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A FRASE
Por
Carlos Esperança
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A descolonização trágica e a colonização virtuosa
Por
Carlos Esperança
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Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
Nesse sentido, resolveram atacar um ponto sensível do EUA: a política energética.
Esta deixou de estar submetida a critérios meramente económicos para passar a ser dominada por estratégias políticas. A "nacionalização" das industrias petrolíferas permite-lhes fazer isso!
Assim, na recente visita de Ahmadinejad a Caracas, resolveram criar uma companhia petrolífera mista que potencializa a capacidade de manobra no campo energético. A par disso, assinaram um acordo onde se comprometem a pressionar, no âmbito da OPEP, a redução da produção de petróleo.
Esta concertação vai fazer subir o preço do petróleo, já que a Arábia Saudita "perdeu" , ou quis abandonar, o estatuto de moderador. Os EUA começam, portanto, a pagar o preço de uma política desastrosa no Médio Oriente e de um comportamento económico "imperialista" na América Latina.
O Mundo vai sofrer as previsíveis consequencias económicas, de ricochete, isto é, via EUA.
A foto é de facto a memória futura desse acordo. Aliás, será de sublinhar que, Chavez, quando visitou Teerão em Julho 2006, recebeu a Medalha Suprema da República Islâmica do Irão e no acto aproveitou para apoiar a estratégia nuclear iraniana.
Tenta-se assim fechar um cerco aos EUA, numa área sensível da sua economia. Hugo Chavez não se coibiu de fazer uma analogia, com especial significado: "As torres do World Trade Center consumiam mais eletricidade do que quase metade das cidades da África Central e Ocidental". O sublinhar da dependência energética dos EUA, com a citação da "ferida nacional" americana - o World Trade Center, não é politicamente inocente.
A Argélia, outro produtor de petróleo e gás natural no "mundo árabe" manifestou um discreto apoio esta estratégia urdida por Chavez e Ahmadinejad. O que vem aprofundar a frente anti-americana nesta área.
Adenda:
A recente visita de Sócrates à Argélia e o acordo conseguido quanto ao fornecimento de gás natural, foi uma jogada de antecipação com sucesso. Coloca-nos, para já, um pouco à margem da "guerra energética", que se avizinha. Aquilo que se chama em política "uma lança em África".
Mas este acontecimento, não figura na foto do post, para "memória futura"...
Foi conseguido no âmbito da política euro-mediterrânica que, nos últimos tempos, tem conseguido algum desenvolvimento. Uma "escapatória" para a Europa neste previsível conflito energético...
Os EUA têm que corrigir muita coisa a nível energético é verdade. Mas pela força não me parece que se consiga nada.
Resultado: Pode estar nestas movimentações o embrião duma guerra a sério pelo controlo mundial da energia. A tal 3ª guerra e quiçá a última.
Com toda a gente envolvida, desde os EUA, à Europa, à China e Japão.
Uma coisa nunca vista e que poucos poderão contar depois...
O famigerado armagedão bíblico...
O povo pobre da Venezuela e não só, aplaude a mãos ambas a redução da produção de petróleo, desde que por força disso, como se espera, consiga melhorar a suas condições de vida. Além do mais, sabe que esta aliança conjuntural,não o vai obrigar a virar-se para Meca e a ver as suas mulheres de Shador.
"Basta ya"
Quanto à semelhança com Peron, só se for no estilo, mais ou menos, populista.
"Basta ya"