Passos Coelho e as trapalhadas legais
Se o primeiro-ministro, ainda que virtual, se furtou ao dever de entregar no Tribunal Constitucional (TC) a declaração de rendimentos e património da cessação de funções de deputado, perdeu a legitimidade para exercer cargos públicos.
Se o ora virtual primeiro ministro esqueceu se recebia ou não, o complemento de 5 mil euros de uma empresa de atividade duvidosa, de honestidade suspeita e de eficácia nula, não está em causa apenas o oportunismo e o caso de polícia que o tempo fez prescrever, revela o carácter pessoal e a ilegitimidade de quem alegadamente governa para exigir ao País os sacrifícios que o empobreceram.
Não há maioria da Assembleia da República que possa eticamente esconder desmandos, a havê-los, que permitam a Passos Coelho esconder as contas bancárias de há 14 anos e de as ver confrontadas com o cumprimento das obrigações fiscais.
Fiscalmente, os crimes prescrevem mas, politicamente, ficam como nódoa indelével da conduta de quem os praticou. Pode Passos Coelho ser um caso de amnésia recorrente e não pode deixar de ser ele o primeiro a querer esclarecer as graves acusações de que foi alvo.
Com o PR alheado do país, não pode ficar sob suspeita o cidadão que, na aparência, é quem nos governa. Um módico de decoro exige que o acusado dê explicações ao país e justifique a calúnia de que é alvo. Estamos perante um dos raros casos em que o ónus da prova se inverte, mantendo-se no cargo. Não adianta pedir desculpa pela não entrega da declaração no TC nem levar à demissão um contínuo da AR que se terá esquecido de a entregar.
Ministros a pedirem desculpa pela incompetência e subalternos a demitirem-se por sua conta, já cansam. Passos Coelho tinha 60 dias para entregar a declaração aos juízes do TC e já lá vão quase 15 anos.
Espera-se a demissão de um dos seus motoristas.
Se o ora virtual primeiro ministro esqueceu se recebia ou não, o complemento de 5 mil euros de uma empresa de atividade duvidosa, de honestidade suspeita e de eficácia nula, não está em causa apenas o oportunismo e o caso de polícia que o tempo fez prescrever, revela o carácter pessoal e a ilegitimidade de quem alegadamente governa para exigir ao País os sacrifícios que o empobreceram.
Não há maioria da Assembleia da República que possa eticamente esconder desmandos, a havê-los, que permitam a Passos Coelho esconder as contas bancárias de há 14 anos e de as ver confrontadas com o cumprimento das obrigações fiscais.
Fiscalmente, os crimes prescrevem mas, politicamente, ficam como nódoa indelével da conduta de quem os praticou. Pode Passos Coelho ser um caso de amnésia recorrente e não pode deixar de ser ele o primeiro a querer esclarecer as graves acusações de que foi alvo.
Com o PR alheado do país, não pode ficar sob suspeita o cidadão que, na aparência, é quem nos governa. Um módico de decoro exige que o acusado dê explicações ao país e justifique a calúnia de que é alvo. Estamos perante um dos raros casos em que o ónus da prova se inverte, mantendo-se no cargo. Não adianta pedir desculpa pela não entrega da declaração no TC nem levar à demissão um contínuo da AR que se terá esquecido de a entregar.
Ministros a pedirem desculpa pela incompetência e subalternos a demitirem-se por sua conta, já cansam. Passos Coelho tinha 60 dias para entregar a declaração aos juízes do TC e já lá vão quase 15 anos.
Espera-se a demissão de um dos seus motoristas.
Comentários
Esta fez-me lembrar o homem de Sta. Comba que despedia os ministros pelos motoristas!