O País, o PS e o futuro
Interessam-me mais o País e o regime democrático do que o PS, mas reconheço que um e outro precisam deste partido.
Não tomei posição por qualquer dos candidatos a líder, candidato a PM é uma tolice que não se discute entre dois militantes, resolve-se nas eleições legislativas onde o partido mais votado é convidado a formar Governo.
Não me é indiferente o candidato que saia vencedor. Tenho preferências marcadas mas não as manifesto porque não sou militante do PS, não me inscrevi como simpatizante e não quis aumentar o ruído e a sangria em que o PS se esvaiu com militantes a optarem por destruir o inimigo interno em vez de combaterem os adversários que desbarataram o País e comprometeram a democracia.
Dos debates ficou-me a ideia de que saíram claramente vencedores Marinho e Pinto e a abstenção. Quanto ao primeiro não tenho a menor dúvida e temo que, depois da decisão, persistam as lutas intestinas que arruínam o partido e arriscam o futuro do PS e do País, se ainda há futuro com a dívida externa de 134% do PIB, a exaustão fiscal, uma balança comercial deficitária e a destruição sistemática do Estado levada a cabo pelo pior PM, o pior PR e a mais indigente maioria do regime democrático.
Se o vencedor da luta que atingiu instantes de rara agressividade, e até de baixeza ética, tiver do vencido a grandeza que Cavaco mostrou no discurso de vencedor presidencial, o PS arrisca-se a ser dispensado pelo eleitorado e a lançar o país nas mãos de populistas e demagogos em que estes momentos são férteis.
Nenhum partido nem qualquer inimigo do PS lhe fez tão mal como os mais exacerbados militantes durante a legítima disputa em curso. Espero que se contenham e deem ao seu próximo secretário-geral um apoio tão entusiasta como aquele com que respetivamente o denegriram ou apoiaram. Sobretudo o entusiasmo com que combateram.
Não tomei posição por qualquer dos candidatos a líder, candidato a PM é uma tolice que não se discute entre dois militantes, resolve-se nas eleições legislativas onde o partido mais votado é convidado a formar Governo.
Não me é indiferente o candidato que saia vencedor. Tenho preferências marcadas mas não as manifesto porque não sou militante do PS, não me inscrevi como simpatizante e não quis aumentar o ruído e a sangria em que o PS se esvaiu com militantes a optarem por destruir o inimigo interno em vez de combaterem os adversários que desbarataram o País e comprometeram a democracia.
Dos debates ficou-me a ideia de que saíram claramente vencedores Marinho e Pinto e a abstenção. Quanto ao primeiro não tenho a menor dúvida e temo que, depois da decisão, persistam as lutas intestinas que arruínam o partido e arriscam o futuro do PS e do País, se ainda há futuro com a dívida externa de 134% do PIB, a exaustão fiscal, uma balança comercial deficitária e a destruição sistemática do Estado levada a cabo pelo pior PM, o pior PR e a mais indigente maioria do regime democrático.
Se o vencedor da luta que atingiu instantes de rara agressividade, e até de baixeza ética, tiver do vencido a grandeza que Cavaco mostrou no discurso de vencedor presidencial, o PS arrisca-se a ser dispensado pelo eleitorado e a lançar o país nas mãos de populistas e demagogos em que estes momentos são férteis.
Nenhum partido nem qualquer inimigo do PS lhe fez tão mal como os mais exacerbados militantes durante a legítima disputa em curso. Espero que se contenham e deem ao seu próximo secretário-geral um apoio tão entusiasta como aquele com que respetivamente o denegriram ou apoiaram. Sobretudo o entusiasmo com que combateram.
Comentários
E, face ao desenrolar do 'filme', os portugueses encalharam nas preposições, continuando à espera dos 'finalmente'...
Têm todo o direito à vossa opinião...Mas o que daí resulta é uma completa contradição: se o PS é muito importante para o País, como lhes foi possível - já que são "informados" politicamente - não quererem participar na votação de domingo. Claro que é "uma fantochada" , mas a realidade é que o ainda SG ditou o processo que mais lhe convinha...e claro que António Costa não é perfeito, não é, mas é o que melhor pode DEVOLVER A ESPERANÇA NUM FUTURO MELHOR PARA OS PORTUGUESES! e VOCÊS PÕEM-SE "ORGULHOSAMENTE" DE FORA...QUE TRISTEZA !
Não participei por duas razões:
1 - A escolha devia caber aos militantes para se responsabilizarem pelo líder que apresentam ao país. É preciso que saibam escolher entre o que o país prefere e aquele com quem mais simpatizam;
2 - Penso defender posições sobre o sistema eleitoral que coincidem com as do candidato que eu prefiro e não quero ser suspeito de, em caso de derrota dele (longe vá o agoiro) o farei por ressentimento.
A neutralidade de quem não participa na vida interna de um partido é saudável, na minha opinião.
Sempre tive dúvidas sobre o processo das 'primárias', tal como foi desencadeado.
Do combate pela nomeação para candidato a primeiro-ministro - que foi público - nada de devolutivo foi demonstrado acerca da esperança que os portugueses bem mereciam usufruir.
Não me seduz a vida partidária tal com ela existe no nosso País. E os alargamentos não me entusiasmam pela simples razão de que eles enfermam dos mesmos problemas que os 'indignados'. Alguém vai tirar proveito da peleja em curso. E esse alguém será, mais uma vez, o aparelho partidário. Não tenho qualquer preconceito contra os partidos, julgo-os indispensáveis para a Democracia, mas a militância neste campo deve ser livre, voluntária e voluntariosa. Neste momento, não estou disponível para assumir alguns desses encargos, excepto o da liberdade que é imprescindível para o exercício da cidadania (lato sensu)
E nada disto diz respeito a um qualquer partido de modo específico ou particular.
Não assisti alheado, ou de modo indiferente, à disputa pela liderança do PS (é disso que se trata).
Faço parte dos grande número de espectadores (que não uma 'maioria silenciosa') que ainda julgam poder desenvolver a actividade cívica fora do enquadramento partidário ou da massa difusa de 'simpatizantes'.
E já agora termino manifestando-me. O facto de não participar numa 'guerra' alimentada por A. J. Seguro - num 'ambiente' verdadeiramente intolerável onde campeiam acusações de 'traição' e de 'mistura' entre política e negócios - não me impede de manifestar a minha opinião. De facto, a candidatura que julgo melhor servir o PS e [também] o País será a de António Costa.
Não tenho pejo em o afirmar e poderia justificar porquê.
Todavia, e para encurtar razões, entendo que esta opinião não me obriga a nada - para já. Para o ano (o mais tardar), tal como o universo dos portugueses, vou ter oportunidade de expressar o meu voto. Entretanto, continuo a pensar que até ao lavar dos cestos é vindima.