Momento zen de segunda_23-11-09
João César das Neves (JCN), catequista ao serviço do episcopado, insiste nas homilias contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo e reincide na defesa de todos os preconceitos pios.
É difícil explicar a um prosélito que há diferença entre pecado e crime, entre as penas do Inferno e a privação da liberdade, entre a ofensa feita ao deus de JCN e a infracção ao Código Penal.
Argumenta JCN que se o casamento entre pessoas do mesmo sexo fosse um direito não se compreendia que tivesse ficado omisso em trinta e tal anos que Portugal já leva de democracia. Esquece que os direitos, tal como a democracia, se têm conquistado contra a vontade dos seus bispos e o azedume dos seus padres. O direito que lhe provoca azia é uma conquista que não conta com a bênção eclesiástica nem com uma bula do papa. É o epílogo do longo processo que levou ao respeito pelas opções sexuais individuais que o Antigo Testamento abomina: "Um homem que se deite com outro homem como se fosse uma mulher, ambos cometeram uma abominação e deverão morrer e o seu sangue cairá sobre eles."
Não sei se JCN prefere renegar o A.T., matar os homossexuais ou pagar a alguém que o faça por ele. Aliás, está em sintonia com o que também prescrevem o Corão e a Charia.
Na homilia de hoje, além da homofobia implícita, volta a manifestar a raiva que lhe causa a descriminalização do aborto e a legislação sobre o divórcio, terminando por afirmar que «a lei facilita a vida a marialvas, adúlteros e irresponsáveis».
Mas quereria o beato zelador dos bons costumes que se prendessem os marialvas, se enviassem para as galés os adúlteros, para as fogueiras as adúlteras e se condenassem a trabalhos forçados os irresponsáveis?
Se as leis fossem elaboradas segundo a vontade do Papa, teríamos um mundo à medida de JCN, mas regressaríamos à Idade Média, e o douto escriba seria assessor no Tribunal do Santo Ofício.
É difícil explicar a um prosélito que há diferença entre pecado e crime, entre as penas do Inferno e a privação da liberdade, entre a ofensa feita ao deus de JCN e a infracção ao Código Penal.
Argumenta JCN que se o casamento entre pessoas do mesmo sexo fosse um direito não se compreendia que tivesse ficado omisso em trinta e tal anos que Portugal já leva de democracia. Esquece que os direitos, tal como a democracia, se têm conquistado contra a vontade dos seus bispos e o azedume dos seus padres. O direito que lhe provoca azia é uma conquista que não conta com a bênção eclesiástica nem com uma bula do papa. É o epílogo do longo processo que levou ao respeito pelas opções sexuais individuais que o Antigo Testamento abomina: "Um homem que se deite com outro homem como se fosse uma mulher, ambos cometeram uma abominação e deverão morrer e o seu sangue cairá sobre eles."
Não sei se JCN prefere renegar o A.T., matar os homossexuais ou pagar a alguém que o faça por ele. Aliás, está em sintonia com o que também prescrevem o Corão e a Charia.
Na homilia de hoje, além da homofobia implícita, volta a manifestar a raiva que lhe causa a descriminalização do aborto e a legislação sobre o divórcio, terminando por afirmar que «a lei facilita a vida a marialvas, adúlteros e irresponsáveis».
Mas quereria o beato zelador dos bons costumes que se prendessem os marialvas, se enviassem para as galés os adúlteros, para as fogueiras as adúlteras e se condenassem a trabalhos forçados os irresponsáveis?
Se as leis fossem elaboradas segundo a vontade do Papa, teríamos um mundo à medida de JCN, mas regressaríamos à Idade Média, e o douto escriba seria assessor no Tribunal do Santo Ofício.
Comentários
Daí, ele que fique com as suas ideias e vá fazer uma viagem até ao Tibete aprender uma religião que não é contra o casamento entre homossexuais desde que tal seja factor de felicidade dos interessados.
Já todos sabemos que as religiões do Livro se baseiam no sofrimento; apregoar a felicidade é contra a sua filosofia de base.
JCN é um homem que vive de joelhos perante o Vaticano