A Lília Bernardes, jornalista e cidadã

Lília Bernardes
O despedimento de numerosos jornalistas no DN é um triste sinal dos tempos. Dos que já sei, sentirei particularmente a falta de Lília Bernardes, uma corajosa jornalista que era a voz crítica dos desmandos da Madeira, profissional de mão cheia, de antes quebrar que torcer.

Quebrou agora, levada pela enxurrada num jornal situacionista que continuo a comprar diariamente, onde a coragem da insigne jornalista era a voz dos que não tinham voz e a consciência crítica dos que exoneraram a consciência nos desmandos que praticaram na Região Autónoma.

Agora ficam mais à solta e o país mais isolado de uma informação isenta e profissional. Permanece o diretor, voz do Governo, e as vozes inconformadas de Ferreira Fernandes, Batista-Bastos, Fernanda Câncio e Viriato Soromenho Marques, enquanto não se livram do Provedor do Leitor, Oscar Mascarenhas.

Faltam-me nomes honrados, certamente, mas sobra-me a solidariedade e o azedume.

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