Grécia - Vitória dos conservadores
Apesar da vaga de incêndios que assolaram a Grécia e mataram 66 pessoas, o partido conservador Nova Democracia do primeiro-ministro Costas Caramanlis (na foto) venceu com maioria absoluta.
O Pasok (socialista) viu reduzida a sua representação parlamentar e a extrema-direita entrou pela primeira vez no Parlamento. O KKE (comunista) e a Esquerda Radical (Syriza), melhoraram os resultados com 7,7% e 4,7%, respectivamente.
O Pasok (socialista) viu reduzida a sua representação parlamentar e a extrema-direita entrou pela primeira vez no Parlamento. O KKE (comunista) e a Esquerda Radical (Syriza), melhoraram os resultados com 7,7% e 4,7%, respectivamente.
Comentários
1.) LAOS, um partido de extrema direita, do style Nova Democracia (de cá), conquistou a entrada no Parlamento e ocupará 1 dezena de lugares.
A Grécia tem, portanto, à perna, exímios seguidores de Mrs Le Pen, com o seguinte programa:
atitudes xenofobas, não aceitação da entrada da Turquia na UE e promoção de uma mais estreita colaboração entre o Estado e a Igreja (ortodoxa, no caso).
2.) O Movimento Socialista Pan-Helénico (PASOK), liderado pela dinastia Papandreu (já vai na 3ª. geração?), apesar da exploração dos violentos incendios que assolaram a Grécia, sofreu uma pesada derrota. O uso político "agressivo" de acontecimentos trágicos não colhe, obrigatóriamente, votos, nem fez esquecer a infeliz governação de 1993 a 2004.
3.) Costas Caramanlis, chefe do partido Nova Democraia, embora com menos lugares no Parlamento do que na anterior legislatura, tem margem suficiente para governar sem coligações.
O seu programa pode resumir-se ao seguinte: receber ordens, circulares e directivas de Bruxelas e aplicá-las.
No final do mandato há fortes probabilidades do reforço da extrema-direita.
E assim vai a Europa...
Os Partidos Socialistas (ou ditos socialistas)terão que repensar os seus programas e, sobretudo, as suas práticas governativas. Rendidos ao neoliberaliamo, às virtudes da sociedade de mercado, ao mundo corrupto dos negócios e à falácia do fim das ideologias, as políticas socialistas cada vez menos se distinguem já das da direita. Então para que votar neles? Porque não votar directamente naqueles que não mentem, naqueles que são e se afirmam de direita? Para quê alimentar ilusões?
Os grandes responsáveis pela cavalgada da direita são, inquestionavelmente, os partidos ditos socialistas, socialistas só da boca para fora.
O povo não é burro e já percebeu o jogo! E está farto!
O PS (Partido Socrático) que se acautele! Coitado de Portugal!
Talvez não se recorde que a França e a Grécia já tinham governos de direita. Afinal, nada mudou.
E, por outro lado, não acha que o radicalismo de certa esquerda tem dado o poder à direita pura e dura?
Na Grécia, por exemplo, a direita é minoritária em % eleitoral.