Depois de ver e ouvir Paulo Rangel, em Madrid, no comício do PP da campanha para as últimas eleições legislativas, julguei que nenhum outro português descesse ali tão baixo nos ataques ao primeiro-ministro de Espanha. Mas faltava ver André Ventura num comício do VOX onde Charlie Kirk, célebre ativista da extrema-direita recentemente assassinado nos EUA, foi considerado o exemplo para a direita extremista que o VOX e o Chega representam. André Ventura, o pequeno führer lusitano procura ser um avatar do Adolfo Hitler e tem nos gestos e nas palavras o mesmo ódio, desejo de vingança e desvario a que só a falta de um poderoso exército atenua o perigo. Elogiou a “caçada a imigrantes”, em Espanha, com o mesmo entusiasmo com que Hitler promoveu a caçada a judeus, na Alemanha. Congratulou-se com a perseguição violenta aos imigrantes e não hesitou em agradecer essa violência, neste verão, em Múrcia. Indiferente ao crime de ódio, gritou: “Por isso quero dizer-vos, aqui em Espanha, sabendo q...
Comentários
E, merece-o!
Ao ser um indeflectível apoiante da inconsciente aventura bélica de Bush no Médio Oriente (não foi só do Iraque), jogou o seu nome e a sua carreira política no caixote do lixo da história.
Resta-lhe (salvaguardadas as devidas distâncias...) a eventualidade dos seus fiéis erguerem um museu no seu torrão natal (Edimburgo), para acolher os amantes do belicismo, da mentira, da irresponsabilidade.
Claro que políticos minimamente inteligentes têm o cuidado de escolher alguns que, pelo menos, sejam verdadeiros - mas, neste caso, talvez isso já fosse pedir muito.
O certo é que veio agora Hans Blix (o ex-inspector da ONU que andou pelo Iraque a procurar, em vão, as supostas Armas de Destruição Massiva - ADM) dizer que, no seu relatório, os «??» haviam sido substituídos por «!!», como se frases do género «As ADM existem?» tivessem sido convertidas em «As ADM existem!».
É possível que nunca se venha a saber quem foi o pândego que se entreteve a brincar às línguas-da-sogra (artefacto que, quando enrolado, parece um «?» e que, depois de soprado, parece um «!»), pegando em pontos-de-interrogação e desatando a "endireitá-los". Mas o que não há dúvida é que foi alguém "de direita"...