Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
"Isto" não é especulação jornalísitica...
"Isto" é, antes de tudo, política de sarjeta. Que os jornais dão voz porque sendo tão aberrante, tão demagógica, fazem vender, dão dinheiro.
Mas, finalmemte, "Isto" torna imperativo um amplo e didáctico esclarecimento à população. Que merece viver sossegada, sem fantasmas à sua volta.
A tranquilidade, apesar da contenção em que vivemos, também, merece algum investimento (que não será desperdício).
Para mim, a dificuldade é ser didáctico, fazer-se bem entender.
Isto, a ser cumprido, seria uma grande medida. Acabariam, por exemplo, as Zitas Seabra e Matildes Sousa Franco - essas verdadeiras tricanas!!! - como cabeças-de-lista por Coimbra, dos dois maiores partidos portugueses.
Que deus, o buda e o alá nos salvem duma oposição com este senhor.