O PSD, o PR e o denominado PM
Penso que ao mais alto nível não há, em Portugal, mitómanos. Há talvez um fenómeno catatímico, o mesmo que levou a coruja a dizer à águia que eram bonitos os seus filhos, e que leva Cavaco e Passos Coelho a ver no PSD, que eles transformaram num perigoso instrumento de devastação do país, um partido recomendável e bem frequentado.
Há uma qualquer disfunção na perceção da realidade que leva o primeiro a ver o fim da recessão, e o segundo, embora ignorando para onde vai, a convencer-se de que segue no caminho certo. Cavaco percorre o deserto e vê miragens, enquanto Passos Coelho anda perdido e pensa que é o líder do Executivo que Paulo Portas julgava saber liderar.
No partido em cujo Conselho Nacional Paulo Rangel chama soviético a Aguiar Branco não surpreende que Passos Coelho afirme que os parceiros europeus (cada vez mais agiotas e menos parceiros) veem o PS «como uma espécie de Bloco de Esquerda».
Começa pela falta de um mínimo de formação democrática que o impede de ver que o BE não é Governo porque não tem dimensão eleitoral e não porque um iletrado político decida que não o pode ser. Na Grécia, só os simpatizantes do partido Aurora Dourada não perceberiam isso. Em Portugal, até o líder de um partido necessário à consolidação democrática se comporta como extremista, por inépcia e indigência democrática.
Marcelo, o sábio comentador e contorcionista, acabou por dizer que Passos Coelho tem sido pior líder do PSD do que primeiro-ministro. Só um criativo do gabarito de Marcelo era capaz de imaginar tão estranha bitola para o poupar à classificação.
O estado comatoso a que o PSD chegou pode ter levado à conclusão de que não está em causa a liderança de Passos Coelho. De facto, o que está em causa é a sobrevivência do País ao vendaval da deriva ultraliberal que o varre.
Há uma qualquer disfunção na perceção da realidade que leva o primeiro a ver o fim da recessão, e o segundo, embora ignorando para onde vai, a convencer-se de que segue no caminho certo. Cavaco percorre o deserto e vê miragens, enquanto Passos Coelho anda perdido e pensa que é o líder do Executivo que Paulo Portas julgava saber liderar.
No partido em cujo Conselho Nacional Paulo Rangel chama soviético a Aguiar Branco não surpreende que Passos Coelho afirme que os parceiros europeus (cada vez mais agiotas e menos parceiros) veem o PS «como uma espécie de Bloco de Esquerda».
Começa pela falta de um mínimo de formação democrática que o impede de ver que o BE não é Governo porque não tem dimensão eleitoral e não porque um iletrado político decida que não o pode ser. Na Grécia, só os simpatizantes do partido Aurora Dourada não perceberiam isso. Em Portugal, até o líder de um partido necessário à consolidação democrática se comporta como extremista, por inépcia e indigência democrática.
Marcelo, o sábio comentador e contorcionista, acabou por dizer que Passos Coelho tem sido pior líder do PSD do que primeiro-ministro. Só um criativo do gabarito de Marcelo era capaz de imaginar tão estranha bitola para o poupar à classificação.
O estado comatoso a que o PSD chegou pode ter levado à conclusão de que não está em causa a liderança de Passos Coelho. De facto, o que está em causa é a sobrevivência do País ao vendaval da deriva ultraliberal que o varre.
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