Viva o 5 de Outubro – 2013
Caros Cidadãos e Cidadãs:
Três anos volvidos sobre a celebração do centenário da República, é a primeira vez que a data emblemática da sua implantação aparece abolida dos feriados portugueses. Mas não é menor o afeto despertado pelo seu simbolismo, o desejo de reparar a injustiça, a exigência da sua renovada consagração contra os que a renegaram.
Há quem faça da História uma leve ideia e ignore o carácter emblemático da data, quem tenha da Pátria uma noção vaga e considere as instituições um mero detalhe para as suas ambições. Esses perderam o sentido da ética que o regime resgatou, o senso do serviço público que a República exige, o amor à Pátria sofrido na Rotunda.
A comemoração da data identitária do regime em que vivemos tem uma dupla função, a de render homenagem aos seus heróis e a de execrar os que a traíram. Não se pode estar com a República para a presidir e desprezá-la com o consentimento ao ultraje dos que a apagaram do número de datas festivas.
Há 113 anos a bandeira da República foi hasteada na varanda da Câmara de Lisboa e o povo que a aplaudiu ficou ali a celebrar a vitória de quem, dos vassalos, fez cidadãos, de quem legou um regime que aboliu o carácter hereditário e vitalício das instituições para entregar ao povo o seu próprio destino, de quem aboliu de vez os títulos nobiliárquicos e o carácter confessional de uma monarquia onde as taras de uma família se transmitiam como vírus sem vacina.
A República é plural nas suas opções mas não é neutra no seu conteúdo. A República é-o tanto mais quanto maior for o seu aprofundamento democrático nos aspetos políticos, económicos e sociais. O povo é o oxigénio que a alimenta e a rua o seu habitat natural.
É confrangedor saber que quem preside à República, devendo ao regime a nobreza das funções que ocupa e do título que o exorna, se refugie, depois da cerimónia do içar da bandeira, num salão dos Paços do Concelho a cumprir o calendário, alheado da imagem republicana, regeneradora e liberal do edifício que o acolhe e da carga simbólica de que o palácio municipal é depositário.
Na homenagem aos heróis do 5 de Outubro está contida a amarga revolta de quem vê a História esquecida por quem não teve cultura, sensibilidade e inteligência para respeitar a memória do povo, capaz de vilipendiar, por omissão, o regime que vigora, indiferente à Pátria, desprezada e humilhada.
Malditos sejam os que não restituírem a Portugal a memória coletiva na data que fez de nós um país republicano, laico e democrático. Amaldiçoados sejam os que ignorarem a reposição do feriado que o calendário cívico espera, merece e exige.
VIVA O 5 DE OUTUBRO!
VIVA A REPÚBLICA!
VIVA PORTUGAL!
Três anos volvidos sobre a celebração do centenário da República, é a primeira vez que a data emblemática da sua implantação aparece abolida dos feriados portugueses. Mas não é menor o afeto despertado pelo seu simbolismo, o desejo de reparar a injustiça, a exigência da sua renovada consagração contra os que a renegaram.
Há quem faça da História uma leve ideia e ignore o carácter emblemático da data, quem tenha da Pátria uma noção vaga e considere as instituições um mero detalhe para as suas ambições. Esses perderam o sentido da ética que o regime resgatou, o senso do serviço público que a República exige, o amor à Pátria sofrido na Rotunda.
A comemoração da data identitária do regime em que vivemos tem uma dupla função, a de render homenagem aos seus heróis e a de execrar os que a traíram. Não se pode estar com a República para a presidir e desprezá-la com o consentimento ao ultraje dos que a apagaram do número de datas festivas.
Há 113 anos a bandeira da República foi hasteada na varanda da Câmara de Lisboa e o povo que a aplaudiu ficou ali a celebrar a vitória de quem, dos vassalos, fez cidadãos, de quem legou um regime que aboliu o carácter hereditário e vitalício das instituições para entregar ao povo o seu próprio destino, de quem aboliu de vez os títulos nobiliárquicos e o carácter confessional de uma monarquia onde as taras de uma família se transmitiam como vírus sem vacina.
A República é plural nas suas opções mas não é neutra no seu conteúdo. A República é-o tanto mais quanto maior for o seu aprofundamento democrático nos aspetos políticos, económicos e sociais. O povo é o oxigénio que a alimenta e a rua o seu habitat natural.
É confrangedor saber que quem preside à República, devendo ao regime a nobreza das funções que ocupa e do título que o exorna, se refugie, depois da cerimónia do içar da bandeira, num salão dos Paços do Concelho a cumprir o calendário, alheado da imagem republicana, regeneradora e liberal do edifício que o acolhe e da carga simbólica de que o palácio municipal é depositário.
Na homenagem aos heróis do 5 de Outubro está contida a amarga revolta de quem vê a História esquecida por quem não teve cultura, sensibilidade e inteligência para respeitar a memória do povo, capaz de vilipendiar, por omissão, o regime que vigora, indiferente à Pátria, desprezada e humilhada.
Malditos sejam os que não restituírem a Portugal a memória coletiva na data que fez de nós um país republicano, laico e democrático. Amaldiçoados sejam os que ignorarem a reposição do feriado que o calendário cívico espera, merece e exige.
VIVA O 5 DE OUTUBRO!
VIVA A REPÚBLICA!
VIVA PORTUGAL!
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