Santarém - É bonito o gesto




Enquanto foi vivo o militar nunca aceitou a distinção e a decisão da câmara foi tomada por unanimidade após consulta à viúva.

Comentários

Manel disse…
Tenho na memória uma noite de conversa com o capitão Maia, no bar da messe de Caxias, em 1983, era eu um aspirante a oficial miliciano.
Manuel Ribeiro
Asp. of. mil. 06911079
Um abraço capitão Maia.
Anónimo disse…
Manuel Ribeiro:

Bonito reencontro numa notícia de uma venera póstuma. Saudades de quem partiu sem dever e tudo deu a quem tão pouco o mereceu.

Ao seu, junto o meu enternecido abraço e a gratidão.
Anónimo disse…
Na história de Abril inteiro, há um momento chave, um lugar decisivo, e uma personagem primeira. O 'puto' Salgueiro Maia com uma granada no bolso, na rua do Arsenal, em frente do canhão do carro de combate, que o brigadeiro qualquer coisa mandava disparar.
No exacto momento em que o canhão rodou a boca para os lados do rio em vez de disparar, tudo mudou. Só então tudo mudou.
Depois o Salgueiro Maia recolheu, recusou protagonismos, bocas de cena, luzes de ribalta, pequenas ou grandes vaidades. Como só fazem os homens verdadeiros, que são afinal os que nos ficam no coração.
Que grande lição o sacana nos deu!
É mais do que merecida a homenagem!
Vítor Ramalho disse…
Pois eu tive o prazer de conversar muitas vezes com o major salgueiro Maia na messe de Oficiais do regimento de cavalaria de Santa Margarida e só tenho uma coisa a dizer era um homem honesto, amigo do seu amigo e que acreditava no que defendia.
Anónimo disse…
Salgueiro Maia merece. E muito mais. Foi um homem íntegro, vertical, corajoso e que não teve benesses para si próprio (porventura nem as aceitaria).

Guardo no meu arquivo "indignação", a recusa de um PM em atribuir de uma pensão à viúva, enquanto, ao mesmo tempo condecorava dois ex-Pides.

Quem não souber quem era esse PM, tente saber.
e-pá! disse…
A justíssima homenagem a Salgueiro Maia torna-nos cientes de que um herói não é, exactamente, aquela imagem, ou aquele ser, que encorpora o mito do "Super-Homem", planando sobre os arranha-céus de NY.

O Herói não necessita de ser atlético, ter olhos verdes, ser bem falante, charmoso, brilhante, etc. Em suma, um quase Deus. Essa helénica configuração mitológica, morreu. Heroísmo não é uma metamorfose.
Hoje, os poderes (político, religioso,...) acima dos Heróis, preferem os Mártires.

Salgueiro Maia remete-nos para os "novos" Heróis. Os Heróis dos nossos dias, do nosso tempo. Aqueles dos gestos imperceptíveis, da coerência quotidiana, da linear honradez, da imensa dignidade, do quase anonimato, ...
E, também, como é referido num comentário, por vezes, objecto de intoleráveis e escandalosas marginalizações de uma sociedade que, em última análise, os renega.

Escreveu Kierkegaard: "Um Herói não se declara"...
Mas, nos dias de hoje, não tenho dúvidas, nem constrangimentos, ao declarar:
- Salgueiro Maia é um dos meus Heróis!
Anónimo disse…
Não há dúvida nenhuma. Aqueles que foram educados numa sociedade justa, numa sociedade que fazia do mérito um reconhecimento, nunca precisaram de se vangloriar. Eram as pessoas que os vangloriavam a eles, aos heróis. Na actual sociedade, a mediocridade prolifera. As pessoas íntegras, aquelas que antes do 25 de Abril apareciam nas televisão, aquelas que serviam de exeplo às pessoas, hoje são tomadas como palermas, neste sistema de socialismo da presunção, onde todos ladram e ninguem tem razão. Quem dá o pior exemplo são os boys do PS, falam muito em direitos(e ainda por cima mal) mas há mínima aproveitam-se do sistema. Seja em favor de um lugarzito numa repartição pública para o filho, seja em desfavor de com quem eles não concorda.
Sabem quem foi o melhor exemplo de humildade que o país conheceu este século?
R:Eu sei que sim...
Anónimo disse…
Anónimo Ter Abr 17, 05:07:00 PM:


Podia ter aproveitado para estudar português enquanto destilou fascismo por todos os poros, a pretexto do herói de Abril, Salgueiro Maia.

«...mas há mínima aproveitam-se do sistema».

Esse «h» (há mínima) é de quem não ama a língua portuguesa, tal como não ama a democracia.
Anónimo disse…
Que falta nos faz mais HOMENS assim.
Anónimo disse…
Anónimo, Ter Abr 17, 05:28:00 PM

Pode ter achado que o comentário do anónimo a que se referiu destilou fascismo por todos os poros, mas que o senhor não tem duvidas de quem foi o maior exemplo de humildade, sentido de estado e rectidão perante as instituições no ultimo seculo.... lá isso sabe.

ChicoMartins
Anónimo disse…
Chico Martins:
Ou V. é um fascista puro e duro, ou é definitivamente um pateta confuso.
A primeira hipótese parece-me improvável.
Mas a segunda não é mais abonatória.
Tem V., em todo o caso, todo o direito de viver, porque vivemos em liberdade.
No tempo do seu ídolo é que não teria.
Paz, assim, à vossa alma. À dele e à sua.
E viva o 25 de Abril, que finalmente veio. Graças a Salgueiro Maia, entre mais uns quantos.
Anónimo disse…
lá isso é verdade, só que tambem veio muita injustiça acobertada com Abril.
è só ver como estes "democratas" se tem safo.
E olhe que isto não é populismo de direita.
Anónimo disse…
Presto aqui a minha homenagem ao Salgueiro Maia.

Tive o cuidado de ler os comentários e foi com enorme pesar que li alguns.

Enfim...este é o país que temos...

Convido-vos a ler um extracto de uma biografia de António Oliveira Salazar que coloquei no meu blog.


http://deltacat.blogs.sapo.pt/arquivo/1067677.html

Tudo de bom!

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