Momento de poesia
Deixai-me ser como sou
Deixai-me ser como sou.
Consenti à vossa mesa,
A alegria e a tristeza
Com que a vida me marcou.
Dispensai-me o improviso
De um vicioso sorriso,
Mesclado de mágoa e troça,
Sorriso que não ofende
Só porque a vaidade vossa
Dificilmente o entende.
Deixai-me ser como sou.
A verdade que evitais,
Vale imensamente mais
Que a mentira que vos dou.
Falai-me quando vos falo.
Calai-vos quando eu me calo.
Não me interpreteis os gestos.
Deixai-me ser como sou.
Consenti à vossa mesa,
A alegria e a tristeza
Com que a vida me marcou.
Dispensai-me o improviso
De um vicioso sorriso,
Mesclado de mágoa e troça,
Sorriso que não ofende
Só porque a vaidade vossa
Dificilmente o entende.
Deixai-me ser como sou.
A verdade que evitais,
Vale imensamente mais
Que a mentira que vos dou.
Falai-me quando vos falo.
Calai-vos quando eu me calo.
Não me interpreteis os gestos.
Aceitai o meu defeito,
Tal e qual como eu vos aceito:
– Sem aplausos, nem protestos.
Deixai-me ser mesmo assim,
Como são os pilriteiros,
Que não têm outro fim
Se não o ser verdadeiros.
Tal e qual como eu vos aceito:
– Sem aplausos, nem protestos.
Deixai-me ser mesmo assim,
Como são os pilriteiros,
Que não têm outro fim
Se não o ser verdadeiros.
.
Armando Moradas Ferrreira
Comentários