Portugal a saque com gente perigosa
Paulo Portas substituiu o putativo primeiro-ministro na suposição de que o antigo líder da empresa de sondagens da Moderna, levada à falência com as tropelias fiscais, seria o melhor negociador para a troika. Só a presunção do génio consentiu tornar o irrevogável ministro demissionário no líder do Governo que, modesto, aceitou preceder o título pela palavra «vice». Jurou falar grosso à troika e acabou, de cuecas apertadas, a falar fininho.
Portas jura agora que não trocou a TSU das pensões pelo saque aos viúvos mas, como coordenador da economia, começou por se atirar aos vencimentos dos funcionários e às pensões dos reformados e acabou no assalto às pensões de sobrevivência.
Cavaco, ministro de Estado deste Governo, negou três vezes que a dívida pública fosse resgatável e, sem que tivesse deixado de aumentar ou se previsse um perdão, acoimou de masoquistas os que lhe deram razão, antes de dar o dito por não dito.
O MNE deixou de ser o detestado dos americanos e passou a ser o dileto dos angolanos, a confundir os órgãos de soberania e os princípios do Estado de direito com interesses próprios e de direita. Barroso, invasor do Iraque, relembrado da cartilha de Mao, veio a Portugal admoestar os juízes do TC e a adverti-los de que a Constituição da República é mero detalhe do ordenamento jurídico, inaceitável para justificar acórdãos. A ministra das Finanças, tão virgem em relação aos swaps, como a mãe grávida de qualquer deus, viu a sua assinatura nas penas do Espírito Santo que a fecundou.
Antes das eleições, o Governo afirmou que o desemprego estava em regressão e garante agora que vai agravar-se. Andam por aí, bandos organizados que assaltam velhinhos e viúvas para os espoliarem, usando como argumento a violência e as agressões como método de persuasão.
Pelo menos, por enquanto, este Governo ainda não experimentou amordaçar os velhos e fraturar costelas a viúvas. É uma diferença significativa em relação aos bandos do leste.
Portas jura agora que não trocou a TSU das pensões pelo saque aos viúvos mas, como coordenador da economia, começou por se atirar aos vencimentos dos funcionários e às pensões dos reformados e acabou no assalto às pensões de sobrevivência.
Cavaco, ministro de Estado deste Governo, negou três vezes que a dívida pública fosse resgatável e, sem que tivesse deixado de aumentar ou se previsse um perdão, acoimou de masoquistas os que lhe deram razão, antes de dar o dito por não dito.
O MNE deixou de ser o detestado dos americanos e passou a ser o dileto dos angolanos, a confundir os órgãos de soberania e os princípios do Estado de direito com interesses próprios e de direita. Barroso, invasor do Iraque, relembrado da cartilha de Mao, veio a Portugal admoestar os juízes do TC e a adverti-los de que a Constituição da República é mero detalhe do ordenamento jurídico, inaceitável para justificar acórdãos. A ministra das Finanças, tão virgem em relação aos swaps, como a mãe grávida de qualquer deus, viu a sua assinatura nas penas do Espírito Santo que a fecundou.
Antes das eleições, o Governo afirmou que o desemprego estava em regressão e garante agora que vai agravar-se. Andam por aí, bandos organizados que assaltam velhinhos e viúvas para os espoliarem, usando como argumento a violência e as agressões como método de persuasão.
Pelo menos, por enquanto, este Governo ainda não experimentou amordaçar os velhos e fraturar costelas a viúvas. É uma diferença significativa em relação aos bandos do leste.
Ponte Europa / Sorumbático
Comentários
Para dar exemplo aos indecisos o governo é ousado na interpretação da doutrina e garante não haver exclusividades, monopólios, qualquer que seja o setor da economia. O governo para que não persista qualquer dúvida passou da teoria à prática.
Os ladrões estão a ser alvo de concorrência impiedosa. Não os amantes da fraude, da lavagem de dinheiro, do peculato e de outras práticas reservadas à classe superior dos investidores, são apenas os que furtam por esticão, metendo a mão ao bolso alheio ou à gaveta de caixa registadora. Para mais, não estando organizados em associações e sindicatos estão impedidos de se fazerem ouvir - não têm assento na concertação social.
Estando revestidos de legitimidade democrática não necessitam de empregar métodos referidos no último parágrafo. Sem custos, portanto, para o SNS. É o que nos vale.