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A mostrar mensagens de junho, 2014

A propósito de símbolos e da ética republicana…

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Uma polémica mediática e social gerou-se à volta da bandeira enforcada link . Não parece existir uma intrincada questão jurídica já que será muito difícil conotar uma expressão artística que ilustra um trabalho académico como sendo um ultraje. Há aqui, e acima de tudo, uma exacerbação nacionalista o que estará de acordo com susceptibilidades feridas relativas à recente intervenção externa no País e que ainda perdura. As sequelas do ´resgate’ ensombram o consciente colectivo popular e trazem a exaltação dos símbolos já que a soberania real está hipotecada. É por essa razão que o assunto suscita alguma polémica e surgiu tão abruptamente na praça pública. De facto a bandeira da República é um dos símbolos do regime (republicano) mas será para outros (crentes) um objecto de culto. O código Penal (n.º 1 do artigo 332) diz: “ Quem publicamente por palavras, gestos ou divulgação de escrito, ou por outro meio de comunicação com o público, ultrajar a República, a bandeira ou o hi

Balancete…

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As recentes posições do Governo inglês sobre a UE não se confinam à divergência sobre a nomeação de Juncker para presidente da Comissão Europeia. É curioso ter a noção de que a fissura recente no seio da União teve lugar em Dezembro de 2011 e levou então Cameron a afrontar Merkel vetando o que viria a denominar-se ‘Tratado Orçamental’. Alguns meses mais tarde esse tratado avançou deixando a Grã-Bretanha de fora (como esta desejava).  Nessa complexa discussão uma das vozes críticas acerca da introdução de uma forma rígida de disciplina fiscal foi a de Jean-Claude Juncker. Declarou então: “ Precisamos aprender a explicar que é necessário não apenas consolidar nossas finanças, mas contar com a perspectiva de crescimento ". Três anos volvidos é perfeitamente visível que o Tratado então em discussão não resolveu os problemas da Europa mas proporcionou manter e impor, a ferro e fogo, políticas de austeridade, nomeadamente aos países do Sul. Quanto ao crescimento estamos con

Durão Barroso e os revezes de um proxeneta da política

Durão Barroso é um sólido talento, hábil intriguista e saprófita dos americanos. Foi um dos cruzados que viu as armas de destruição maciça de Saddam, motivo suficiente para o tornar cúmplice entusiasta da invasão do Iraque, com Bush, Blair e  Aznar. A fuga para Bruxelas foi precedida da total incapacidade de remodelar o seu Governo e do endosso a Santana Lopes. Deve ao compadre Martins da Cruz as negociações para que pudesse substituir Aznar, entretanto queimado, enquanto alimentava os órgãos de comunicação social com declarações de que o seu candidato ao lugar era o prestigiado comissário europeu António Vitorino. A subserviência à Alemanha, França e EUA garantiram-lhe dois mandatos, terminados de forma pouco gloriosa. Pretende agora ser candidato à sucessão de Cavaco com uma certeza, não seria pior. Em Portugal, teve de aliar-se a Passos Coelho, tão pouco recomendável quanto ele, após ter sido o mordomo da Sr.ª Merkel contra os interesses portugueses. A sua obsessão de defesa d

O PS, a bola e o recreio...

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O PS está a dar uma imagem indigente e confusa (fiquemos por aqui) da sua democracia interna e no que diz respeito à capacidade autónoma de superar problemas.  Não é confortável analisar problemas internos dos partidos nomeadamente quando a opção é (ou foi) não militar em organizações desse tipo (essenciais à Democracia, acrescente-se). Todavia, a evolução da crise interna do PS está a ser – deliberadamente - empurrada para fora do âmbito partidário e, neste momento, aposta no envolvimento de um alargado de pessoas, classificadas como ‘simpatizantes’, convocadas para interferir na clarificação da liderança. Não se trata de ‘ Estados Gerais ’ ou fóruns similares onde recurso ao contributo da sociedade civil para desenvolver programas de acção partidários e para ‘ afinar ’ opções doutrinárias (previamente enquadradas, definidas e aceites) que tem sido usado com o propósito de preparar programas de Governo. Trata-se, isso sim, de endossar à sociedade civil a resolução de problemas

A notícia

«Estado português deve 2,3 mil milhões de euros à Madeira desde o século XV» (Segundo um “estudo académico” de dez mil páginas, repartidas em 13 volumes, para demonstrar que, contas feitas desde o século XV até 1976, o Estado deve 2,3 mil milhões de euros à Região). O ‘trabalho’ foi encomendado por Alberto João Jardim, que o apresentou na companhia dos deputados Guilherme Silva, Correia de Jesus e Hugo Velosa. Apostila – A ‘investigação’ esteve a cargo do doutorado Alberto Vieira, que levou um Santo António para a conferência de imprensa, apresentando-o como ‘padroeiro’ da investigação que coordenou. Os custos não foram revelados. Presume-se que Santo António não cobrou honorários. Fonte: DN, ontem, página 8.

Efeméride

Faz hoje 100 anos que duas balas e um príncipe herdeiro morto deram origem à guerra de 1914/1918. Hoje, a Croácia católica, e a Bósnia, agora islâmica, procuram lançar o labéu da infâmia sobre a Sérvia, criando um ambiente que parece prenunciar a 3.ª Guerra Mundial. As gerações não aprendem com as que as precederam e a Alemanha, se tem memória, já não tem a noção do sofrimento que infligiu e de que foi vítima.

A reunião do Conselho de Estado

A reunião do Conselho de Estado, finalmente convocada pelo PR, não tem em vista a análise dos desafios do Governo ao TC, dos reiterados ataques aos seus acórdãos e da reiterada chantagem sobre os juízes. Não se destina a ouvir a opinião dos Conselheiros sobre a forma de garantir o normal funcionamento das instituições, destina-se a fazer pressão sobre o PS, para ser cúmplice do Governo. Não é para reforço da democracia que o Conselho de Estado se reúne, é para defender a imagem do PR e para desviar as atenções do desastre governativo de que é responsável, numa altura em que o PS se encontra em convulsão. Apostila - É natural que algum Conselheiro de Estado confronte o PR com a necessidade da defesa do Estado de Direito.

O descalabro do Governo e a perpetuação da crise no PS

Decidi não tomar partido na legítima luta pela liderança dentro do PS porque, sem o PS, não há alternativa ao pior Governo da Segunda República, transformada em República de segunda por gente de terceira. Dizer que o pior Governo é apoiado pela pior maioria, e pelo mais inapto PR do regime democrático, é um truísmo tautologicamente demonstrado. E ainda queriam confiscar as decisões dos tribunais encarregando os escritórios de amigos para redigirem os acórdãos sobre a constitucionalidade das leis! O que nenhum partido pode, nem deve, é impor como líder quem o povo rejeite, quem o eleitorado imagine um clone de Passos Coelho, quem confisque o partido para o repartir por amigos e cúmplices, como fizeram Marco António, Relvas e Passos Coelho. No PS, cada dia que passa na indefinição é um desastre para o País. Os portugueses não se interessam por golpes palacianos, exigem um projeto, um rumo e um líder. A guerra em que se consomem os potenciais líderes, com uma paixão que não houve

Ainda o dia nacional do peregrino

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Vivemos num país disfuncional onde o futebol é mais valorizado do que o futuro dos portugueses, onde, no rescaldo da eliminatória da seleção nacional, estropiada pelo calor e esforço, os deputados da direita instituem o «dia nacional do peregrino». Perdido o orgulho da bola, ganha-se o campeonato da fé. Os cachecóis e outros adereços ficaram obsoletos e, por isso, os deputados agarraram-se ao “dia nacional do peregrino”. Não se vendem camisolas, chapéus e cachecóis, vendem-se santinhos, pagelas e virgens. O negócio do futebol terminou precocemente? Antecipa-se o centenário das piruetas do Sol, das acrobacias da virgem nas azinheiras e do voo picado do anjo, na Cova da Iria. A Seleção baldou-se aos golos? Os deputados preparam o concurso das missas. Perde-se o campeonato mundial de futebol mas ganha-se o certame nacional das maratonas pias. Em vez do dia de S. Ronaldo instituiu-se o dia do peregrino, substituíram-se jogadores por pastorinhos, o Brasil por Fátima, a bola pelo his

Reflexão

Se não estivesse convencido de que foram os homens que criaram Deus, aceitava a hipótese de José Cardoso Pires, de que Deus criou o cão e, para se ver livre dele, criou o homem. (In 'República dos Corvos')

O faroeste…

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Se alguma dúvida existisse sobre o que está em curso a proposta oriunda do PSD/Madeira link (ao que tudo indica com o conhecimento prévio da direcção nacional do PSD) sobre uma revisão constitucional avulsa e condicionada - destinada a resolver problemas políticos governamentais do momento - aparece a esclarecer tudo e todos.  Uma espécie de ‘ desamparar a loja ’. Na verdade, o que se prepara é o fim do regime ‘nascido’ a 25 de Abril e a sua substituição por um ‘outro’, nunca sufragado, onde a vontade dos cidadãos é submersa na subserviente aceitação de enredos económicos e financeiros.  Esta proposta absolutamente provocatória que mereceu um táctico distanciamento da direcção nacional do PSD link destina-se a fazer o papel de ‘ lebre ’. Mais tarde surgirá a ‘ verdadeira ’, aparentemente amenizada e expurgada dos desaforos do ‘sector madeirense’, que se encaixará na estratégia partidária de revisão constitucional, em hibernação desde 2010. A perversão sistemática do j

Do dia nacional do cão ao do peregrino

Em 1 de junho de 2005, o deputado Luís Marques Guedes, e outros signatários do PSD, apresentaram  um projeto de resolução que visava a instituição de um "dia nacional do cão". Queriam "instituir no calendário oficial um dia dedicado à sensibilização de todos para o importante papel que a relação com os cães tem na nossa vida, dia que pode ser particularmente interessante para uma importante pedagogia de valores de cidadania a incutir nas nossas crianças e nos nossos jovens, razão pela qual parece adequada fazer aproximar esta data do 1 de Junho, Dia da Criança" – lia-se no projeto. Houve quem visse no benemérito desejo, cuja data seria o 6 de junho, não um ato de grande alcance canino mas uma auto-homenagem dos proponentes. O País, nada perdia e apenas serviu de pretexto para enxovalhar os deputados proponentes e privar o País de tão meritória efeméride que anualmente se ladraria. Agora, com a força do voto da maioria, a que não faltará o pio apoio de algum depu

O Direito e o exotismo madeirense

Os deputados do PSD eleitos pela Madeira entregaram, esta quarta-feira, uma proposta de revisão constitucional que prevê a extinção do Tribunal Constitucional e a criação de uma secção constitucional no Supremo Tribunal de Justiça. A ideia, que não é original, não representa um atentado à democracia se a verificação da constitucionalidade vier a ser exercida por uma secção do Supremo Tribunal de Justiça. Basta a aprovação, por  dois terços dos deputados, em sede de revisão constitucional. O que surpreende é a altura em que surge e o partido que a propõe. Parece uma equipe de futebol a alvitrar a substituição dos árbitros depois de ter perdido todos os jogos por erros clamorosos e faltas tão graves que exigiriam a descida de divisão, a expulsão do treinador, do substituto, dos jogadores e do presidente da Federação. Na realidade, não se trata propriamente de uma ideia, o que exigiria pensamento, mas de uma provocação na desvairada e permanente arruaça contra o TC. Imaginemos que

A política, a ética e o PSD

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Se houvesse um módico de ética, não seria preciso esperar pela sinecura no BES para Paulo Mota Pinto renunciar a todos os lugares políticos. Quem propõe estrear-se na presidência de um banco, com um presente atribulado e um passado suspeito, depois de ter sido conselheiro do TC, donde provavelmente está reformado, sem nunca ter entrado num banco a não ser como cliente, perde autoridade moral a troco de trocos e faz jus ao partido que o vai nomeando comissário político. Custa acreditar: «O presidente do Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa (CFSIRP), cancelou todas as atividades no âmbito destas funções». Se lhe derem o emprego extra, não volta a exercê-las. Enquanto espera não vê relatórios ultraconfidenciais. Os que viu serão esquecidos. O que sabe das informações secretas sobre a indústria bancária não será objeto de qualquer uso. Esquecerá tudo. Creio que Mota Pinto tem da indústria bancária a experiência de gestão que a mãe tinha quando

FIZERAM DA PÁTRIA UMA PROSTITUTA

Já aqui o disse há poucos dias, mas não é demais repeti-lo: a corja de traidores que se apoderou do poder em Portugal transformou a nossa Pátria numa prostituta internacional. Hoje o indivíduo que continua teimosamente a ocupar o lugar de Presidente da República veio confirmar e reforçar essa convicção. Perante o Presidente da República da Alemanha, precisamente o país que mais nos tem insultado, humilhado e ofendido, disse nada mais nada menos que isto: "Portugal aprendeu a lição"! Sim, leram bem: "Portugal aprendeu a lição"!  Qual lição ?! Portugal, uma Pátria com quase novecentos anos de História, o mais antigo Estado-nação da Europa, que "deu novos mundos ao mundo", não tem lições a receber de ninguém! Muito menos da Alemanha, um país que não tem feito mais do que provocar um rosário de guerras mortíferas e que não esconde o seu velho desejo de dominar a Europa. Hitler tentou-o pela força das armas; a sua sucessora Merkel está a tentar a mesma cois

A Lília Bernardes, jornalista e cidadã

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Lília Bernardes O despedimento de numerosos jornalistas no DN é um triste sinal dos tempos. Dos que já sei, sentirei particularmente a falta de Lília Bernardes, uma corajosa jornalista que era a voz crítica dos desmandos da Madeira, profissional de mão cheia, de antes quebrar que torcer. Quebrou agora, levada pela enxurrada num jornal situacionista que continuo a comprar diariamente, onde a coragem da insigne jornalista era a voz dos que não tinham voz e a consciência crítica dos que exoneraram a consciência nos desmandos que praticaram na Região Autónoma. Agora ficam mais à solta e o país mais isolado de uma informação isenta e profissional. Permanece o diretor, voz do Governo, e as vozes inconformadas de Ferreira Fernandes, Batista-Bastos, Fernanda Câncio e Viriato Soromenho Marques, enquanto não se livram do Provedor do Leitor, Oscar Mascarenhas. Faltam-me nomes honrados, certamente, mas sobra-me a solidariedade e o azedume.

A opinião deste Governo

Teresa Leal Coelho, mulher substancial, deputada e vice-presidente do PSD, tem da democracia e da separação de poderes uma exótica conceção. Nos ataques ao Tribunal Constitucional parece uma agitprop que trocou a lota de Matosinhos e o lugar da venda de peixe pelo de ideóloga nómada a deambular pela comunicação social e AR. Tornou-se conhecida do País, não pelas análises lúcidas mas por diatribes inflamadas. É a voz dos marginais ao sistema democrático e o megafone de quem se inibe por pudor e ética, a voz de Passos Coelho igualmente ignorante e ressentida. Numa entrevista ao Público, depois de desafiar as decisões do TC confessou que o PSD se apropria das opiniões dos conselheiros que votam vencidos, para as usar contra o TC. Não tendo capacidade própria de análise, nem legitimidade, nada melhor do que usar as posições vencidas como se devessem ser essas as vencedoras. Mas a pérola da entrevista resume-se numa frase lapidar, reveladora de que a separação de poderes, para a sen

Até o diabo tem vergonha

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Factos e documentos

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Apesar da ansiedade com que o clero católico pretendia disparar orações e benzeduras, Filipe VI dispensou os sinais cabalísticos e a homilia pia.

A degradação das figuras públicas do regime

As conjunturas fazem os homens e cada um é ele próprio e as suas circunstâncias, como dizia Ortega y Gasset. Certamente, foi a guerra que fez personalidades da dimensão de Churchill, De Gaulle ou Roosevelt, tal como a democracia criou Filipe Gonzalez, Mário Soares ou Mitterrand. A admirável utopia europeia foi, talvez, a responsável pela dimensão de personalidades como Adenauer, Churchill, De Gasperi, Jean Monnet, Robert Schuman, Paul-Henri Spaak, Jacques Delors ou Helmut Kohl. Só a Revolução podia ter criado heróis portugueses da dimensão de Otelo, Vítor Alves, Vasco Lourenço, Salgueiro Maia ou Melo Antunes, entre tantos outros. Foi a revolução que fez emergir, nos vários quadrantes ideológicos, figuras da grandeza de Álvaro Cunhal, Mário Soares, Sá Carneiro e Freitas do Amaral, que agora cotejamos com Jerónimo de Sousa, António José Seguro, Passos Coelho e Paulo Portas. Lá fora chove, dois dias após o solstício de verão, a agravar a melancolia que me atinge quando comparo gig

Factos e documentos

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Valerá a pena ver durante breves instantes este vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=buDyz025H6A&feature=youtu.be Cavaco Silva: a sua comunicação Boa noite Eu sou Cavaco Silva e esta é a minha comunicação

A degenerescência ética do regime

Não ponho as mãos por ninguém mas procuro não acusar sem provas. Vejo pessoas do PSD, que estimo, a apelidar de escroques os adversários, talvez por frustração de não terem quem possam defender da PR, ao Governo e à maioria. Desde a escola SLN/BPN há um partido que adquiriu a vanguarda da decadência ética, que exonerou os escrúpulos da sua conduta e usa a chantagem como arma de arremesso contra a oposição. Depois da promiscuidade dos serviços secretos com a Ongoing, protagonizada por Silva Carvalho, impedida de aclarar, ao abrigo do segredo de Estado, ontem o plenário da AR votou, de manhã, uma lei que coíbe fortemente o trânsito direto de agentes dos serviços de informação para o sector privado. Um dos votos foi o do deputado Paulo Mota Pinto, antigo conselheiro do TC, e atual deputado do PSD. À tarde, soube-se que o impoluto deputado, coordenador do Conselho de Fiscalização das secretas, cujo voto da manhã foi a favor da moralização, estava indigitado para ser chairman (preside

Pelo caminho das pombas…

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A Europa caminha inexoravelmente para a fragmentação. Hoje, em Paris, realiza-se uma (mini)cimeira da ‘ esquerda europeia ’, leia-se, do que ainda resta da social-democracia europeia já que os partidos mais radicais à esquerda desapareceram do mapa político. Presentes: François Hollande, Matteo Renzi,  Sigmar Gabriel, Martin Schulz, Elio Di Rupo, Werner Faymann e Helle Thorning-Schmidt. link Ausentes : representantes dos Partidos socialistas ibéricos (PSOE e PS português). O que está em discussão? Não certamente a análise dos motivos políticos da derrocada social-democrata que foi fustigada em toda a linha nas últimas eleições para o Parlamento europeu, ao fim de 6 anos de profunda crise económica, financeira e social. O que está, de facto, em cima da mesa : concertar posições para eleger o candidato da direita à presidência da Comissão Europeia e distribuir as ‘ migalhas ’ sobrantes : a presidência do Conselho Europeu e o alto representante da política externa europ

Jaime Gralheiro, dramaturgo, advogado, escritor e antifascista

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Conheci Jaime Gralheiro no início da década de 70 do século passado nas andanças da política, em Lisboa. Foi ele que me apresentou ao Zé Barata, professor de teatro na U. C., em 1973, quando, por razões profissionais,  me transferi para Coimbra. Em 1975 fiz, com ele e A. J. Dias de Almeida, a campanha política da CDE no distrito da Guarda, em que ele era o cabeça de lista. Separámo-nos politicamente e nunca mais rompemos os laços de quem não transforma diferenças em divergências. Encontrei-o de novo no Jornal do Fundão, onde, durante dois anos, tive o privilégio de publicar umas crónicas nos mesmos números onde o notável dramaturgo exercia a sua pedagogia cívica. Ambos tivemos Fernando Paulouro, como diretor, e Oscar Mascarenhas como chefe de redação, dois jornalistas de mão cheia, duas penas notáveis e dois cidadãos exemplares. Em 2008 foi sócio fundador da Associação Ateísta Portuguesa e costumava honrar-nos com a sua presença nos almoços de aniversário. Partiu o amigo, drama

DE COMO UM ESQUERDISTA É LEVADO A TER SAUDADES DE ESTADISTAS DE DIREITA

Sou de esquerda desde os meus tempos de estudante, na longínqua década de 60 do século passado. Acompanhei com entusiasmo, embora de longe por estar em Portugal, a revolta de Maio de 1968 em França contra o conservadorismo reinante. Nessa altura o representante máximo desse conservadorismo era o Presidente De Gaulle. Depois do 25 de Abril, sendo socialista, sempre fui contra o então PPD e o seu líder Sá Carneiro. Pois hoje, continuando a ser socialista, tenho saudades de De Gaulle e de Sá Carneiro. (Sei muito bem que a História não é feita por simples indivíduos, mas o certo é que estes também contam para a sua marcha.) O meu sonho era ver a megera teutónica, a Merkel, encontrar pela frente não o minúsculo Hollande – que é a vergonha da França e do socialismo – mas um Homem a sério como De Gaulle. Tenho a certeza de que ela não mandaria na Europa como manda. Seria reduzida à sua insignificância. Do mesmo modo, quando olho para o rastejante Passos Coelho, sinto saudades de Sá Ca

Cavaco e o vinho

Ontem, Cavaco Silva foi visto na televisão. Não foram as saudades que nos aquietaram, mas a certeza de que pode dissolver a Assembleia da República, se for obrigado. A falar de vinho, de que não deve ter provado uma só gota, e com as gotas tomadas para eventuais problemas vagais, foi com desenvoltura que falou da pinga e das exportações, na inauguração de uma adega em Alijó. O PR explicou que os empresários e trabalhadores têm sido os “verdadeiros motores da recuperação da economia portuguesa”, mas foi omisso quanto às balbúrdias do Governo em relação ao Tribunal Constitucional, às irregularidades do Orçamento de Estado e ao funcionamento das instituições democráticas. Cavaco prefere a vinicultura à política, o Douro ao País e os agricultores aos juízes. O caso Espírito Santo, onde certamente nunca teve ações do GES, mereceu-lhe o mesmo silêncio e alheamento que mantém em relação à SLN/BPN. Quem veio de Boliqueime dá-se melhor em Alijó do que em Lisboa e gostaria de ter um país

O Governo, o PR e a democracia

Quando a saúde do PR é motivo de preocupação nacional, o silêncio se torna aterrador e o Governo desrespeita ostensivamente o Tribunal Constitucional, o Estado de Direito é uma caricatura a que a incúria, cumplicidade ou inaptidão, de quem devia preservá-lo, o reduz. Sucedem-se os escândalos financeiros, com o BPN à espera de prescrição, a desonrar a fina flor cavaquista, o BPP, de João Rendeiro, e do qual foi acionista qualificado José Miguel Júdice, a contas com a Justiça, o BCP, de onde Jardim Gonçalves e o Opus Dei vão sair incólumes, os bancos insulares de que não se conhece o desfecho, tal como  as suspeitas de cartelização entre bancos. Como banco do regime, com imagem imaculada, resistia o Espírito Santo, protegido por ressonâncias místicas do nome e crença na divindade. Ana Gomes, eurodeputada do PS, acrescenta às suspeitas que timidamente afloraram na comunicação social, novos dados, e ficamos com a convicção de que a banca portuguesa está ao nível da do Vaticano.

Cobardes, porcos e maus

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Voltaram as guerras religiosas

Quando julgávamos que a secularização tinha contido as pulsões homicidas em nome de Deus, esquecíamos o cancro que corroeu povos tribais e países civilizados onde germina o ódio e floresce a fé. A laicidade não foi suficiente, nem na Europa, para impedir que a fanatização tivesse lugar nas madraças e mesquitas. Muitos europeus caucasianos, sem emprego nem futuro, aderiram ao mais implacável dos monoteísmos – o Islão –, e combatem por um déspota virtual ao serviço do ódio, do tribalismo e de um “misericordioso” profeta analfabeto, impacientes por impor a sharia. Depois do tirocínio na Síria, Iraque, Iémen ou Líbia, vão regressar à Europa, cheios de ódio e de tempo, com enorme experiência militar, ansiosos de virgens e rios de mel! Blair, grotesca caricatura de católico, dissimulado anglicano, enquanto PM, conduziu com Bush a guerra assassina contra o Iraque, arrastando idiotas úteis, Aznar e Barroso. Sentiu agora necessidade de mentir, outra vez, dizendo que a atual tragédia do Ir

A frase

«De cada vez que uma medida de poupança de despesa não é possível de prosseguir, o Governo não tem outra possibilidade que não a de ir pelo lado da receita». (Pedro Passos Coelho, mostrando conhecimentos de português iguais aos que possui da CRP) - Onde se lê: «… não é possível…», devia ler-se «…não seja possível…» (O conhecimento das conjugações no modo verbal do conjuntivo é imprescindível). - Onde se lê: «…que não a de ir…», deve ler-se «…que não ‘seja’ a de ir…». Finalmente, «…ir pelo lado da receita…» não significa obrigatoriamente atirar-se aos vencimentos dos funcionários públicos e às pensões, mas isso é gramática política.

A prostituição e o Governo

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Por decisão da UE, logo acolhida por Portugal, a riqueza oriunda da prostituição, tráfico e contrabando, integrará as estatísticas nacionais, a partir de setembro, e ampliará o PIB em 0,4%, qualquer coisa como 700 milhões de euros. Dada a dificuldade na cobrança do IVA às empresas do ramo, serve apenas para reduzir a percentagem da dívida pública! No último trimestre do ano, assistiremos à exibição da subida do PIB, enquanto, à beira das estradas, a prostituição grassa, alheia ao número de contribuinte, com prostitutas sem código de barras, inspeção médica ou livro de recibos. O défice da dívida pública pode ser disfarçado mas a tuberculose, hepatite, sífilis e sida não deixarão de contribuir para o défice moral e sanitário de um país doente.

17 de junho – efemérides da liberdade

1789 – Paris a caminho da Revolução. Na sequência dos Estados Gerais, juramento na Sala do Jogo da Pela, pelo Terceiro Estado, do compromisso de não abandonar o local até à elaboração da Constituição; 1885 – Chega a Nova Iorque a Estátua da Liberdade, oferecida pela França para comemorar os 100 anos da Independência dos EUA (1776/1786); 1922 – Gago Coutinho e Sacadura Cabral chegam ao Rio de Janeiro, completando a primeira travessia aérea do Atlântico Sul; 1940 – O cônsul português em Bordéus, Aristides de Sousa Mendes, contraria as ordens do ditador Salazar e começa a emitir vistos de entrada em Portugal aos refugiados de guerra que o solicitaram; 1944 – É constituída a República da Islândia; 1991 – O Governo sul-africano elimina a última lei do apartheid; 1992 – É atribuído o prémio da Associação Portuguesa de Escritores ao romance de José Saramago “Evangelho Segundo Jesus Cristo”, obra notável, vetada pela ignorância e espírito censório do Governo de Cavaco Silva, atravé

Breves considerações à volta de um desaire...

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A pesada derrota de Portugal na estreia do Mundial de 2014 não deixa de levantar algumas questões que até aqui têm sido ignoradas e ‘toleradas’ em nome da correcção de uma benevolente postura em prol do País (?) e no intuito de alimentar 'o sonho' da conquista de um lugar ao sol no campo do chamado ‘desporto-rei’. Mas a noite de ontem terá sido um marco influenciador à volta de um hipotético ‘nacionalismo’ ultrajado (no confronto com a realidade).  Tornou-se penosamente ridícula e aviltante a campanha ‘ patrioteira ’ à volta da selecção nacional que vem sendo exibida por todo o lado e com amplos reflexos na comunicação social. Dá a sensação de que Portugal partiu para o Brasil como fim de disputar numa estrondosa e fatídica guerra púnica (sem que Roma e Cartago sejam para aqui chamados) que estaria centrada na disputa de um lugar hegemónico no Mundo.  Os repetidos apelos a um alargado apoio anímico, colectivo e a utilização ad nauseam de símbolos e cores nacionais im

As mutações de Deus

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Enquanto os animais, ao longo da história da Humanidade, progrediram e melhoraram, até ao aparecimento do género humano, cada vez mais evoluído, Deus sofreu mutações que o fizeram regredir e o tornaram pior. As mutações que empobreceram o produto original foram introduzidas pelos charlatães tribais da Idade do Bronze, que fabricaram Deus, sem terem em conta os benefícios dos crentes, olhando aos interesses patriarcais das suas tribos. O Islão clonou o Deus judaico-cristão, sem conhecer a cultura helénica nem o direito romano. Produziu um aborto que o profeta Maomé, analfabeto e rude, converteu num perigoso inimigo da humanidade e em violento fator de retrocesso civilizacional. Para piorar, Deus, per se, um produto imperfeito, ficou entregue aos clérigos cujo poder e consideração dependem do servilismo dos fiéis, do fanatismo que impõem e do terror que infundem. É este o dilema da civilização islâmica, como outrora foi a da cristã: ou afasta o clero do poder ou perde os homens

Wanted!

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A frase

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«…alguns dos juízes que propusemos criaram a ilusão de que tinham uma visão filosófico-política que seria compatível com o projeto reformista que temos [nós, PSD] para Portugal no quadro europeu». (Teresa Leal Coelho, deputada e vice-presidente do PSD) Nota – Com os critérios de escolha aviltou a AR e, ao revelá-los à comunicação social, insultou os tribunais e o país.

Herança de cruzados

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Bush, Blair, Aznar e Barroso dormem tranquilos

Portugal, Europa e o Tratado Transatlântico*

Há boas ideias que podem acabar mal. A União Europeia foi um excelente projeto que a germanização europeia ameaça alterar. A europeização alemã teria sido virtuosa e fator de equilíbrio político, económico e social. Teria sido, mas não foi, uma condição de paz e prosperidade num continente flagelado por guerras. Aconteceu o contrário. A federação das nações, a Europa dos povos, converteu-os em protetorados alemães que a reduziram ao atual estado sob a égide da Alemanha que reincide na sua hegemonia. A transferência de recursos dos países periféricos para o centro da Europa e a migração da riqueza no mesmo sentido piorou com a crise das dívidas soberanas e a especulação financeira cuja fatura foi apresentada aos países mais frágeis. Os países mais pobres, deslumbrados com o enriquecimento rápido, e com fácil acesso a bens de consumo, deixaram enredar-se numa teia de globalização selvagem, sem regras e sem limites, assumindo o ónus de uma tragédia que o capitalismo financeiro provo

Desfaçatez e mitomania

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O fascismo e a miséria

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Finda a guerra de 1939/45, Salazar sentiu que a derrota dos amigos podia ser o fim dele. Mal imaginava que faltavam muitos anos para uma cadeira fazer o que o país devia. O volfrâmio, vendido aos seus amigos alemães, fora pago em ouro roubado aos judeus e os cofres do Banco de Portugal guardavam centenas de toneladas do metal amarelo. No entanto, o povo morria de fome. O velho seminarista era insensível. O racionamento prolongou-se por vários anos, quando já não era preciso ajudar o seu amigo Franco, o genocida cujos crimes foram abençoados pelo Vaticano e considerados como Cruzada pelo papa de turno. Das privações do povo português ficam aqui, como prova, as senhas de racionamento que se mantiveram até depois da década de 40 do século que foi.  

Iraque a ferro e fogo

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Dado que o TPI não tem competência sobre eles, apenas se pergunta se estes cristãos, como todos fizeram questão de o explicitar publicamente, dormem tranquilos o sono dos justos quando, há muito, merecem o sono eterno.

A CONSTITUIÇÃO E OS LUNÁTICOS

O meu Ilustre Colega Dr. Santana-Maia Leonardo resolveu juntar-se ao coro de carpideiras que, desde que a Troika, Passos Coelho & Comandita ocuparam o País, resolveram denegrir a nossa Constituição democrática e os juízes do Tribunal Constitucional.  Assim, aproveitando a guarida que lhe dá o jornal conimbricense "As Beiras", o Dr. Santana-Maia Leonardo, num artigo que publicou na edição de anteontem daquele periódico, significativamente intitulado "Tribunal (in)Constitucional", atira-se à Constituição e ao Tribunal, chegando ao ponto de dizer que os deputados da Assembleia Constituinte que aprovaram a Constituição eram "lunáticos". Ora essa Assembleia era constituída por 250 deputados de todos os partidos, sendo a maioria deles do PS e do então PPD. A Constituição foi aprovada, sem qualquer abstenção, por todos esses deputados, com exceção dos escassos 16 do CDS. Quer dizer: excetuados estes 16 ajuizados, os restantes 234 eram todos "lunáti

Uma ‘produtiva’ maquilhagem…

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O Eurostat e a Comissão Europeia pretendem ‘ alavancar ’ o principal indicador da produtividade económica – o Produto Interno Bruto (PIB). O regulamento normativo europeu SEC 2010 link ordena a ‘ contabilização ’ de   actividades ilegais , como por exemplo a prostituição, a droga e o contrabando, na determinação do Produto Interno Bruto, ‘manobra’ que deverá ocorrer até 2016. Alguns países europeus (Espanha, Grã-Bretanha, Itália, Bélgica, …) já estão a trabalhar no sentido de integrar estes sectores do ‘mercado negro’ (angelicamente designado por ‘ economia não observada ’) nas suas estatísticas económicas. Daí resultará um acréscimo pontual do PIB (diverso conforme os métodos de captura destes dados) que será contabilizado como ‘crescimento’ e terá consequências (benéficas) no cálculo défice e na percentagem da dívida (calculado em relação ao PIB). Trata-se de mais uma ‘ manobra de prestigiação ’ dos indicadores e contas públicas, que determinará em paralelo outras es

A Espanha, Portugal e a República

O líder do PSOE conhece as pulsões republicanas dos membros e simpatizantes do seu partido e, no entanto, apoia a anacrónica monarquia. É uma atitude responsável perante um pacto de regime que permitiu a transição pacífica de um governo terrorista para uma democracia. Os pactos de regime devem ser respeitados e a sua duração esgota-se com a geração que os assinou. Rubalcaba fez o que devia e a sua geração ainda não se esgotou. O problema fica – e bem –, adiado. A maior dificuldade está nas mãos de Felipe, com o primeiro problema para resolver já, na tomada de posse, quanto ao convite da irmã e do cunhado a contas com a Justiça. Ou sacrifica a honra da família ou a da coroa, ainda que esta a não possua mas a simule. Vai ser a primeira prova de fogo. Em Portugal, o reiterado e patético apelo de Cavaco Silva para um pacto governamental é um mero pretexto para debitar no faceboock «eu bem avisei» ou para manifestar numa homilia à nação: «o PR bem avisou». Em vez de se ter tornado o m

E a eutanásia continua por discutir!

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Era uns dias mais novo do que eu o marinheiro tetraplégico que queria morrer e não o deixavam. Há anos que aquela bela cabeça sem corpo pedia que o deixassem morrer. Vi-o várias vezes na televisão, lúcido e sereno, exigindo o direito à morte. «Sou uma cabeça sem corpo, tenho direito a morrer», repetia Ramón Sampedro, corajoso galego. Sete anos depois da morte, decorrido o tempo para a prescrição do «crime», a amiga que o ajudou, Ramona Monteiro, revelou como o fez. A morte foi gravada por vontade de Ramon,  que demorou anos a cumprir um desejo, dolorosos anos de sofrimento que a hipocrisia judaico-cristã queria prolongar enquanto «Deus quisesse». Tetraplégico desde os 25 anos, lutou na justiça pelo direito de morrer dignamente. Dada a sua incapacidade física para suicidar-se, Ramon desejava que seus amigos e familiares o pudessem ajudar a morrer sem que cometessem algum delito. Suicidou-se em 12 de janeiro de 1998. Soube-se depois que a morte foi mais amarga do que previra o lú

O que se passa no Médio-Oriente?

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A guerra do Iraque que foi um dos eixos fundamentais da política externa no mandato do ex-presidente G.W. Bush e está a dar os ‘seus’ resultados link . A facção islamita sunita aperta o cerco no Médio Oriente e o Mundo assiste a atitudes como esta: No Iraque os fundamentalistas sunitas são condenados pelos EUA por rebeldia contra o Governo fantoche de Nouri al-Maliki mas, na Síria, os mesmos rebeldes são os ‘heróis’ do levantamento contra a dinastia al-Assad, lançando o País numa sangrenta guerra suportada pela corrente xiita aí ‘activa’ (nomeadamente o Irão e o Hezbollah). As ‘primaveras árabes’ mais não fizeram do que proporcionar à facção sunita a possibilidade de concretizar o domínio político no Médio Oriente e no Norte de África e a progressiva ‘implantação’ de Estados Islâmicos, onde a lei fundamental é a sharia .   Desde 2003 que os feitos de G. W. Bush mais não fizeram do que acirrar os já seculares problemas entre sunitas e xiitas torpedeando todas as janelas para

As fobias e o medo do sufixo

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Condenar fobias coletivas, que levam o sofrimento e a violência a minorias, é um dever  de cidadania e um ato de humanismo. A misoginia é uma fobia de contornos religiosos que atrasou a emancipação da mulher e a submeteu, ao longo dos séculos, ao sofrimento violento e à tristeza profunda. A xenofobia é responsável por guerras e dramas que uma sociedade civilizada não pode consentir. Os dramas vividos ao longo da história, pela pulsão homofóbica, tantas vezes oriunda de quem se sente atraído pelos comportamentos que execra, são uma mancha na história da humanidade e um comportamento que está longe de ser erradicado. As fobias individuais são um caso psiquiátrico, as coletivas um problema social. A Declaração Universal dos Direitos do Homem devia ser assimilada em qualquer lugar e por todos. O analfabetismo, a fome, o atraso social, o tribalismo e os preconceitos são responsáveis pelos atropelos a direitos que muitos povos nem sequer conhecem. Dito isto, urge denunciar o sufi

O PR na Guarda

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Enquanto lia a narrativa deste Governo, o PR desmaiou, felizmente sem consequências pessoais, mas tornando-se a metáfora do estado a que o País chegou.  Sobre as grosserias soezes dos governantes contra os juízes do Tribunal Constitucional ou a reincidência assídua na inconstitucionalidade dos Orçamentos de Estado, aos costumes disse nada.  Insistiu na pressão sobre o PS para ser fiador do Governo que quis.

Coimbra - Cultura

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O 10 de junho e as condecorações

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Cavaco nem depois de morto lhe poupou o peito a uma venera e a nós a amarga lembrança.

O 'faraónico' discurso da Guarda...

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Discurso do Presidente da República na Sessão Solene das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas - Guarda, 10 de Junho de 2014  “ …Os Portugueses têm direito a esperar que as principais forças políticas e as suas lideranças adotem uma atitude e uma cultura em que o superior interesse nacional seja colocado acima dos interesses partidários. Que sejam capazes de ultrapassar as divergências do tempo curto dos ciclos políticos e eleitorais e compreendam que Portugal enfrenta desafios que nos remetem para um tempo longo, para um horizonte alargado que ultrapassa os mandatos dos governantes. Os desafios que temos diante de nós, de todos nós, só podem ser vencidos através de uma cultura de compromisso. Adiar por mais tempo um entendimento partidário de médio prazo sobre uma trajetória de sustentabilidade da dívida pública e sobre as reformas indispensáveis ao reforço da competitividade da economia é um risco pelo qual os Portugueses poderão vir a pa