Turquia – A morte anunciada de um jornalista
O jornalista turco Hrant Dink morreu às mãos de um grupo armado que o assassinou junto ao edifício do seu jornal.
Com 53 anos, descendente de arménios, era o redactor-chefe do semanário em língua arménia, Agos, um dos mais importantes jornais arménios que se publica em Istambul.
O corajoso jornalista havia recebido diversas ameaças de morte de grupos nacionalistas que o consideravam um traidor à Turquia, para além de já ter sido condenado a prisão pela denúncia do genocídio de 1 milhão de arménios durante a primeira Grande Guerra.
Mais uma vítima da intolerância, um mártir que merece respeito e solidariedade.
Hrant Dink não matou em nome da fé, morreu em defesa da liberdade de expressão, das suas convicções e da verdade histórica.
Com este crime também a memória do povo arménio se vai apagando, o povo que deu a Portugal um dos maiores filantropos e mecenas de todos os tempos – Calouste Gulbenkian.
Com 53 anos, descendente de arménios, era o redactor-chefe do semanário em língua arménia, Agos, um dos mais importantes jornais arménios que se publica em Istambul.
O corajoso jornalista havia recebido diversas ameaças de morte de grupos nacionalistas que o consideravam um traidor à Turquia, para além de já ter sido condenado a prisão pela denúncia do genocídio de 1 milhão de arménios durante a primeira Grande Guerra.
Mais uma vítima da intolerância, um mártir que merece respeito e solidariedade.
Hrant Dink não matou em nome da fé, morreu em defesa da liberdade de expressão, das suas convicções e da verdade histórica.
Com este crime também a memória do povo arménio se vai apagando, o povo que deu a Portugal um dos maiores filantropos e mecenas de todos os tempos – Calouste Gulbenkian.
Comentários
Porque, ainda hoje, se trata de um problema incómodo -a Turquia-, o "chamado" Ocidente parece por vezes esquecido, talvez também por força do lobby Judeu que é muito exclusivista, excepção feita à França que recentemente legislou a em defesa da verdade histórica.
jrd
Talvez não tenha reparado mas o seu comentário é alheio ao assassinato do corajoso jornalista turco.
Use o «Espaço dos leitores» para os temas livres e manifestações de azedume.
Faz-lhe igualmente bem ao fígado e não perturba a discussão do tema do post.
"os media tornaram-se mais poderosos e o jornalismo mais perigoso", afirmou Aidan White, Secretário Geral da Federação Internacional de Jornalistas.
Grande parte deste incremento da violência deve-se ao chamado "jornalismo de guerra". O Iraque contribuiu, em larga medida, para este "boom". Desde Abril de 2003 que já morreram, no Iraque, 170 jornalistas. Os "embedded reports" preconizados pelas Forças Armadas americanas não garantiram a objectividade e a isenção dos relatos bélicos. Lesaram os leitores e distorceram a verdade da guerra. Por outro lado, abriram o apetite a "free-lancers" na busca de notícia fidedignas e na vigilância das violações dos direitos humanos - tentações da guerra que muitos pagaram com a morte. Outros, vitimas de sequestros para mediatização de grupos extremistas, também tiveram a mesma (má) sorte.
Na América Latina, verificaram-se, também, números impressionantes - 37 equipas de meios de comunicação assassinadas! É o "jornalismo de investigação" á volta do tráfico de droga e da corrupção. As denúncias caíem na alçada dos rotineiros "ajustes de contas".
Hrant Dink, turco, trabalhava no "jornalismo humanitário e cultural". Denunciou o histórico genocídio de arménios pelos turcos (assunto na ordem do dia em França...). A sua coragem granjeou-lhe respeito mas provocou a ira de nacionalistas turcos.
Não devemos pegar em Hrant Dink e construir, sob a sua exemplar imagem, um mártir. Não devemos tecer, em seu redor, atitudes oportunistas para ferir a Turquia (em negociações com a CE).
Hrant Dink merece a nossa homenagem e o reconhecimento pela isenção do seu trabalho e a coragem das suas denúncias.
O problema é universal.
Devemos, então, saudar a resolução do Conselho de Segurança da ONU de 23.12.06, sobre este assunto e dar-lhe força. O direito à informação merece este esforço. Hrant Dink, também.
O meu azedume sobre a Turquia, é evidente, é um país, onde os mais elementares direitos humanos, são espezinhados, daí a morte do jornalista...
Recordo-lhe também a perseguição terrível, movida aos curdos/turcos, no norte do país.
O seu federalismo, pelos vistos, é muito abrangente, encaixa todos os países que se disponham entrar para a comunidade...afinal, onde acaba a Europa e que afinidades tem a Turquia conosco ?