Passos Coelho e mais um tiro no pé...
“O reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva, criticou, esta noite, em Coimbra, os milhares de milhões de euros do Fundo Social Europeu que "foram deitados à rua para alimentarem pseudo-formações" link.
Haverá muita gente (e organizações) neste País que enfia o barrete. As formações subsidiadas pelo Fundo Social Europeu floresceram, em Portugal, como cogumelos na época de chuva e muito tem sido dito e escrito sobre o assunto.
Mas, para além do nevoeiro que esbate os responsáveis, na calha está Pedro Passos Coelho que, de braço dado com o companheiro da JSD e seu actual ‘conselheiro’, Miguel Relvas e através da empresa Tecnoforma, são indiciados de terem abotoado uns milhões de euros do Programa Foral para ‘formar’ 1063 técnicos de aeródromos e heliportos municipais. Um caso que dorme tranquilamente à sombra de uma morosa investigação do Gabinete de Luta Anti-Fraude da União Europeia (OLAF). link. Aguardemos sentados o resultado desta investigação
De concreto, para já, em relação aos resultados e interesse destas ‘formações’ promovidas pela Tecnoforma, sobressai o facto de, uma vez no Governo, Passos Coelho, ter desamparado os seus formandos e determinado o fim dos voos domésticos para e aeródromo municipal de Bragança link.
O actual primeiro-ministro contará com as mordomias pós governativas e não pensa regressar à Tecnoforma que, entretanto, declarou a insolvência link. Estamos, portanto, perante um típico autor de um dos tais desperdícios, referidos pelo reitor da UC. E que agora aparece com um seráfico sorriso a condenar a utilização dos fundos europeus nos seguintes termos: "Durante muitos anos, utilizámos os fundos europeus para realizar infraestruturas que se consideravam importantes para o país, e hoje sabemos que muitas delas não eram, de facto, importantes para o país…" link.
A típica expressão popular ‘fala o roto do esfarrapado’… ou, simplesmente, um tiro no pé.
Comentários
-durante muitos anos utilizámos os fundos europeus, eu próprio o fiz indevidamente e por esse motivo peço a demissão do cargo que ocupo; entrego-me à justiça para apuramento das minhas responsabilidades.