A próxima eleição para a presidência dos EUA apresenta-se algo complicada e, diria, enigmática em termos de previsões.
Em primeiro lugar, há o "pesadelo Bush", carregando às costas a terrível herança do Iraque, fora os restantes problemas do Médio Oriente. Estes factos ensombram transversalmente todas as condidaturas que se desenham ou apalpam terreno. Em princípio, o Patido Democrático poderá (deverá) colher trunfos e frutos da desastrada Administração Bush, quer quanto à guerra, quer quanto à situação da economia norte-americana.
Por outro lado, o Partido Democrático aparece com roupagens inovadoras. Os seus dois prinipais candidatos (ou pretendentes a disputar as primárias) Hillary Clinton e Barack Obama são dois candidatos inovadores e, em princípio, distantes da "dinastia Bush" e do "cizentismo político" republicano.
Hillary, a primeira mulher que se candidata ao cargo, tem neste processo eleitoral um "pecado original" - deu, nos primeiros tempos, o seu aval político à invasão do Iraque. Embora sendo actualmente uma acérrima opositora à actuação de Bush no Iraque, sobre um excelente pano caíu essa nódoa... Embora sendo um liberal é adepta do "grande governo", isto é, de uma maior interferência do Estado na Economia para além de partilhar uma melhor organização da área social. Estas últimas "qualidades" valem o que valem no campo democrático.
O Partido Democrático tem outra inovação na manga: Barack Obama! É também outra inovação - a possibildade de os EUA terem um presidente negro. É uma jovem "estrela" da política americana, extremamente popular. Tem um posição "dura" sobre a guerra do Iraque, nomeadamente sobre o reforço militar implementado pela Administração Bush. Disse: "Trata-se da guerra no Iraque, o tempo das promessas acabou e a paciência evaporou-se", Concluiu: "Muitas vidas já foram perdidas, muitas já foram estragadas. Não podemos mais confiar numa política já tentada e fracassada, e à qual se opõem generais, especialistas, democratas, republicanos, americanos e mesmo iraquianos",... Por outro lado, defende para a solução do problema uma "conferência regional" sobre o Iraque, associando o Irão e a Síria. Próximo do relatório dos "sábios" (Baker-Hammilton). Uma boa aproximação diplomática. Uma visão "pacífica" para a política externa. O seu grande óbice é quer o Mundo quer os americanos conhecem mal o seu pensamento político nas questões internas. E o receio que depois do desastre do Iraque os americanos se virem para dentro (para a política doméstica).
Bem, um intrincado problema interno americano que, por tabela, mobiliza as atenções do Mundo. Ser â potência hegenemónica mundial tem destas coisas. Em certa medida, dependemos do que aí se passa e decide...
Finalmente, um visão eivada de algum humor: A situação política nos EUA é tão má, diria mesmo "incendiária", que os americanos podeão estar a considerar eleger como próximo presidente um "bombeiro" ou alguém por aí próximo. Esse seria o ex-mayor de New-York -no fatídico 11. Set.01 - o republicano Rudolph Giuliani, que granjeou grande simpatia entre os bombeiros de N-Y. Um bombeiro "honorário"... (Giuliani também é pré-candidato...!)
Anónimo disse…
Espero que Hilary ganhe as próximas eleições nos EUA.
De facto, o legado de Bush não vai ser fácil de resolver.
Marcelo e Montenegro, o Sr. Feliz e o Sr. Contente, acompanhados do outro que o golpe urdido no Palácio de Belém com a PGR levou à presidência da AR, foram ontem prestar justas homenagens às vítimas do trágico acidente de helicóptero no rio Douro. Podiam ter evitado atrasar a missa para exibirem na igreja a compunção aos familiares e ao País, mas a laicidade é a vítima dos tartufos de uma República laica. Eles são assim! Ontem, só às 23 horas pude ver os programas que desejava, agora que aprendi a fazê-lo. Vi o bruxo de Fafe, alter ego do PR e possível sucessor na homilia semanal do costume. Falou de forma ligeira da gravidade do roubo dos computadores no próprio Ministério da Administração Interna porque ficava para o humor de Ricardo Araújo Pereira (RAP) que no mesmo canal teria depois o seu programa. Referiu-se ao discurso de Pedro Nuno dos Santos como brilhante e eficiente por ter conseguido afastar a pressão da AD para aprovar sem condições o OE/2025. Também considerou igual...
Comentários
Segolène em França!
Hilary nos EUA!
Assim, até gosto da Angela Merkel na Alemanha!
Boa sorte Hilary CLinton!
Em primeiro lugar, há o "pesadelo Bush", carregando às costas a terrível herança do Iraque, fora os restantes problemas do Médio Oriente. Estes factos ensombram transversalmente todas as condidaturas que se desenham ou apalpam terreno.
Em princípio, o Patido Democrático poderá (deverá) colher trunfos e frutos da desastrada Administração Bush, quer quanto à guerra, quer quanto à situação da economia norte-americana.
Por outro lado, o Partido Democrático aparece com roupagens inovadoras. Os seus dois prinipais candidatos (ou pretendentes a disputar as primárias) Hillary Clinton e Barack Obama são dois candidatos inovadores e, em princípio, distantes da "dinastia Bush" e do "cizentismo político" republicano.
Hillary, a primeira mulher que se candidata ao cargo, tem neste processo eleitoral um "pecado original" - deu, nos primeiros tempos, o seu aval político à invasão do Iraque. Embora sendo actualmente uma acérrima opositora à actuação de Bush no Iraque, sobre um excelente pano caíu essa nódoa... Embora sendo um liberal é adepta do "grande governo", isto é, de uma maior interferência do Estado na Economia para além de partilhar uma melhor organização da área social. Estas últimas "qualidades" valem o que valem no campo democrático.
O Partido Democrático tem outra inovação na manga: Barack Obama!
É também outra inovação - a possibildade de os EUA terem um presidente negro. É uma jovem "estrela" da política americana, extremamente popular. Tem um posição "dura" sobre a guerra do Iraque, nomeadamente sobre o reforço militar implementado pela Administração Bush. Disse: "Trata-se da guerra no Iraque, o tempo das promessas acabou e a paciência evaporou-se", Concluiu: "Muitas vidas já foram perdidas, muitas já foram estragadas. Não podemos mais confiar numa política já tentada e fracassada, e à qual se opõem generais, especialistas, democratas, republicanos, americanos e mesmo iraquianos",...
Por outro lado, defende para a solução do problema uma "conferência regional" sobre o Iraque, associando o Irão e a Síria. Próximo do relatório dos "sábios" (Baker-Hammilton). Uma boa aproximação diplomática. Uma visão "pacífica" para a política externa. O seu grande óbice é quer o Mundo quer os americanos conhecem mal o seu pensamento político nas questões internas. E o receio que depois do desastre do Iraque os americanos se virem para dentro (para a política doméstica).
Bem, um intrincado problema interno americano que, por tabela, mobiliza as atenções do Mundo. Ser â potência hegenemónica mundial tem destas coisas. Em certa medida, dependemos do que aí se passa e decide...
Finalmente, um visão eivada de algum humor:
A situação política nos EUA é tão má, diria mesmo "incendiária", que os americanos podeão estar a considerar eleger como próximo presidente um "bombeiro" ou alguém por aí próximo.
Esse seria o ex-mayor de New-York -no fatídico 11. Set.01 - o republicano Rudolph Giuliani, que granjeou grande simpatia entre os bombeiros de N-Y. Um bombeiro "honorário"...
(Giuliani também é pré-candidato...!)
De facto, o legado de Bush não vai ser fácil de resolver.
Diogo.