Mota Engil, Jorge Coelho e Paulo Portas
Sempre me repugnou a perseguição aos governantes e a vontade disfarçada de os ver votados ao ostracismo e, se possível, à indigência, depois de saírem do Governo.
É diferente, ética e politicamente, que a ex-ministra das Finanças integre uma empresa cujo objetivo é receber créditos difíceis do Estado, do emprego de um ex-ministro numa empresa construtora, farmacêutica, têxtil ou informática.
A notícia, acabada se saber, de que Paulo Portas vai trabalhar para a construtora Mota Engil, é inatacável sob o ponto de vista ético, tendo renunciado ao lugar de deputado.
O que talvez seja difícil explicar é a sanha da direita contra Jorge Coelho, que fez um período de nojo de 7 anos, e se vai calar (aposto 1 contra 100) perante a legítima ida de Paulo Portas para a mesma empresa, 6 meses depois de ser obrigado a deixar o Governo.
É diferente, ética e politicamente, que a ex-ministra das Finanças integre uma empresa cujo objetivo é receber créditos difíceis do Estado, do emprego de um ex-ministro numa empresa construtora, farmacêutica, têxtil ou informática.
A notícia, acabada se saber, de que Paulo Portas vai trabalhar para a construtora Mota Engil, é inatacável sob o ponto de vista ético, tendo renunciado ao lugar de deputado.
O que talvez seja difícil explicar é a sanha da direita contra Jorge Coelho, que fez um período de nojo de 7 anos, e se vai calar (aposto 1 contra 100) perante a legítima ida de Paulo Portas para a mesma empresa, 6 meses depois de ser obrigado a deixar o Governo.
Comentários
A discussão deverá incidir sobre o 'período de nojo' necessário para os titulares de cargos públicos uma vez terminada a sua missão (pública).Não é a mesma coisa 6 meses ou 6 anos.
Como será diferente trabalhar na área que tutelou durante o exercício de funções públicas ou num sector distinto.
O exercício de funções públicas não deve ser um anátema profissional. Mas esta posição de princípio não pode inibir um regulamentação simples, directa e eficaz que, quer os cidadãos, quer os políticos, liminarmente entendam e conheçam previamente.
Ou muito me engano, ou lá vamos ter mais um caso a cair na Comissão Parlamentar de Ética, para um parecer a 'retalho' devido a sinuosidades (alçapões) da regulamentação...
Nestas coisas, meus amigos, prognósticos? Nem no fim do jogo!
Não tenho tão boa impressão da honestidade do governo de Passos Coelho, sem me permitir ser avalista do anterior.