O PSD e o fogo de artifício

O criativo líder parlamentar do PSD, Marques Guedes, não deixa passar despercebidos os grandes acontecimentos nacionais, tal como não deixa de ir ao encontro dos grandes desígnios dos portugueses.

Há tempos brindou-nos com a proposta legislativa do «Dia do Cão», uma iniciativa que correspondia à expectativa de muitos portugueses a quem abriria as portas para o «Dia da Vaca», «Dia do Gato», «Dia do Piriquito» e muitos outros dias com que os eleitores veriam os animais predilectos homenageados pela Assembleia da República.

Agora surpreendeu de novo os portugueses com o voto de congratulações, apresentado na A.R., pelo volume do fogo de artifício, na Madeira, durante a passagem de ano.

Desta vez, teve a subscrever o voto, os deputados da Madeira, incluindo Guilherme Silva, seu antecessor na liderança da bancada e solidário entusiasta com o volume do fogo de artifício.

Por vergonha ou falta de solidariedade, alguns deputados do PSD não exultaram com o voto de louvor ao fogo de artifício cujo volume o tornou candidato ao Guinness e deixa para a eternidade o nome de Alberto João Jardim, perito em fogo de artifício (no fogo e no artifício), ligado ao maior evento mundial de pirotecnia.

Se o voto de congratulação tivesse êxito, o líder parlamentar do PSD teria oportunidade de formular votos idênticos em relação ao consumo de cerveja na Queima das Fitas, em Coimbra, ou à quantidade de lampreias devoradas em Porto da Raiva, no concelho de Penacova, o lugar de maior consumo mundial do referido ciclóstomo por autóctone.

Desejo ao deputado Marques Guedes os maiores êxitos nas iniciativas legislativas e nos votos apresentados neste ano de 2007.

Fonte: DN, hoje, pág. 10 (sítio indisponível).