As desgraças deste Governo

Erradicada a varíola ainda durante o consulado salazarista, o cumprimento do programa de vacinação do regime democrático levou à eliminação da poliomielite, tétano neonatal e difteria, na passada década de noventa, e do sarampo e rubéola, no ano passado.

O saneamento e o tratamento de águas, a melhoria do nível de vida e o investimento na educação e saúde reduziram drasticamente a morbilidade dos portugueses. A esperança de vida aumentou para níveis incomportáveis para um Governo que trazia na agenda a mudança dos paradigmas que a democracia tinha instituído.

A crise das dívidas soberanas ajudou à conquista do poder pelo Governo mais à direita  dos últimos 40 anos, segundo o insuspeito Freitas do Amaral, e o mais inepto, como se sabe.

Falar em reforma administrativa é uma heresia depois da ineficaz cosmética da fusão de freguesias. Para o Governo é preferível despedir funcionários a reduzir os membros das assembleias municipais e de freguesia, a fundir concelhos, a abolir o carácter faraónico dos órgãos das Regiões Autónomas, isto é, reduzir alfobres de caciques onde germinam parasitas e se angariam votos.

Onde para a avaliação de Fundações que servem apenas de paraísos fiscais, das EPs que acoitam afilhados e desempregados políticos, das IPSS que sugam impostos, em vez de os pagar, da legião de assessores do PR e dos ministérios?

A única forma de resistirmos a este Governo é teimarmos em manter-nos vivos.  

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