Referendo sobre a prisão de mulheres
1 - A posição sensata de um padre católico ou a posição católica de um padre sensato?
Referendo sobre o aborto - Anselmo Borges - Padre e professor de Filosofia (DN)
2 - Memórias de um leitor do Ponte Europa:
Marques Mendes quando compara a descriminalização do aborto à Droga sabe do que fala.
No julgamento da Maia (ao contrário do que tem dito a campanha do “não”, quando foi possível apurar o tempo de gestação tinham menos de 10 semanas de gravidez) foram arguidas seis desempregadas, duas operárias, uma cozinheira, uma costureira, uma cabeleireira, uma recepcionista e três empregadas do comércio.
Estas são as vítimas desta lei. E as vitimas da clandestinidade e de quem lucra com ela. O cofre que foi encontrado na “clínica” clandestina mostra o que os «nossos impostos» não podem pagar:Carla, 26 anos, deixou 2 fios, 4 pulseiras de criança e um anel;
Carminda, 31 anos, três filhos, separada e desempregada, tinha de pagar 92 contos, pagou 45, uma medalha de ouro e ficou a dever o resto;
Rita, 36 anos, operária, deixou ficar o anel de noivado e dois cheques;
Teresa, 27 anos, cozinheira, com um relacionamento esporádico, pagou 40 contos, um fio, três anéis, uma aliança e um par de brincos;
Piedade, 34 anos, empregada de balcão, deixou cinquenta contos e dois anéis;Maria João, 38 anos, cabeleireira, dois filhos, sem relação estável, deixou 70 contos e uma pulseira;
Maria Manuela, 35 anos, recepcionista, deixou 15 contos e um cordão de ouro;Sandra, 18 anos, pediram cem contos, deixou quarenta, um fio de ouro, um anel, uma pulseira e ficou a dever trinta contos;
Paula, 19 anos, desempregada, seis semanas de gravidez, 45 contos e uma pulseira.
No cofre havia 26 fios, 13 pulseiras, cinco libras, 19 anéis, um cordão, duas alianças, quatro pares de brincos, três relógios e três alfinetes de ouro.Nomes fictícios.
a) Cardeal Patriarca (pseudónimo)
Referendo sobre o aborto - Anselmo Borges - Padre e professor de Filosofia (DN)
2 - Memórias de um leitor do Ponte Europa:
Marques Mendes quando compara a descriminalização do aborto à Droga sabe do que fala.
No julgamento da Maia (ao contrário do que tem dito a campanha do “não”, quando foi possível apurar o tempo de gestação tinham menos de 10 semanas de gravidez) foram arguidas seis desempregadas, duas operárias, uma cozinheira, uma costureira, uma cabeleireira, uma recepcionista e três empregadas do comércio.
Estas são as vítimas desta lei. E as vitimas da clandestinidade e de quem lucra com ela. O cofre que foi encontrado na “clínica” clandestina mostra o que os «nossos impostos» não podem pagar:Carla, 26 anos, deixou 2 fios, 4 pulseiras de criança e um anel;
Carminda, 31 anos, três filhos, separada e desempregada, tinha de pagar 92 contos, pagou 45, uma medalha de ouro e ficou a dever o resto;
Rita, 36 anos, operária, deixou ficar o anel de noivado e dois cheques;
Teresa, 27 anos, cozinheira, com um relacionamento esporádico, pagou 40 contos, um fio, três anéis, uma aliança e um par de brincos;
Piedade, 34 anos, empregada de balcão, deixou cinquenta contos e dois anéis;Maria João, 38 anos, cabeleireira, dois filhos, sem relação estável, deixou 70 contos e uma pulseira;
Maria Manuela, 35 anos, recepcionista, deixou 15 contos e um cordão de ouro;Sandra, 18 anos, pediram cem contos, deixou quarenta, um fio de ouro, um anel, uma pulseira e ficou a dever trinta contos;
Paula, 19 anos, desempregada, seis semanas de gravidez, 45 contos e uma pulseira.
No cofre havia 26 fios, 13 pulseiras, cinco libras, 19 anéis, um cordão, duas alianças, quatro pares de brincos, três relógios e três alfinetes de ouro.Nomes fictícios.
a) Cardeal Patriarca (pseudónimo)
Comentários
Se o sim ganhar passaram a ir a tribunal mulheres que decidam abortar depois das dez semanas. Talvez aí os donos dessas "clínicas" decidam receber os seus honorários em ovos ou patos.
Nessa altura que posição assumiram os defensores do sim? A prisão das mulheres? A liberdade de fazerem o que quiserem com o seu corpo porque o "coiso" ainda não é pessoa por não ter pêlos nos sovacos? Gostava que alguém me respondesse a isto...
Não percebo mesmo como não estão na cadeia todas as mulheres que interromperam a gravidez fora das excepções que a lei consagra.
2 - Não é o aborto que está em causa, é a despenalização, a luta entre quem quer ver as mulheres na cadeia e quem acha que o aborto já é um castigo excessivo.
Porque é um direito a mais que conquistamos
Porque é um dever a menos que suportamos
Porque os países civilizados têm
Porque é sinal de modernidade
Porque a Igreja é contra
Porque é mais uma causa
Porque o Estado alguma vez é meu amigo
Porque é o principal problema deste país
Porque assim está-se mais à vontade
Porque, pela 1ª vez, se pode ter "desvios" sem impunidade
Porque temos que compensar as mulheres da violência doméstica
Porque assim controlo melhor o meu destino
Porque a barriga é minha e só lá está quem eu deixo
Porque já andamos nisto há uma porrada de tempo
Porque, ao menos, dão-me prioridade uma vez na vida.
Porque eu choro e os fetos não choram
Porque até fica bem no currículo
Porque eu não sei o que isso do amor maternal
Porque me convém
Porque eles não querem assumir
Porque eu, mãe, quero vingar-me do pai
Porque é mainstream
Porque eu quero
Porque é da esquerda ou da direita moderna (neo-liberal)
Porque ele não fala nem vê e eu sou mais forte
Porque é mais um passo
Porque sim