EVOCAÇÃO DO 5 DE OUTUBRO
Evocando o 5 de Outubro, a I República e a resistência à ditadura, a Delegação do Centro da Associação 25 de Abril promove, em colaboração com o autor e a editora, a apresentação e debate da obra:
“General Sousa Dias: Militar, Republicano, Patriota”.
Autor: Augusto José Monteiro Valente
Editora: Câmara Municipal da Guarda – Núcleo de Acção Cultural.
Dia e hora: 10 de Outubro, 21H00.
Local: Coimbra - Casa Municipal da Cultura – Sala de Conferências.
Intervenção do Professor Doutor Amadeu Carvalho Homem: “Palavras Livres”.
Intervenção do Major-General Augusto Monteiro Valente: “Os militares e a I República: O exemplo do General Sousa Dias”.
“General Sousa Dias: Militar, Republicano, Patriota”.
Autor: Augusto José Monteiro Valente
Editora: Câmara Municipal da Guarda – Núcleo de Acção Cultural.
Dia e hora: 10 de Outubro, 21H00.
Local: Coimbra - Casa Municipal da Cultura – Sala de Conferências.
Intervenção do Professor Doutor Amadeu Carvalho Homem: “Palavras Livres”.
Intervenção do Major-General Augusto Monteiro Valente: “Os militares e a I República: O exemplo do General Sousa Dias”.
Comentários
Nasceu em Chaves a 31.12.1865; faleceu no Mindelo a 27.04.1934.
Apoiou o 5 de Outubro de 1910. Combateu Paiva Couceiro na 2 ª incursão monárquica (1912). Negou a adesão aos movimentos militares de Pimenta de Castro (1915) e Sidónio Pais (1917) e combateu a «Monarquia do Norte» (1919). Foi deputado ao Congresso em 1921. Comandante da 3 ª Divisão Militar (Porto), opôs-se ao 28 de Maio de 1926. Resistente à Ditadura Militar, chefiou o movimento revolucionário do Porto de 3 a 7 de Fevereiro de 1927, tendo sido deportado para S. Tomé e Príncipe e Açores. Condenado posteriormente pelo Tribunal Militar de Elvas, foi-lhe fixada residência obrigatória na Madeira. Voltou a chefiar a “Revolta da Madeira”, de 4 de Abril a 2 de Maio de 1931, tendo sido então demitido do Exército e desterrado para Cabo Verde, onde faleceu três anos depois. Silenciado pela ditadura, foi sepultado em segredo, em 1936, na cidade da Guarda, em jazigo cedido por pessoa amiga, ainda hoje sem qualquer registo.
A DITADURA (a)
"Sabes a vida que levo
desde o dia em que te vi:
ou preso, ou então na rua,
a conspirar contra ti.
Mais uma que se perdeu,
Não vale a pena chorar.
Tanta vez hei-de bater-me,
Que acabarei por ganhar."
(a) - versos escritos no tecto de um dos quartos da fortaleza-prisão de São João Baptista, Angra do Heroísmo, em Abril de
1931.
cit. in A. H. de Oliveira Marques, A Literatura Clandestina em Portugal, vol. II, editorial Fragmentos, 1990, p. 260.
Efectivamente assim sucedeu - 43 anos depois (1974). Sousa Dias e Pestana Júnior, respectivamente chefe militar e civil dessa revolta, já não precisariam de conspirar mais.
Ou, talvez, sim...
Provavelmente teriam começado, de novo, a conspirar contra o "insularismo populista e demagógico" de Alberto João Jardim.
Ena!
O e-pá também já faz inferências como o Carlos Esperança. A coisa faz-se...