Choque com a civilização
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Bernard Lewis, um especialista britânico sobre o Médio Oriente, Samuel Huntington, um estratega americano, e Laurent Murawiec, um consultor francês, foram os principais criadores desta teoria disponível para todos as aventuras, incluindo a criminosa invasão do Iraque, e que esconde sobretudo a apetência pelo petróleo.
Esconjurado o perigo soviético foi preciso arranjar novos inimigos que mantenham as populações manipuladas pelo medo a apoiar os interesses do complexo militar e industrial dos EUA.
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Os países democráticos, longe de tomarem uma atitude coerente na imposição do laicismo nas suas próprias fronteiras, depois de cruéis guerras religiosas, rendem-se ao clero local igualmente prosélito, também ansioso pelo poder, e cuja tolerância só permanece enquanto os Estados laicos o acalmarem.
A meu ver, não há um choque de civilizações mas há uma guerra da barbárie contra a civilização, uma luta do clero contra a laicidade, uma fonte do ódio e detonador da violência que brota de mesquitas, sinagogas e templos cristãos, por pregadores que querem sobrepor a fé ao Estado de direito e os livros sagrados às Constituições.
Comentários
Podemos não estar no caminho de um "choque de civilizações". Como todos sabemos, sobre este assunto, existe uma enorme controvérsia.
Mas, não haverá neste "problema":
- diversidades culturais?
- ritmos de desenvolvimento distintos?
- oportunidades diferentes?
- estruturas sociais incompatíveis?
- programas educacionais inadaptados?
- ...
E, no aglomerar deste parametros, lá espreita o conceito de civilização.
Desde o Império Romano que as civilizações se alimentam - quase exclusivamente - de hegenomias (em todos os sectores e segmentos da vida).
Quando a hegenomia desaba (foi há séculos) a adaptação é difícil e a "ressaca" é grande. O terror tem terreno disponível.
A defesa instintiva é o enclausuramento. É fechar-se sobre o Mundo.
E surge o fundamentalismo que tende a ocupar espaços, como panaceia para todos os males (terrenos e divinos).
Um interminável circulo vicioso de enigmas, desencontros, oposições, contraditórios, negações (religiosos e/ou civilizacionais?).
Ou a dialética da história da Humanidade?
Não haverá, no meio disto tudo, algo que esteja à beira de um "choque"?
Do outro lado da barricada temos as ditaduras laicas, corruptas e fantoches dos EUA que capitulam face ao nazi-sionismo. A rua árabe é islamista, quer a democracia bem como escorraçar os terroristas cruzados e sionistas do Médio Oriente. ALLAH U AKBAR !
Gostaria de viver numa «democracia» islâmica?
Acha que a situação das muulheres é aceitável e que a Sharia é um modelo de Código Penal?
Pela minha parte, em nome da cultura e da civilização, repudio o farol democrático que o ilumina.
Os USA e seus amigos fazem uma campanha contra os estados que não alinham msobre as suas ordens, a Europa baixa as calças a todo o momento.