A Igreja católica, os demónios e os exorcismos

O padre Anselmo Borges defende que não há demónios, que «Os rituais de exorcismos não têm justificação» e que o diabo é apenas «um símbolo personificado de todo o mal».

A vantagem do catolicismo, extinta a Inquisição e perdidos os Estados pontifícios, está na ausência do braço secular, que permite a cada um acreditar no que quer e, conforme a evolução das sociedades, ter uma explicação diferente, por parte do clero, para exóticos versículos bíblicos, sem o risco de acabar incinerado em vida.

O que surpreende é a existência de exorcistas em várias dioceses de Portugal e a recente nomeação de mais oito exorcistas para a diocese de Madrid pois o cardeal Rouco Varela garante que tem aumentado o número de demónios. Aliás, no Vaticano, onde andam à solta, como é do conhecimento público e foi confirmado pelo exorcista-chefe, o padre Gabriele Amorth (na foto), continuam a fazer-se exorcismos.

Surpreende, não a pertinácia do Diabo em atacar as almas, pois a vida está difícil, até no Inferno, mas o facto de os possessos serem sempre os crentes. A única moléstia contra a qual todos os agnósticos, céticos, ateus e livres-pensadores estão eficazmente vacinados, é a possessão demoníaca.

O Demo, na sua fraqueza perante Deus, sabe bem que quem duvida do último também não acredita em si. Apenas inquieta a superstição que continua a ser divulgada por quem tinha obrigação de ser agente do progresso e da libertação dos povos – a Igreja católica.

É difícil perceber o mimetismo que o Islão exerce no imenso exército de padres, bispos, monsenhores e papas que enxameiam vários continentes.

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