Racismo escondido
Que raio de sorte, Maria!
Maria, aquela criança loura, de olhos verdes, explorada por uma família cigana na velha indústria da mendicidade, não era filha de médicos ingleses, engenheiros dinamarqueses ou abastados comerciantes holandeses.
Afinal, não era a criança raptada por uma etnia que resiste à integração. Era, de facto, a criança pobre, de outros pais, também ciganos, de outro país.
Nos olhos tristes de uma criança pobre, a esmolar na Grécia, a comunicação social tinha imaginado a princesa arrancada a um trono de safiras onde corria o mel e a angústia dos pais que trocariam o trono pela criança perdida.
Encontrada a mãe, na mais profunda pobreza, a viver a miséria que a levou ao abandono da filha, à entrega ao primeiro casal que a quis, há um sentimento de frustração que não se consegue disfarçar. Podia, pelo menos, ser negra!
Maria, aquela criança loura, de olhos verdes, explorada por uma família cigana na velha indústria da mendicidade, não era filha de médicos ingleses, engenheiros dinamarqueses ou abastados comerciantes holandeses.
Afinal, não era a criança raptada por uma etnia que resiste à integração. Era, de facto, a criança pobre, de outros pais, também ciganos, de outro país.
Nos olhos tristes de uma criança pobre, a esmolar na Grécia, a comunicação social tinha imaginado a princesa arrancada a um trono de safiras onde corria o mel e a angústia dos pais que trocariam o trono pela criança perdida.
Encontrada a mãe, na mais profunda pobreza, a viver a miséria que a levou ao abandono da filha, à entrega ao primeiro casal que a quis, há um sentimento de frustração que não se consegue disfarçar. Podia, pelo menos, ser negra!
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http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/portugal/caso-maddie-com-grupo-cigano-na-mira