Cavaco, Passos e Barroso vão a votos dos portugueses
Podem os cúmplices da atual política, e servos de interesses
suspeitos, negar o carácter plebiscitário das próximas eleições europeias. O
PR, o PM e o inqualificável candidato a Cavaco II, serão julgados nas urnas.
O último ato da ópera bufa foi encenado por Durão Barroso, militante
da ética de Bush, Blair e Aznar, a cujo convívio ascendeu depois de um estágio
na madraça do MRPP.
A reunião para o lançamento da candidatura a PR contou com
os comissários europeus que se prestaram a ser figurantes junto dos figurões
que não percebem a aversão que os portugueses lhes devotam, já que o próprio,
sem pudor, usou as funções de presidente da Comissão Europeia em benefício
próprio e ao serviço das ambições pessoais.
O triângulo de atores inferiores, formado por gente cujas
funções os deviam impedir do espetáculo, deram origem à mais pífia das
encenações, ao mais medíocre dos ensaios e à mais deprimente diversão política.
Cavaco disse bem de Barroso, este de Passos Coelho e o último de Cavaco. O carrocel de
vacuidades, adrede combinado, mais parecia um número, para fazer esquecer o BPN
e a errática governação deste executivo, do que uma sessão de aquecimento para lançar
alguém que substitua este PR, sem poder ser pior.
O ajuntamento político foi uma mera reunião de negócios, sem
glória, sem honra e sem consequências, um ensaio para mais um embuste, uma
tentativa de imitação da Coreia do Norte.
Só uma derrota humilhante da coligação do Governo será o
justo prémio para o pior PR, a pior maioria e o pior Governo de que há memória.
O panegírico fascista ao ensino dos tempos salazaristas foi um piscar de olho à
reação, uma espécie de manifesto subliminar onde se percebia o apelo final:
«fascista de todo o país, uni-vos». Barroso, ao abrigo do julgamento no TPI,
pelo crime do Iraque, pretende prolongar a viscosidade em Portugal.
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