Os partidos, os militantes e o país
A crise interna no PS seria um assunto interno se as repercussões não tivessem reflexos na dificuldade de correr com o Governo, para voltarmos à normalidade democrática.
A escolha do secretário-geral é um assunto interno, que cabe aos militantes, enquanto a decisão afeta o país. Não é indiferente o SG que o PS escolha, tais são as probabilidades de vir a ser o primeiro-ministro.
Como o PSD conseguiu escolher o pior, rodeado de inefáveis comparsas, não gostaria que o PS fizesse o mesmo. Passos Coelho já deu provas de estar no sítio certo, na hora certa, para o lugar errado, levado por gente pouco estimável e por meios pouco claros.
Os afetos que se geram dentro dos partidos, sem falar de eventuais interesses pessoais, podem levar à escolha errada e a atitudes que só prejudicam o partido e o prestígio dos que se disponibilizam para o cargo.
Posso afirmar, com a serenidade de quem não tem interesses pessoais nem inclinações afetivas, que os militantes devem escrutinar as provas dadas, a dimensão política e o currículo de cada um dos candidatos. Não se trata de escolher o dirigente de um grupo mas o líder de um país.
Para que a margem de erro diminua, vale a pena recorrer às sondagens públicas. E os militantes devem ter presente que mais importante do que o candidato que lhes agrade é o candidato que mais agrade ao país.
O pior que nos pode acontecer é uma escolha que recaia em quem o partido mais goste sem acertar no que o país deseje. É o caminho para uma derrota a prazo.
Correr com Passos Coelho e Portas, e com quem já os devia ter demitido, dissolvendo a AR, é demasiado fácil. Difícil é aguentar um Governo coerente num país que continua à deriva, a baixar o PIB, a descrer da política e a precisar de um político de envergadura.
Não dou palpites. Só alerto os militantes do PS para a responsabilidade patriótica que lhes cabe. Espero que escolham o melhor.
A escolha do secretário-geral é um assunto interno, que cabe aos militantes, enquanto a decisão afeta o país. Não é indiferente o SG que o PS escolha, tais são as probabilidades de vir a ser o primeiro-ministro.
Como o PSD conseguiu escolher o pior, rodeado de inefáveis comparsas, não gostaria que o PS fizesse o mesmo. Passos Coelho já deu provas de estar no sítio certo, na hora certa, para o lugar errado, levado por gente pouco estimável e por meios pouco claros.
Os afetos que se geram dentro dos partidos, sem falar de eventuais interesses pessoais, podem levar à escolha errada e a atitudes que só prejudicam o partido e o prestígio dos que se disponibilizam para o cargo.
Posso afirmar, com a serenidade de quem não tem interesses pessoais nem inclinações afetivas, que os militantes devem escrutinar as provas dadas, a dimensão política e o currículo de cada um dos candidatos. Não se trata de escolher o dirigente de um grupo mas o líder de um país.
Para que a margem de erro diminua, vale a pena recorrer às sondagens públicas. E os militantes devem ter presente que mais importante do que o candidato que lhes agrade é o candidato que mais agrade ao país.
O pior que nos pode acontecer é uma escolha que recaia em quem o partido mais goste sem acertar no que o país deseje. É o caminho para uma derrota a prazo.
Correr com Passos Coelho e Portas, e com quem já os devia ter demitido, dissolvendo a AR, é demasiado fácil. Difícil é aguentar um Governo coerente num país que continua à deriva, a baixar o PIB, a descrer da política e a precisar de um político de envergadura.
Não dou palpites. Só alerto os militantes do PS para a responsabilidade patriótica que lhes cabe. Espero que escolham o melhor.
Comentários
Raramente foi possível observar tanta 'barraca', envolvendo tanta gente, em tão pouco tempo!
Hoje o Governo anunciou a substituição da CES (extraordinária, saliente-se) por um corte permanente nas pensões de 2 a 3,5% a que chama "contribuição de sustentabilidade".
http://www.tvi24.iol.pt/economia---economia/conselho-de-ministros-aprova-deo-pensoes-sustentabilidade/1558828-6377.html
Quem olha para 'isto' entende que os rapazes do Governo não conseguiram entender nem uma linha dos acórdãos do TC. E para esta 'medida' querem uma clarificação prévia do TC. Estamos à beira de ver um governo legislar (ou por encomenda a sua maioria parlamentar) e de imediato a mesma instituição solicitar ao TC a fiscalização (preventiva ou sucessiva?).
Incrível!
Todos os portugueses entenderam que o TC afirmou não estar disponível para 'aceitar' alterações sobre pensões e vencimentos que não sejam parte integrante de uma reforma estrutural desses sectores a envolver. Ora, o Governo envereda - mais uma vez- por um expediente sem qualquer resquício de 'estrutural'.
O Governo insiste nos cortes cegos por razões orçamentais de 'emergência' e agora vai solicitar (através da sua maioria parlamentar?) que o TC entre numa cascata de apreciações das suas espúrias decisões (à laia de visto prévio).
Esta 'viciação' das instituições que integram o regime democrático será, a par da pretensa 'aclaração' em curso, o maior embuste político que foi 'congeminado' por esta maioria para o nosso País e representa um grave e insuportável atropelo ao regular funcionamento das instituições.
É um xeque-mate para o regime e um terrível desafio ao Presidente da República (garante do regular funcionamento das instituições democráticas) que, no doce conluio onde se meteu, é agora levado a assistir os seus 'rapazes' deitarem pela janela fora o menino junto com a água do banho...