Uma [outra] emergência nacional....

A ‘solução’ cozinhada pela equipa de A J Seguro para o PS é de bradar aos céus. Perante uma permanente e acelerada degradação da imagem partidária o actual Secretário-Geral do PS avança com ‘primárias' para escolher o candidato a 1º. Ministro permanecendo, entretanto, em funções. Para logo acrescentar que se perder essas ‘primárias’ se demite dos actuais cargos do PS o que a verificar-se acarretaria novas eleições primárias e novo Congresso. Um autêntico corrupio que inevitavelmente se arrastaria até à proximidade das eleições legislativas.
Esta manobra serve, aparentemente, para ultrapassar a blindagem estatutária que previamente ergueu para prevenir sobressaltos capazes de questionar uma liderança a qualquer momento. Como está bem visível esta barreira táctica não pareceu surtir efeito. 
O aparecimento da candidatura de António Costa na sequência dos últimos resultados eleitorais gerou uma vasta perturbação política e a reboque os consequente desequilíbrios partidários não sanáveis pela burocrática aplicação de formalidades estatutárias.  
Tornou-se penosa esta sensação de ‘implosão’. Na verdade, A J Seguro parece sucumbir à beira da praia. Ninguém contesta o direito de não ceder o cargo de mão beijada e vir a disputar as eleições internas para ‘segurar’ o cargo de Secretário-Geral. 
O que começa a ser incompreensível é a análise que a actual equipa dirigente faz do País. Na verdade, deixar este Governo em roda livre sem que o maior partido da Oposição esteja capaz de o confrontar terá um preço demasiado alto e deveria incutir a noção de rapidez ao esclarecimento da situação interna no PS.
A convocação de um Congresso por iniciativa de A J Seguro (que não ‘violenta’ o quadro estatutário) tornou-se uma tarefa inadiável para não parecer uma ignóbil ‘manobra de diversão’. É tempo de redefinir estratégias para correr com este Governo. 
O PS tem um caminho muito estreito para tentar fugir ao destino dos partidos socialistas e sociais-democratas europeus. Neste momento convinha por os olhos no PSOE, no PSF de Hollande, no SPD alemão, no Pasok, etc.. 
É, por outro lado, necessário evitar que surja um PR hipócrita e manhoso a vir a terreiro dizer (ou escrever no facebook) que não é possível convocar eleições, porque o maior partido da Oposição está a viver uma dramática convulsão…

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