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A FRASE
Por
Carlos Esperança
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A descolonização trágica e a colonização virtuosa
Por
Carlos Esperança
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Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
Ao invés porque não pensam os "altos Dirigentes" da Igreja Católica,adequarem mais os seus costumes e a sua palavra, face a tudo o que se passa por etse Mundo fora?.
No fundo, vive-se, passados tantos anos, confrontos, desacordos, posicionamentos (o que se queira) entre a instituição pós-concíliar e o actual momento reaccionário onde o actual chefe da Igreja pontifica.
O primeiro embate já surgiu há algum tempo, com a "re-integração" do movimento cismático (Fraternidade Sacerdotal Pio X) do Arcebispo Lefevre, mas foi silenciosamente digerido pelo Vaticano.
Não me parece possível prosseguir esta viagem de regresso ao passado sem acidentes e incidentes.
No essencial, tratam-se de problemas fundamentais. Não são pequenas "tricas" ou insignificantes inflexões.
A atitude do cardeal de Lisboa parece-me crucial e, como sugere o post, deve ser interpretada como uma resistência (qualificada) à retrógada "doutrina Ratzinger" que, para sermos sintécticos, assenta muitos dos seus arraiais numa velada crítica daquilo a que podemos chamar "o conceito europeu de liberdade".
São questões de enorme dimensão e fracturantes para todas as instituições confessionais:
o ecumenismo e as liberdades (religiosa e cívica).
Porque, de facto, o problema da Igreja não é o latim mas a dificuldade em lidar com uma característica vital para a instituição: a universalidade.
Fiquemos atentos a novos desenvolvimentos e, o importante, intransigentes em tudo o que disser respeito às liberdades.
Como, efectivamente, já sucedeu no referendo sobre a despenalização da IVG.
Uma expressiva derrota da facção "ratzingeriana" da Igreja portuguesa.
Primeiro porque, neste caso, segundo me parece, a um ateu é indiferente se a missa é em latim ou na "língua nativa" do local onde se celebra.
Depois porque, sinceramente, me parece que se trata de um avanço ao invés de um recuo. Ou melhor, de uma medida que era há muito necessária e até esperada, tendo em linha de conta a pureza da convicção do Santo Padre.
A Santa Igreja não pode ceder a modernismos desnecessários. Quem segue a sua doutrina, tem de ser puro e obedecer, sem discutir, ao seu mais rígido princípio.
Ateus, de fora é que estão bem. A vossa opinião sobre o que se passa no interior das Igrejas é despicienda, desnecessária e mal-vinda.
A Paz