UMA PIA ESCANDALEIRA... Opinião de um leitor
A situação, aparentemente escabrosa, que se vive no Millenium BCP, se não transparecer publicamente uma actuação firme e decidida do Banco de Portugal, ou na pior das hipóteses, da PGR, vai abalar a confiança dos portugueses nas instituições financeiras nacionais.
O País não precisava de passar por este engulho, que efectivamente ultrapassa a questão financeira e prejudica a economia nacional, tanto mais que as instituições bancárias gozam, ainda, de importantes privilégios fiscais.
Gozam de privilégios e parecem gozar com o dinheiro dos portugueses.
Afinal, Joe Berardo, não parece ser um "trouxa". Topou a jogada.
Ou estaremos à beira de um escândalo financeiro envolvendo a Opus Dei, até aqui, incólume, no nosso País.
Uma situação semelhante aos casos: Marcinkus/IOR/Vaticano (Banco Ambrosiano)? Mateos (Rumasa)? Roveraro (Parmalat)?,...
Esperemos, então, pelos próximos desenvolvimentos.
a) e-pá
Comentários
Nem de propósito!!!
O governador do Banco de Portugal (BdP) informou esta tarde os accionistas de referência do maior banco privado português que nenhum dos actuais administradores do banco poderá vir a integrar um novo Conselho de Administração da instituição, segundo uma fonte financeira próxima do processo, avançou a «Reuters».
Como a Casa Pia vai dar em nada.
Como o Apito Dourado vai dar em nada.
Como a Fátima Felgueiras vai dar em nada.
Como o Isaltino Morais vai dar em nada.
Como a UGT deu em nada.
Como as FP25 deram em nada.
Já agora podemos acrescentar:
Como processo dos pides deu em nada.
Como o caso dos hemofílicos contaminados deu em nada.
Como o negócio dos submarinos vai dar em nada.
Lembro-me bem daquilo que fizeram aos pides em Coimbra, aquando da sua prisão e não foi nada de bom. Por outro lado muitos tiveram que fugir e outros foram presos, como tal e analisando de uma forma independente de alguma forma foram penalizados. Mas esses não faziam parte das hostes dos vencedores e como tal ainda que com brandos costumes pagaram a sua pena.
O que me revolta é uma certa impunidade em relação aos grandes.
Por exemplo no caso da Casa Pia, não tenho dúvidas que o Bibi será condenado, somente porque não tem pai rico nem foi ao BES.
A exigência de uma atitude das entidades reguladoras da actividade bancária e da Bolsa em Portugal (Banco de Portugal e CMVM) norteadas por um extremo rigor. E, mais, o tratamento das ilicitudes ou ilegalidades detectadas, com a mais inflexível dureza repressiva, para que façam doutrina no futuro. Para que sejam exemplares.
Se há uma actividade onde a "tolerância zero" se aplica é esta ou, então, voltamos aos tempos do dinheiro debaixo do colchão.
A actividade bancária não pode estar submetida ou condicionada por qualquer tipo de suspeita. Quanto mais de impunidade!
E estas medidas devem ser oportunas e atempadas. Não há razões para delongas, não tem de haver contemplações, nem hesitações.
Infelizmente, um eventual processo judicial, será sempre longo.
Mas são, como todos sabemos, situações diferentes.
Os ciganos romenos roubam e a justiça põem-os na rua.
Estamos lixados, cuidado, eles andam aí.