Universidade Independente - Proposta corajosa e inatacável

O ministro do Ensino Superior, Mariano Gago, propôs que a Universidade Independente seja encerrada compulsivamente por degradação das condições pedagógicas, revelou esta tarde em conferência de imprensa.

Comentários

Anónimo disse…
Saúdo (vivissimamente, se fizer falta dizê-lo!) a decisão do ministro da ciência.
À primeira porque, quando ponho os olhos nuns tipos ditos reitores, catedráticos, académicos, e etceteras de lastimosa e duvidosa pinta, que aparecem coija e tal, que a dexijão do xô menistro é que veio instalar coisa e tal, e que o corpo duxente e as condixões xubjectivas coija e tal... fico logo a pensar que esta gente perdeu um grande futuro nas feiras de roupa contrafeita, e que o Portugal de xuxexo está, obviamente, em boas mãos!
À segunda porque o ministério da educação tem sido ocupado, há 30 anos, por dois tipos de gente, com resultados igualmente nefastos: as sumidades a quem o mundo inteiro reconhece todas as qualidades e saberes (um Roberto Carneiro que bateu com a porta ao sr. Cavaco Silva e à sua contabilidade; Marçal Grilo que manteve como adjunto, ou assessor, ou lá o que era, (Rosado Pinto?) um vigarista que era espião e ponta de lança da cáfila da Moderna no ministério. Dessas grandes cabeças não resultou mais do que o falhanço conhecido da educação, que vai levar uma geração inteira a recuperar.
Para além desses, houve bandos de comissários políticos, de amadores, de ignorantes, de contabilistas básicos: Deus Pinheiro, Manuela Ferreira Leite, Couto dos Santos, o outro dos jeitos à filha do outro que também era ministro e era arrogante como um asno de óculos, e muitos outros ilustres servidores do bem comum, benza-os Deus.
É um nunca mais acabar de sumidades, e o estado da educação não admira.
Saúdo por isso a atitude deste ministro, que fez o que deve ser feito. Se nenhuma providência cautelar aparecer a uma esquina qualquer!
Anónimo disse…
A nova reitoria pretende que 'o encerramento compulsivo é meramente provisório'. Ao mesmo tempo vai culpando o ministro de criar a instabilidade na dita independente. É preciso ter lata!
Na verdade, o que é 'meramente provisório' é o despacho do ministro. Por força da lei, que confere à independente o prazo de dez dias para alegar qualquer contraditório.
Espera-se que o despacho provisório passe a definitivo, porque estas faenas são apenas retórica de quem foge com o rabinho à seringa.
Será correcto tentar salvaguardar uma saída para os alunos, que nisto foram tratados como objecto comercial. Porque se puseram a jeito, claro, entrava-se para ali com qualquer valor entre zero e dois!
Quanto ao resto, entre 87 e 92, (anos de grande sucesso em Portugal, como estaremos lembrados) o número de vagas no superior cresceu 40% no ensino público e 250% no privado. Para deixar a cauda da Europa, sempre ao serviço do povo.
Em breve havia 310 licenciaturas em engenharia, qual delas a mais estrambólica e todas elas inúteis.
Políticos, jornalistas, publicistas, especialistas da parte vaga, muitos tinham o seu momento sexual, ou o seu hobby, ou o seu tachito no superior privado.
O regabofe deu nisto, porque mais cedo ou mais tarde o regabofe dá sempre em alguma coisa.
Salvo quando há uma ministra Cardona na justiça, e um juiz Salvado na polícia!
Anónimo disse…
resta saber se a mesma medida deveria ser também aplicada a outras universidades.
Anónimo disse…
Os sucessivos governos foram os culpados deste estado de coisas, o governo actual, não tinha outra coisa a fazer que fechar "aquela coisa", de universidade só o nome...aliás o governo, não pode ficar por aqui, tem de acabar com todas aquelas pseudo universidades que há por aí.

Quem é prejudicado... é o povo que confia, estas pseudo universidades vendem cursos e levantam a expectativa de vida, a muita gente que quase não sabe, onde tem a mão direita...
ana disse…
Há muitos anos que vejo as universidades privadas (algumas, claro) cuspirem licenciados como quem cospe caroços de azeitona.Onde estão estes licenciados agora, alguns sem um mínimo de preparação? Andam por aí, é claro. Tomam decisões nas empresas, nos ministérios, dão aulas na universidade. Tenho uma amiga que por breve tempo deu aulas numa universidade privada e teve de sair porque o nível dos alunos era tão baixo que não dava para entenderem as matérias.Não vejo solução para o problema do ensino, que começou no secundário, depressa passou para o universitário e, dramaticamente, já está agora no primário.É arrepiante ouvir certos professores do ensino básico, coitadinhos, nem falar razoavelmente conseguem. Mesmo que a partir de agora o ensino se tornasse exigente, quantas décadas levaríamos até que voltasse a ter credibilidade?Trabalhei com engenheiros durante muitos anos, os textos escritos pelos mais velhos não davam qualquer trabalho, os dos mais novos davam-me um trabalhão dos diabos, tinha de reescrevê-los muitas vezes, nem o sentido se conseguia apanhar. Falei com uns imigrantes de leste que tinham o desejo de abrir uma escola com professores também de leste, porque achavam que no nosso ensino não havia exigência. E como eu os compreendo...
Anónimo disse…
Que pena ter fechado!!!!!!

Uma Universidade que até trabalha ao Domingo ter fechado!!!!

Onde já se viu????

eheheheheheh
jrd disse…
Quem fala assim não é Gago!
e-pá! disse…
O despacho de Mariano Gago no sentido do encerramento compulsivo da UI (faltam 10 dias para a UI contestar) é um acto da mais elementar justiça depois do triste "espectáculo" que foi, ao longo dos últimos tempos, oferecido ao País.
Mas, este acto de justiça, per si, não retira o anátema que caíu sobre o ensino superior privado.
Os portugueses interrogam-se:
- há quanto tempo se ensinava nestas condições?
- para quando uma efectiva fiscalização, por parte do Estado, sobre o funcionamento das instituições de ensino (públicas ou privadas)?

A "degradação pedagógica" da UI, segundo a Inspecção Geral do Ensino Superior, ficou "inequivocamente comprovada".
Há quanto tempo?
Este labéu, para além de manchar a instituição UI, atinge também todos os que foram seus alunos, como p. exº., José Sócrates.
De facto, Sócrates terá completado uma licenciatura em engenharia civil, num quadro de evidente degradação da qualidade pedagógica. Sucessivos relatórios da Ordem dos Engenheiros, efectuados desde há anos, assim atestam. Portanto, sem querer alinhar na chicana política à volta da licenciatura do 1º. ministro, sou forçado a sugerir que o mesmo introduza, no curriculo do Portal do Governo, a seguinte precisão:
- licenciatura em Engenharia Civil - de 2ª categoria!
Nenhum português - independentemente de ocupar cargos políticos ou não - gostará de passar por semelhante vexame.
Sendo assim, é imperioso caminhar (agora, já!, ontem!) para a fiscalização de todas (a Universidade Católica não pode ficar de fora... à pala da Concordata) instituições de ensino superior (públicas ou privadas). Com a exigência de condições pedagógicas satisfatórias e consequentemente de idoneidade técnico-profissional.
Com a criação de um "provedor dos alunos" capaz de denunciar as anomalias pedagógicas e de accionar os orgãos fiscalizadores, atempadamente.

Esta a minha leitura, enquanto cidadão, da comunicação, de ontem, feita por Mariano Gago.
Anónimo disse…
Tenho pena daqueles que optaram por estudar nesta proto-universidade pensando que conseguiriam aqui almejar o dito canudo.

Mas este processo da U.I. junto com o escandalo da Moderna.. exigia por parte do governo mostrar qual a credibilidade das nossas univrsidades privadas ( e publicas já agora!!). Deveria ser criada uma comissão para estabelecer um ranking das universidades (mas só referente á qualidade de ensino, exigibilidade, fiabilidade do curso etc.. e não as notas/instalações!!!)tal como tenho visto de há uns anos para cá das escolas secundárias publicas e privadas.

ha muita gente de privadas que tira o curso aos "domingos" e nos concursos publicos ficam colocados à frente de quem se matou a estudar em universidades a sério, por terem melhor média de curso (dada ou comprada!!) E TUDO CALA E TODA A GENTE SABE E TODA A GENTE COME!!
Anónimo disse…
Lá tem o gajo de devolver o diploma...
Anónimo disse…
Sabe-se que há manobras muito interessantes: fazer o curso todo menos uma poucas cadeiras numa privada "conveniente", depois completar o curso numa pública credível: resultado uma licenciatura numa "boa" universidade com uma média muito boa.

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