A conversão de Blair
O antigo primeiro-ministro britânico, Tony Blair, converteu-se ao catolicismo, informou este sábado a imprensa britânica.
A imprensa britânica chama conversão àquilo que eu designaria por transferência e que, quando é ao contrário, o Vaticano chama apostasia - um dos pecados mais graves para qualquer religião.
Veio ao encontro do apelo prosélito feito pelo Vaticano na última campanha de Inverno. Blair fingiu-se anglicano para ser primeiro-ministro e fez-se católico para melhor aturar a família, com as crianças já cativadas pelo catolicismo militante da pia consorte.
Não deixa de ser intrigante que todos os invasores do Iraque explicitem publicamente a sua fé quando esta devia ser, em países laicos, um adereço particular como um angioma na face, um quisto sebáceo no escroto ou uma verruga no pescoço.
Ao imaginar este belicista de joelhos vem à memória João Paulo II a rejeitar a guerra sem nunca desautorizar os invasores, todos amigos da hóstia e da missa. Excepto um cristão evangélico fundamentalista, todos eram católicos romanos a que agora se junta o que andava refugiado na fé anglicana – Blair.
Blair, Aznar, Barroso, Berlusconi e, naturalmente, os devotos da Polónia e da Áustria, todos eram tementes a Deus no tempo do papa que via no Opus Dei o Espírito Santo.
O trânsfuga resolveu dar uma prenda natalícia ao professor Rätzinger. Levou-lhe o corpo ao baptismo, a testa ao azeite e a língua à hóstia. O Papa já instruiu o clero para usar este troféu como argumento.
A imprensa britânica chama conversão àquilo que eu designaria por transferência e que, quando é ao contrário, o Vaticano chama apostasia - um dos pecados mais graves para qualquer religião.
Veio ao encontro do apelo prosélito feito pelo Vaticano na última campanha de Inverno. Blair fingiu-se anglicano para ser primeiro-ministro e fez-se católico para melhor aturar a família, com as crianças já cativadas pelo catolicismo militante da pia consorte.
Não deixa de ser intrigante que todos os invasores do Iraque explicitem publicamente a sua fé quando esta devia ser, em países laicos, um adereço particular como um angioma na face, um quisto sebáceo no escroto ou uma verruga no pescoço.
Ao imaginar este belicista de joelhos vem à memória João Paulo II a rejeitar a guerra sem nunca desautorizar os invasores, todos amigos da hóstia e da missa. Excepto um cristão evangélico fundamentalista, todos eram católicos romanos a que agora se junta o que andava refugiado na fé anglicana – Blair.
Blair, Aznar, Barroso, Berlusconi e, naturalmente, os devotos da Polónia e da Áustria, todos eram tementes a Deus no tempo do papa que via no Opus Dei o Espírito Santo.
O trânsfuga resolveu dar uma prenda natalícia ao professor Rätzinger. Levou-lhe o corpo ao baptismo, a testa ao azeite e a língua à hóstia. O Papa já instruiu o clero para usar este troféu como argumento.
Comentários
Se tivesse convertido aquela sinistra organização do avental estaria aqui a levar louvores.
Também é de estranhar que num país tão “democrático” com a Inglaterra um católico esteja proibido de ser primeiro-ministro.
O ódio do Esperança a tudo o que é religião é um fundamentalismo perigoso. Devia consultar um especialista esses recalcamentos normalmente têm alguma fundamento.
Pois para mim a ICAR representa um estado totalitário, cobarde, hipocrita, com falta de humanidade e cheio de oportunismo político!
Ainda não perceberam que têm de fazer uma revolução/evolulução dos seus dogmas que incorpore os avanços da ciência, como fizeram no tempo de Galileu, caso contrário não angariam muitos mais sócios!
Não odeio a religião, apenas temo a sua agressividade e proselitismo. E denuncio os crimes contra a humanidade tal como denuncio os de Estaline e Hitler.
Não me interessa que Bin Laden seja muito religioso, é um terrorista.
Já o Sr. odeia a democracia e não é capaz de condenar Hitler mas a mim não se inibe de chamar assassino por esses sítios fascistas da blogosfera.
Se lhe serve de algum consolo para mim o nacional-socialismo acabou em 1935 na noite das facas longas. Depois a direita reaccionária tomou conta do poder e foi o que se viu.
Nunca me viu defender a violência mas eu já o vi em nome de “revoluções” defender assassinatos.
Quanto ao Bin Laden inteiramente de acordo é mais um produto do sionismo imperialista americano. Tivessem os novos Senhores do Templo uma visão diferente sobre as relações internacionais e podíamos viver finalmente um período de paz e de respeito entre os povos.
Você, não tem nada com as opções de fé de cada um, pode críticar os actos cometidos por Blair e só.
A fé, é um bem precioso que nem todos têm, críticar quem tem fé, é um acto ignóbil, próprio dum ateu, como CE.
Há gente com pedras no sapato, face à religião, muitos por via da educação seminarista...
Não posso criticar as religiões, quer o senhor dizer.
Posso saber a razão? Não posso temer o carácter totalitário que as torna detonadores das guerras?
O excesso de fé de alguns muçulmanos matou hoje Benazir Bhutto.
Liberdade reliiosa é o direito de ter, não ter e ser contra. O Estado deve defender, na sua laicidade, os direitos individuais.
Quer queiramos, quer não, não há arte nem sabedoria nem amor que o possa ocupar. Só Deus”.
“Para quem quer acreditar em Deus e não é capaz basta acreditar numa preposição muito mais fácil e muito mais simples. Não é só pelo facto de se acreditar em Deus que Deus faz o favor de existir. E, se existir, existe também para aqueles que não acreditam Nele. Existirá até mais um bocadinho. Porque são aqueles que não têm fé que mais precisam dele”.
Miguel Esteves Cardoso
O texto é bonito e de um grande prosador. Obrigado.
No entanto eu estou vacinado, como sabe.
No Natal foram queimadas igrejas e perseguidos cristãos pelos hindus. Até já estes! todos querem converter os outros. É o proselitismo na sua loucura e o espírito totalitário.
Não é a fé dos homens que eu temo é a violência das suas Igrejas.
Um abraço.
A menos que a "conversão" se deva a ambições políticas internacionais que de momento de não se descortinam. A ver vamos!
Concordo plenamente
Um Abraço