Por que motivo não me admiro?
Não, não é a sensibilidade que falta, a solidariedade que se esvai, o espírito crítico que mingua. É a prática de quem já pouco tem para viver e muito lhe sobra para recordar.
Ontem li no DN, pg. 4, que os reformados ricos passam à frente nas listas de espera de Misericórdias e IPSS; que o Estado pagou 35 milhões [€€] a colégios acusados de irregularidades; que há 120 mil crianças afetadas por falta de comida; que a educação está em risco de retrocesso e que o abandono escolar é um problema que cresce em silêncio.
Estamos a chegar aos níveis de excelência de que se ufanava Durão Barroso na sessão a que trouxe comissários europeus e a que não faltou Cavaco, resquícios do Estado Novo, uma sessão de propaganda ao Governo de Passos Coelho, com a nostalgia educativa do fascismo.
Não digo que era a malta do BPN, alguns impedidos pelas pulseiras de se deslocarem e de ocuparem os lugares de topo da hierarquia do Estado, mas estava lá a fina flor dos que mais se parecem com quem preenchia fichas na pide e não de quem a pide as preenchia.
Uma democracia não se faz sem democratas e é débil a cultura e medíocre a devoção à República de quem se presta a elogiar Cavaco, Durão Barroso e Passos Coelho.
Não bastava a desgraça deste Governo, deste PR e desta maioria, ainda temos a tragédia deste presidente da Comissão Europeia, sem remorsos da invasão do Iraque nem do saneamento de professores com credenciais democráticas equivalentes às suas.
Ontem li no DN, pg. 4, que os reformados ricos passam à frente nas listas de espera de Misericórdias e IPSS; que o Estado pagou 35 milhões [€€] a colégios acusados de irregularidades; que há 120 mil crianças afetadas por falta de comida; que a educação está em risco de retrocesso e que o abandono escolar é um problema que cresce em silêncio.
Estamos a chegar aos níveis de excelência de que se ufanava Durão Barroso na sessão a que trouxe comissários europeus e a que não faltou Cavaco, resquícios do Estado Novo, uma sessão de propaganda ao Governo de Passos Coelho, com a nostalgia educativa do fascismo.
Não digo que era a malta do BPN, alguns impedidos pelas pulseiras de se deslocarem e de ocuparem os lugares de topo da hierarquia do Estado, mas estava lá a fina flor dos que mais se parecem com quem preenchia fichas na pide e não de quem a pide as preenchia.
Uma democracia não se faz sem democratas e é débil a cultura e medíocre a devoção à República de quem se presta a elogiar Cavaco, Durão Barroso e Passos Coelho.
Não bastava a desgraça deste Governo, deste PR e desta maioria, ainda temos a tragédia deste presidente da Comissão Europeia, sem remorsos da invasão do Iraque nem do saneamento de professores com credenciais democráticas equivalentes às suas.
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