Turquia – A morte anunciada de um jornalista

O jornalista turco Hrant Dink morreu às mãos de um grupo armado que o assassinou junto ao edifício do seu jornal.

Com 53 anos, descendente de arménios, era o redactor-chefe do semanário em língua arménia, Agos, um dos mais importantes jornais arménios que se publica em Istambul.

O corajoso jornalista havia recebido diversas ameaças de morte de grupos nacionalistas que o consideravam um traidor à Turquia, para além de já ter sido condenado a prisão pela denúncia do genocídio de 1 milhão de arménios durante a primeira Grande Guerra.

Mais uma vítima da intolerância, um mártir que merece respeito e solidariedade.

Hrant Dink não matou em nome da fé, morreu em defesa da liberdade de expressão, das suas convicções e da verdade histórica.

Com este crime também a memória do povo arménio se vai apagando, o povo que deu a Portugal um dos maiores filantropos e mecenas de todos os tempos – Calouste Gulbenkian.

Comentários

Anónimo disse…
Desde do Genocidio de 1915 de um milhão e meio de pessoas, às mãos dos Turcos Otomanos, que nunca cessaram os assassínios de Arménios, só que têm acontecido normalmente de forma selectiva.
Porque, ainda hoje, se trata de um problema incómodo -a Turquia-, o "chamado" Ocidente parece por vezes esquecido, talvez também por força do lobby Judeu que é muito exclusivista, excepção feita à França que recentemente legislou a em defesa da verdade histórica.
jrd
Anónimo disse…
Vivam os filantropos,que depois de rapinarem as riquezas naturais dos seus países ,vão fazer figuras de bonzinhos pra terra dos outros.É por isso que não vou à bola com os xuxas:são frouxos e,na hora H,estão com o Capital Rapinante.A ideologia é o pragmatismo,ie,o oportunismo estar bem com deus e o diabo e,no final com o diabo.Olhe, veja o Pina Moura e tantos outros.Até metem nojo na sua Gula.Não eram Marxistas?Não,não eram,nunca o foram.E têm a indecência de chamar de dinossauro a Fidel.E,os Almeidas, o mesquita machado com a sua grande mansão.O povoléu,é nharro.Das próximas eleições vão votar no PSD e dizer que isto tá uma merda.Assim estamos nós com esta gente pekenina e,ideiasde oportunismo puro e duro.À fava!!!!
Anónimo disse…
Ainda há quem queira a Turquia na Comunidade Europeia...país doutros costumes, religiões e hábitos, pouco europeia e com quesílias intestinais...a sua entrada, prevejo, será o começo do fim da comunidade.
Anónimo disse…
Anonymous Sáb Jan 20, 07:58:16 PM:

Talvez não tenha reparado mas o seu comentário é alheio ao assassinato do corajoso jornalista turco.

Use o «Espaço dos leitores» para os temas livres e manifestações de azedume.

Faz-lhe igualmente bem ao fígado e não perturba a discussão do tema do post.
Anónimo disse…
O Mundo vive um surto de violência. Em 2006, registaram-se 155 assassinatos de jornalistas (não contando com 22 mortes acidentais). Um trágico recorde.

"os media tornaram-se mais poderosos e o jornalismo mais perigoso", afirmou Aidan White, Secretário Geral da Federação Internacional de Jornalistas.

Grande parte deste incremento da violência deve-se ao chamado "jornalismo de guerra". O Iraque contribuiu, em larga medida, para este "boom". Desde Abril de 2003 que já morreram, no Iraque, 170 jornalistas. Os "embedded reports" preconizados pelas Forças Armadas americanas não garantiram a objectividade e a isenção dos relatos bélicos. Lesaram os leitores e distorceram a verdade da guerra. Por outro lado, abriram o apetite a "free-lancers" na busca de notícia fidedignas e na vigilância das violações dos direitos humanos - tentações da guerra que muitos pagaram com a morte. Outros, vitimas de sequestros para mediatização de grupos extremistas, também tiveram a mesma (má) sorte.
Na América Latina, verificaram-se, também, números impressionantes - 37 equipas de meios de comunicação assassinadas! É o "jornalismo de investigação" á volta do tráfico de droga e da corrupção. As denúncias caíem na alçada dos rotineiros "ajustes de contas".

Hrant Dink, turco, trabalhava no "jornalismo humanitário e cultural". Denunciou o histórico genocídio de arménios pelos turcos (assunto na ordem do dia em França...). A sua coragem granjeou-lhe respeito mas provocou a ira de nacionalistas turcos.

Não devemos pegar em Hrant Dink e construir, sob a sua exemplar imagem, um mártir. Não devemos tecer, em seu redor, atitudes oportunistas para ferir a Turquia (em negociações com a CE).
Hrant Dink merece a nossa homenagem e o reconhecimento pela isenção do seu trabalho e a coragem das suas denúncias.

O problema é universal.
Devemos, então, saudar a resolução do Conselho de Segurança da ONU de 23.12.06, sobre este assunto e dar-lhe força. O direito à informação merece este esforço. Hrant Dink, também.
Anónimo disse…
Carlos Esperança

O meu azedume sobre a Turquia, é evidente, é um país, onde os mais elementares direitos humanos, são espezinhados, daí a morte do jornalista...

Recordo-lhe também a perseguição terrível, movida aos curdos/turcos, no norte do país.

O seu federalismo, pelos vistos, é muito abrangente, encaixa todos os países que se disponham entrar para a comunidade...afinal, onde acaba a Europa e que afinidades tem a Turquia conosco ?
Anónimo disse…
Digo, connosco ?

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