Haja pudor!
O inefável Dr. Santana Lopes acusa o actual Governo de promessas não cumpridas, acusação que peca na falta de originalidade por nunca ter deixado de ser feita em qualquer dos Governos ao que o precedeu. Quase sempre com mais razão do que agora.
Vale a pena lembrar Durão Barroso que lhe endossou o PSD e o Governo como se de bens pessoais se tratasse. Nesse Governo, de que fugiu para Bruxelas a cobrar o prémio do apoio à invasão do Iraque, a primeira medida foi, como no actual, a subida do IVA cuja promessa em contrário tinha sido solene.
Quanto ao TGV prometeu que nunca, depois que sim e, a seguir a outro não, acabou a assinar cinco trajectos com o seu homólogo Aznar, amigo do peito e de Bush. O mesmo ziguezague ocorreu com o aeroporto da OTA, mas a memória é curta.
Quanto a Santana Lopes, que procura a ressurreição política, é bom que deixe esquecer as trapalhadas em que se meteu com secretarias de Estado ao domicílio, ministros que foram para casa sem se despedirem e o mais indizível ministro das Finanças que desde a ditadura de Pimenta de Castro integrou qualquer Governo – Bagão Félix –, autor do mais inexequível e imponderado Orçamento de Estado de sempre.
Enquanto as trapalhadas em que nos meteu forem lembradas é bom que mantenha o silêncio num país de fraca memória onde até Paulo Portas e o perigo que representou no controlo das forças de segurança já começaram a ser esquecidos.
Comentários
Este Santana Lopes é uma nódoa, mas o Sócrates não lhe fica atrás, senão vejamos;
- Sócrates, prometeu NÃO aumentar os impostos, não penalizar os reformados e os trabalhadores, não acabar com as scuts, não criar taxas e mais taxas no SNS, enfim, montes de promessas NÃO cumpridas...
- Sócrates, prefere as megalomanias, quer avançar com o TGV e com o aeroporto da OTA como se Portugal fosse um país grande e de grandes recursos...
- Sócrates, com o seu ódio a Coimbra e mandou cancelar o concurso do metro, ao contrário quer brindar-nos com a famigerada co-incineração. Protelou a construcção do Pediátrico, da variante sul do IC-2, asfixia os serviços públicos instalados em Coimbra...
Afinal, que interesse tem para nós portugueses e conimbricenses em particular, este 1º ministro, que ainda por cima se mostra autoritário e ditador...não sou eu que o digo, diz Helena Roseta e não só.
Haja honestidade, não sejamos facciosos...
É mesmo um país demenciado...
Voltam, ao virar da esquina, á liça como se nada tivesse passado.
Dá a sensação que na sua lídima interpretação sobre as derrotas é que, se alguém se enganou, foi o Povo.
Portugal está como está porque não consegue fazer política com memória.
Isto é válido para Santana Lopes, mas seria, também, por exemplo, para Mário Soares...
Haja decoro! - gritaria a minha avó...
Como o pesudo filósofo grego, mudou de opinião....
Eu até pago para eles não voltarem.
é que a vida não é só rir.
O TGV é coisa de país rico, Portugal precisa, no máximo, duma ligação a Espanha, talvez Lisboa-Madrid, mais nada...
O nosso país é demasiado pequeno para investimentos, tão grandes e inúteis.
O senhor já viu que o TGV, Lisboa-Porto, dá um ganho de 20 minutos, o bilhete terá um preço elevado, não concorrencial com o avião, por exemplo.
O nosso país é periférico, pequeno e pouco populoso, não tem que se meter em cavalarias altas...esses investimentos só servem para desnívelar, cada vez mais, o fosso entre ricos e pobres.
O aeroporto, parece-me, outra coisa, mais cedo ou mais tarde, o de Lisboa dá o berro e naturalmente, é preciso um, já apetrechado e dimensionado para o futuro.
Haja coragem de pensar um Portugal, com pés e cabeça.
só espero que não paguem como se fosse em primeira...
O camarada é dos tais que se põe em bicos de pés para o tacho... não é verdade?
A razoabilidade, é coisa boa.