José Rodrigues dos Santos
A absurda polémica levantada pelo jornalista José Rodrigues dos Santos quando defende uma origem comum entre o comunismo e o fascismo é como todos já entendemos fruto da ignorância histórica do mesmo e assenta em frivolidades e lateralidades que abastardam a evolução dos movimentos filosóficos e das ideias (ideologias) do final do século XIX, início do século XX. Resta saber se a narrativa é - pura e simplesmente - uma ignóbil tentativa de 'auto-promoção' através de uma falsa questão.
Não vamos entrar neste romance de um pseudo-debate da História das Ideologias. Aliás, já vieram a terreiro vários especialistas rebater a peregrina tese inventada por José Rodrigues dos Santos pelo que se torna fastidioso citá-los.
O que deve preocupar e manter alerta – quer os cidadãos quer o próprio autor - é a possibilidade do jornalista estar inopinadamente a ressuscitar um célebre slogan da extrema-esquerda (MRPP), no PREC, onde os comunistas eram sistematicamente apelidados de ‘social-fascistas’. Assim, o escritor do ‘Pavilhão Purpura’ nada acrescenta ao já conhecido e debitado nas ruas e cartazes durante esse período.
Todos conhecemos a evolução histórica (natural) destas derivas esquerdistas que se exacerbaram no pós-25 de Abril (imediato).
Não é despiciente, nem ocasional, que surjam estas novas atoardas quando Portugal tem um governo apoiado por toda a Esquerda parlamentar.
Logo, não deveremos ficar surpreendidos se o jornalista-escritor acabar mal (acompanhado) ou, em alternativa, junto a um altar (em cima de uma azinheira e pastorinhos à volta).
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