A Turquia nas mãos de muçulmanos ditos moderados
Pio IX dizia que o catolicismo era incompatível com a
democracia mas, por virtude da segunda, foi desmentido. Não foram os papas que
outorgaram a liberdade, esta impôs-se nos países moldados pelo Iluminismo, a
Reforma e a Revolução Francesa.
No Islão jamais foi feita a prova de que a liberdade e a fé podiam coexistir. Não são os islamitas que são perigosos, são os fundamentos do Islão. O Corão apela à guerra santa e ao extermínio dos infiéis como sucede com todas as doutrinas totalitárias, com todos as religiões que se julgam as únicas empresas de transportes autorizadas a circular nas estradas que conduzem ao Paraíso.
A eleição de Abdullah Gul, em 2007, para Presidente da República foi uma afronta aos setores laicos e progressistas da Turquia moderna, especialmente aos militares e juízes, que sustentavam a laicidade imposta pela figura tutelar da Turquia moderna – Kemal Atatürk. Foi também a grande vitória do pio Erdoğan, primeiro-ministro desde 1954.
Como não há democracias militares nem de juízes, coube aos turcos respeitar a decisão das urnas e a Erdoğan, que detém o poder, respeitar a Constituição, apesar da religião.
Essa foi a última oportunidade para o Islão mostrar pela primeira vez que se conforma com o pluralismo e que um presidente e um PM islamitas são capazes de respeitar os que creem e os que não creem no Profeta, bem como os que não creem em profetas.
Se a democracia soçobrar na Turquia, prova-se que o Islão não renuncia à obediência ao anacronismo do livro sagrado e que entre a civilização e a barbárie, entre a liberdade e a fé, só resta a espada para defender uma ou impor a outra.
No Islão jamais foi feita a prova de que a liberdade e a fé podiam coexistir. Não são os islamitas que são perigosos, são os fundamentos do Islão. O Corão apela à guerra santa e ao extermínio dos infiéis como sucede com todas as doutrinas totalitárias, com todos as religiões que se julgam as únicas empresas de transportes autorizadas a circular nas estradas que conduzem ao Paraíso.
A eleição de Abdullah Gul, em 2007, para Presidente da República foi uma afronta aos setores laicos e progressistas da Turquia moderna, especialmente aos militares e juízes, que sustentavam a laicidade imposta pela figura tutelar da Turquia moderna – Kemal Atatürk. Foi também a grande vitória do pio Erdoğan, primeiro-ministro desde 1954.
Como não há democracias militares nem de juízes, coube aos turcos respeitar a decisão das urnas e a Erdoğan, que detém o poder, respeitar a Constituição, apesar da religião.
Essa foi a última oportunidade para o Islão mostrar pela primeira vez que se conforma com o pluralismo e que um presidente e um PM islamitas são capazes de respeitar os que creem e os que não creem no Profeta, bem como os que não creem em profetas.
Se a democracia soçobrar na Turquia, prova-se que o Islão não renuncia à obediência ao anacronismo do livro sagrado e que entre a civilização e a barbárie, entre a liberdade e a fé, só resta a espada para defender uma ou impor a outra.
Enquanto Erdogan, um paciente devoto, foi urdindo a subordinação
do País à demência do Corão, e esmagando a contestação laica, com a benevolência
americana e europeia, a Turquia sofreu um processo de reislamização lento e
eficaz. Os turcos secularizados já arriscam a vida para combater a opressão de
um regime validado nas urnas e ungido nas mesquitas.
Sucedem-se as cargas policiais, os confrontos e endurece a
repressão, com invocações a Alá e preces ao misericordioso Profeta contra os
turcos secularizados. A polícia dispara a matar e o Governo
ameaça usar o Exército para dissipar protestos contra Erdogan.
No dia 29 de outubro deste ano de 2013, era vulgar,
comemorar-se-ia o 90.º aniversário da República homenageando Atatürk, o pai da
Turquia moderna e laica. Erdogan, com o Corão em uma das mãos e na outra o exército,
conduz em direção a Meca a República que deixará de ser «constitucional, democrática, secular e unitária».
Comentários