União Europeia - Constituição ou Tratado?

O Presidente da República lembrou, esta quarta-feira, na Letónia, que é contra a realização de um referendo em Portugal sobre a revisão do Tratado Constitucional da União Europeia e acusou os partidos políticos de se terem precipitado na matéria.

Pergunta: Que pensam os leitores? Referendo: SIM ou NÃO?

Comentários

Anónimo disse…
Referendo sim, coonstituição eurpeia não.
chicomartins
Sonhador disse…
O presidente só veio dar uma ajuda aos partidos. Ninguém quer referendos. O parlamento há-de aprovar em nome de todos Portugueses. A Política é a arte de mentir, tanto Marques Mendes como José Sócrates querem o referendo porque está prometido aos Portugueses,dizem eles. Mas como gostam de seguir as recomendações do Presidente não vão haver referendo nenhum. É assim a política quando lhes convém.
Anónimo disse…
O meu coração balança. E muito.
O povo deve ter o direito de se pronunciar sobre questões essenciais para a sua vida, como são, por exemplo, as da soberania. Quanto a isso, o presidente mostra a costela que tem. Para ele a democracia é uma jogada às damas.
Mas o que é a soberania? O que é, hoje, isso de ser autónomo, num país essencialmente dependente?
A Europa, seja lá o que vier a ser, é para Portugal um dado mais que assente, é uma fatalidade. Federalista ou outra coisa qualquer, com restrições às soberanias nacionais.
Alguém tem qualquer alternativa para Portugal, incluindo o comité central do PC e a extrema-direita que para aí anda?
Alguém tem dúvidas de que, se não fosse a Europa, já tínhamos voltado a 1928? À ditadura? À fome ainda mais geral do que já é? À censura? Ao país em que só 20% eram cidadãos?
Se preservarmos a língua e a cultura já não é mau. Porque a Europa continua a ser um lugar de eleição, num mundo onde a barbaridade prolifera.
e-pá! disse…
As acrobacias políticas em marcha para contornar o anunciado (não digo prometido) referendo sobre o Tratado Constitucional Europeu, são um exemplo de "fuga" e má política.
As justificações apresentadas pelo PR na Letónia são um acabado exercício do mais profundo desprezo pela consulta directa aos cidadãos. Para o PR submeter estas questões a referendos é, pura e simplesmente, "arranjar" complicações. E depois, como afirmou o PR, "passar" anos a corrigi-las...
Devemos, antes, reconhecer que se o Tratado Constitucional Europeu não está aprovado é porque, neste momento, as condições político-sociais para isso ocorra, não estão suficientemente amadurecidas.

Concordo que o Tratado Constitucional Europeu é um longo e árido texto, dificil de explicar à população e de avaliação problemática em termos de soberania.
Julgo, no entanto, que não há outro caminho. Explicar, divulgar e informar. Numa seremos uma verdadeira comunidade de povos se não conhecermos, com alguma minúcia, as linhas com que nos cozemos.

Penso, também, que a esmagadora maioria dos portugueses ou concorda com a UE tal como está desenhada, ou acha-a uma inevitabilidade.
Não partilho dos receios sobre uma eventual instabilidade, ou um desaire, à volta deste tema. Nem considero esta questão do referendo uma "precipitação" das forças políticas. Muito menos que o referendo signifique um ataque à representatividade do Parlamento. São coisas distintas.

O que lamentavelmente sabemos é que nunca fomos chamados a pronunciarmos - directamente - sobre a Europa.
O processo de adesão - ao contrário do que se verificou noutros Países - não foi referendado.
Algum dia teremos de o fazer. Nem que seja só para credibilizar o sistema político.
Portanto, ao que suponho, em contra-corrente, alinho no SIM!
Anónimo disse…
Referendo sim, mas se acompanhado de referendo à regionalização, à OTA, ao TGV, à criação de mais dez ou quinze feriados, à redução da semana de trabalho para dez horas, aumento das férias para quatro meses, etc...
Para quê gastar milhões em referendos que se sabem não vinculativos?
Citando o Engenheiro ou Dr. Ferro o povo tá-se a cagar para os referendos e para os políticos, em geral!

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