita que lhe dê um alvitre:
A Direita não tem essas generosidades (políticas e éticas).
Portanto, o melhor será começar já a trabalhar para 2010-11.
É um trabalho dificil porque necessita, também, da generosidade dos políticos para a unidade do "povo de esquerda".
Deixemos de lamentações e vamos ao trabalho. Não é?

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