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A FRASE
Por
Carlos Esperança
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A descolonização trágica e a colonização virtuosa
Por
Carlos Esperança
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Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
Como calcula não me afectam os ataques ao primeiro-ministro. É um direito em democracia que não precisa do anonimato.
Mas confundir quem assassinou e exilou cerca de 1 milhão de espanhóis com um primeiro-ministro de uma democracia que, a seu tempo, voltará a submeter-se ao escrutínio do eleitorado, é, no mínimo, má fé.
Se isto é democracia, vou ali já venho!!!!!
Diogo.
Hoje, a questão basca, é "arremessada" exclusivamente para cima de J L Zapatero. Sendo uma questão ancestral, não podemos esquecer que foi agravada pela ditadura de Franco. A morte por garrote não sufucou, em Espanha, os nacionalismos. Pelo contrário, exacerbou-os. Os avanços autonomistas, por exº., na Catalunha, foram só possíveis em democracia.
É hoje evidente que J L Zapatero cometeu erros na avaliação política da situação do País Basco.
O maior terá sido "contentar-se" com as tréguas propostas pela ETA.Estamos perante a evidência de que só a "renúncia incondicional do uso da violência" será, no futuro, uma base aceitável para a Paz. Os militantes e simpatizantes da Eskadi Ta Askatasuna – Pátria Basca e Liberdade (ETA) são cidadãos (nem todos são terroristas) e mereceram, da parte de Zapatero, uma oportunidade. A Paz, como se parecia oferecer, valia isso. Essa janela de oportunidade para a Paz foi fechada com o atentado de Barajas.
No entanto, o governo espanhol tem o dever de concertar uma estratégia para a Paz e nesse sentido vai tentar, nas Cortes, implementar "uma aliança nacional anti-terror".
Os resquícios falangistas, ainda residuais em Espanha, agitam as ruas e, como solução política, propõem a liminar queda de Zapatero e o brutal recrudescimento da repressão - à maneira dos outros tempos.
Sendo assim, recordar o cartaz de antanho (anos 30), não será dispiciendo...
A memória histórica deve estar presente em todas as crises.
jrd
jrd
É pena o aborto não ter sido utilizado nessa altura.
É notória a intenção do PP em utilizar o terrorismo como arma de arremesso eleitoral. Pela primeira vez em 30 anos (desde o fim do franquismo) não foi possivel concertar as principais forças políticas na luta anti-terrorista.
O PP bloqueou, perante as Cortes, a possibilidade desta aliança.
O "jogo" político (oportunista) do PP, com o terrorismo, já lhe custou uma derrota eleitoral.
Poderá, hoje, ter iniciado a caminhada para outra.
Diogo.