Vasco Graça Moura
Vasco Graça Moura (VGM), apesar de defensor da pena de morte, não é um troglodita e a linguagem, digna do mais rancoroso rural, não faz dele inimputável.
Debita adjectivos como balem as ovelhas ou palram os papagaios, com a facilidade do mais erudito dos almocreves e o acinte do mais primário e boçal ferrador de solípedes.
VGM, na sanha contra a esquerda pós-soviética, onde inclui toda a esquerda, revela-se o mais genuíno dos paladinos da direita pós-fascista.
O defensor de todos os líderes do PSD, e carrasco dos simpatizantes de qualquer outro partido, denomina «patéticas deslocações do sr. Solana» os esforços de paz do ilustre espanhol ao serviço da União Europeia e denomina a política diplomática de Espanha de «progressismo alvar do sr. Zapatero». Deve ser trauma anti-castelhano.
O Governo italiano, depois de ter perdido o notável cançonetista Berlusconi e o pio Roco Butiglioni, passou a ser a «periclitante salada de esquerda do sr. Prodi».
Só não esperava que o último almocreve do cava…
Debita adjectivos como balem as ovelhas ou palram os papagaios, com a facilidade do mais erudito dos almocreves e o acinte do mais primário e boçal ferrador de solípedes.
VGM, na sanha contra a esquerda pós-soviética, onde inclui toda a esquerda, revela-se o mais genuíno dos paladinos da direita pós-fascista.
O defensor de todos os líderes do PSD, e carrasco dos simpatizantes de qualquer outro partido, denomina «patéticas deslocações do sr. Solana» os esforços de paz do ilustre espanhol ao serviço da União Europeia e denomina a política diplomática de Espanha de «progressismo alvar do sr. Zapatero». Deve ser trauma anti-castelhano.
O Governo italiano, depois de ter perdido o notável cançonetista Berlusconi e o pio Roco Butiglioni, passou a ser a «periclitante salada de esquerda do sr. Prodi».
Só não esperava que o último almocreve do cava…
Comentários
Ao invés porque não pensam os "altos Dirigentes" da Igreja Católica,adequarem mais os seus costumes e a sua palavra, face a tudo o que se passa por etse Mundo fora?.
No fundo, vive-se, passados tantos anos, confrontos, desacordos, posicionamentos (o que se queira) entre a instituição pós-concíliar e o actual momento reaccionário onde o actual chefe da Igreja pontifica.
O primeiro embate já surgiu há algum tempo, com a "re-integração" do movimento cismático (Fraternidade Sacerdotal Pio X) do Arcebispo Lefevre, mas foi silenciosamente digerido pelo Vaticano.
Não me parece possível prosseguir esta viagem de regresso ao passado sem acidentes e incidentes.
No essencial, tratam-se de problemas fundamentais. Não são pequenas "tricas" ou insignificantes inflexões.
A atitude do cardeal de Lisboa parece-me crucial e, como sugere o post, deve ser interpretada como uma resistência (qualificada) à retrógada "doutrina Ratzinger" que, para sermos sintécticos, assenta muitos dos seus arraiais numa velada crítica daquilo a que podemos chamar "o conceito europeu de liberdade".
São questões de enorme dimensão e fracturantes para todas as instituições confessionais:
o ecumenismo e as liberdades (religiosa e cívica).
Porque, de facto, o problema da Igreja não é o latim mas a dificuldade em lidar com uma característica vital para a instituição: a universalidade.
Fiquemos atentos a novos desenvolvimentos e, o importante, intransigentes em tudo o que disser respeito às liberdades.
Como, efectivamente, já sucedeu no referendo sobre a despenalização da IVG.
Uma expressiva derrota da facção "ratzingeriana" da Igreja portuguesa.
Primeiro porque, neste caso, segundo me parece, a um ateu é indiferente se a missa é em latim ou na "língua nativa" do local onde se celebra.
Depois porque, sinceramente, me parece que se trata de um avanço ao invés de um recuo. Ou melhor, de uma medida que era há muito necessária e até esperada, tendo em linha de conta a pureza da convicção do Santo Padre.
A Santa Igreja não pode ceder a modernismos desnecessários. Quem segue a sua doutrina, tem de ser puro e obedecer, sem discutir, ao seu mais rígido princípio.
Ateus, de fora é que estão bem. A vossa opinião sobre o que se passa no interior das Igrejas é despicienda, desnecessária e mal-vinda.
A Paz