Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
Continuai, então, a divertir as pessoas de boa-vontade que ainda sobrevivem neste país à beira do abismo para que os esquerdistas nos querem levar.
Ouvi-vos a vós próprios, pois sim, porque será dos simples o Reino dos Céus.
Se o ridículo pagasse imposto, as vossas contribuições bastariam - sobrariam! - para suportar os custos de 1000 TGV's. Ou de 100.000 abortos, é só escolher...
Creia que é um gosto tê-lo como leitor no Ponte Europa e sabê-lo convencido de que a dor que sente será tida em conta no dia do juízo final em que acredita.
Não estarei lá, mas estou certo de que o seu deus não se esquecerá de lhe reservar uma assoalhada eterna no Paraíso. Com a descrença que existe serão mais as vagas do que os candidatos.
Bem a merece embora a construção civil celeste, ao que se sabe, esteja em crise depois da criação do mundo.
Antes de mais, agradeço o cumprimento e é com alegria que o leio a reiterar o gosto que tem em receber as minhas visitas neste seu espaço promotor da decadência civilizacional que preconiza.
Pensará V. Ex.ª que não lhe baterá à porta o Juízo Final. Compreendo a ignorância e aceito o direito que lhe assiste a verbalizá-la.
Não escapará, porém, às contas que um dia, espero que daqui a muitos anos, terá de acertar com essa Entidade Suprema - Deus - que insiste em negar e em grafar com inicial minúscula.
Há tempos referi, neste mesmo blogue, a crença reprimida que o Sr. revela; a ansiedade que o leva, nessa sua dissonância, a desrespeitar a Igreja e seus seguidores. Ainda não perdi a esperança de o ver assumir tal devoção.
Se quem desdenha quer comprar, V. Ex.ª parece possuir crédito ilimitado no que ao uso da blasfémia diz respeito.
Enfim, quer assuma, quer não assuma a sua devoção por Nossa Senhora, ela o guia e guiará.
Que a Paz do Senhor esteja consigo.
A blasfémia, segundo disse um pio padre que dialogou com José Saramago, é exclusiva dos crentes.
Os ateus não têm essa possibilidade, isto é, faltar-lhe-ão habilitações.
Como é que eu posso blasfemar contra um deus que julgo ser tão real quanto as sereias?
Aliás, conhecendo o meu pensamento, se o seu deus existisse, já teria feito prova de vida.
Mas eu não quero converter o mundo ao ateísmo, só quero que as cruzadas e a jihad não obriguem a pôr-me de joelhos porque gosto de viver de pé.