A ICAR e o preservativo
A Igreja católica embirrou com o preservativo com a mesma obsessão com que Maomé execrou o toucinho, com o ódio suplementar à sexualidade, comum às duas religiões.
Houve quem julgasse que as afirmações do arcebispo do Maputo eram declarações exóticas à revelia do Vaticano: «Eu conheço dois países na Europa que fabricam preservativos contendo o vírus da sida. Eles querem acabar com os Africanos, é o programa. Se nós não nos prevenirmos, seremos exterminados dentro de um século».
Estas palavras não são disparates isolados de D. Francisco Chimoio, o mais eminente bispo de Moçambique, país que tem quase 18% dos seus 19 milhões de habitantes seropositivos, são um crime contra a saúde pública reforçado pelo cardeal Alfonso Lopez Trujillo, presidente do Conselho Pontifício para a Família no Vaticano. Este cardeal avisou os católicos de que todos os preservativos são fabricados secretamente com muitos buracos microscópicos através dos quais o vírus da Sida pode passar.
Rafael Llano Cifuentes, bispo auxiliar do Rio de Janeiro, explicou durante um sermão o facto de a sua Igreja ser contra o preservativo com um argumento demolidor: «nunca vi um cãozinho usar um preservativo durante uma relação sexual com uma cadela».
Houve quem julgasse que as afirmações do arcebispo do Maputo eram declarações exóticas à revelia do Vaticano: «Eu conheço dois países na Europa que fabricam preservativos contendo o vírus da sida. Eles querem acabar com os Africanos, é o programa. Se nós não nos prevenirmos, seremos exterminados dentro de um século».
Estas palavras não são disparates isolados de D. Francisco Chimoio, o mais eminente bispo de Moçambique, país que tem quase 18% dos seus 19 milhões de habitantes seropositivos, são um crime contra a saúde pública reforçado pelo cardeal Alfonso Lopez Trujillo, presidente do Conselho Pontifício para a Família no Vaticano. Este cardeal avisou os católicos de que todos os preservativos são fabricados secretamente com muitos buracos microscópicos através dos quais o vírus da Sida pode passar.
Rafael Llano Cifuentes, bispo auxiliar do Rio de Janeiro, explicou durante um sermão o facto de a sua Igreja ser contra o preservativo com um argumento demolidor: «nunca vi um cãozinho usar um preservativo durante uma relação sexual com uma cadela».
Altos membros da ICAR têm dito aos crentes que os preservativos transmitem a SIDA: o cardeal Obando y Bravo da Nicarágua, o arcebispo de Nairobi, no Quénia, e o cardeal Wamala do Uganda. Nenhum deles se distinguiu pela inteligência ou cultura mas têm em comum a piedade e a devoção ao Papa. Constituem um perigo porque contribuem, por ignorância ou fanatismo, para a propagação da SIDA e aumento da mortalidade.
Fonte principal dos nomes: «deus não é Grande», de Christopher Hichens
Comentários
De uma vez por todas, não é toucinho que se diz é bacon!!!!
É triste usar sempre, o mesmo tipo de argumento, para atacar a igreja católica.
Quem tem fé, não liga a estas provocações.
Que um cardeal da Nicarágua, Moçambique, Quénia ou Uganda diga disparates destes é muito grave mas não surpreende especialmente. Agora que um alto responsável do Vaticano o diga devria ser suficiente para a demissão.
CA:
Vem no livro citado mas foi igualmente notícia da comunicação social em data que já não posso precisar.
Só não percebo essa de haver cardeais de 1.ª e de 2.ª. Nos casos citados até pode parecer tratar-se de racismo.
A formação do clero acompanha em parte o nível de formação geral do país. Admito por isso que cardeais de alguns países digam disparates de boa consciência por acreditarem nesses disparates.
O cardeal Trujillo tem um importante cargo no Vaticano e quando fala de algum modo compromete toda a Igreja Católica. Dizer um disparate desta magnitude nunca deveria passar dem uma correcção.