Bélgica – eleições municipais


Os primeiros resultados das eleições municipais belgas apontam para um nítido avanço da extrema-direita, sobretudo na Flandres, com a forte descida dos liberais flamengos do Primeiro-ministro Guy Verhofstadt.

Em Vosselaar, norte da Bélgica, o partido flamengo de extrema-directa, (VB - Interesse Flamengo) conseguiu 12,6 por cento dos votos e conquistou 21 lugares, tendo obtido nos arredores de Antuérpia, resultados excepcionais.O avanço da extrema-direita, racista, xenófoba e populista, é visto com preocupação por todos os partidos democráticos.

Os velhos demónios parecem ressuscitar numa Europa que esqueceu a lição do passado em que o nazismo e o fascismo dilaceraram o Continente e fizeram dezenas de milhões de mortos.

Comentários

Anónimo disse…
De facto, é muito preocupante, o avanço da extrema-direita.
Apesar dos problemas que a Europa possa vir a ter, jamais deveria abandonar a posição de defesa do Estado Democrático.

As pessoas deveriam mesmo relembrar aquilo que aconteceu no passado. Só isso faria com que não recuássem nestes ideiais.

A memória das pessoas é curta, e isso pode ser perigoso.

Diogo.
Anónimo disse…
E o substracto continua a ser o capital...
Vítor Ramalho disse…
Começa a amanhecer na Europa.
Anónimo disse…
Manhãs dessas... porra para elas!
Anónimo disse…
As eleições municipais belgas mostram que existe, nesse País, um problema grave`: a identidade da Belgica.

O partido Vlaams Belang (Interesse Flamengo), vai minando toda a região flamenga transpondo para o terreno os pincípios orientadores da Front National de Le Pen, cuja doutrina xenofoba e ultra-nacionalista é conhecida em toda a Europa.

A existencia de um "cordão sanitário" - formado pelos restantes partidos flamengos a fim de manter o Vlaams Belang afastado dos executivos camarários - poderá não ser suficiente para, nestas eleições, conter o seu acesso à municipalidade de Anvers e o mesmo poderá verficiar-se nas pequenas localidades. Esta eventual participação em orgãos autárquicos poderá ser catastrófica para os destinos da Bélgica enquanto nação unitária.
A realização de eleições legislativas na próxima Primavera vai pôr à prova os destinos deste País. Neste momento, não se descortina se a actual coligação no poder terá capacidade política de continuar a governar. O adiado embate (fractura) entre as componentes político-sociais francófonas e flamengas está cada vez mais eminente e terá cada vez maiores repercursões. Os flamengos adoptam, influenciados pelo discurso ultra-nacionalista do Vlaams Belang, mas não só, uma franca e visível atitude separatista que já não possível iludir.

Esta vaga não está circunscrita à Bélgica. Ela já influencia a Austria e será, ao que parece, relevante em França, nas próximas eleições presidenciais.
Há algo de errado na política europeia, nomeadamente, nas políticas das migrações que são um dos cernes e a motivação ideológica, destes movimentos neo-fascistas.

O "cordão sanitário" belga e a já utilizada "concentração utilitária" à volta de Chirac (contra Le Pen)nas últimas eleições presidenciais francesas são instrumentos que se revelam cada vez mais incapazes e ineficazes para conter o avanço da extrema-direita.
A tentativa de isolamento de Jörg Haider, na Austria e no âmbito da UE, também não trouxe os resultados esperados.

A Europa precisa de ir ao encontro da "causa das coisas". É urgente tratar esta "doença" que vai deteriorando a "civilização ocidental" e não se ficar por medidas paliativas.

Um novo e abrangente quadro de relações internacionais entre povos(incluindo o problema das migrações) está, nestes tempos de globalização, na ordem do dia.

Não lucramos nada em adiar ou tentar contornar o futuro.
Anónimo disse…
Os triunfos da extrema-direita são sempre fruto da ignorância e falta de sentido crítico de quem nela vota.
Por outro lado, são o reflexo do populismo, do maniqueismo e do dogma político das "soluções milagrosas para todos os problemas".
Saibam os responsáveis (in)formar os cidadãos, numa cultura profundamente democrática, tolerante e responsável, e não haverá lugar para demagogias e populismos.
Anónimo disse…
Não será, antes, mais que um voto na ideologia de tais partidos, um voto de protesto contra os politico(zinhos) tradicionais, dos quais toda a gente está saturada?
Anónimo disse…
Há pessoas que sonham com amanhãs que cantam. Outros, como Vitor Ramalho, sonham com amanhãs que choram em campos dde concentração.


Só a democracia tolera uns e outros.
Braveman disse…
São preocupantes tais notícias sem dúvida. Eu não Gosto de extremos nem de esquerda nem de direita, mas enfim sem extremos não se pode encontrar o equilíbrio, portanto sempre existirão. Esperemos que sejam sempre minoritários e apagados.

Quando à ascenção propriamente dita só se pode combater com educação, com uma cultura de civismo, com uma cultura de tolerância e democracia.

Temos de olhar para a causa das coisas. POrquê este avanço. Aventuro-me a jogar para cima da mesa várias premissas.

Corrupção
Falta de Coragem política
Falta de Coerência dos Politícos
Insegurança
Comunidades emigrantes pouco integradas

Na Bélgica temo que seja a insegurança a potenciar este fenómeno. Ouvimos certamente alguns casos violentos vindos daquele lado. Atrevo-me a dizer que um acto provoca uma resposta oposta ou seja, insegurança provoca securitarismo.

Temos é de conseguir combater esses fenómenos, tratar os males.
Vítor Ramalho disse…
Carlos Esperança já uma vez lhe disse que não sou Alemão.
Nunca me verá defender o nacional-socialismo, nem o social fascismo que você tanto defendeu.
Anónimo disse…
Vítor Ramalho:

Tem o direito de ser de extrema-direita, facto que se verifica pela leitura do seu blog.

Não tem o direito de mentir deliberadamente.

Diga-me quando é que me viu defender pela palavra dita ou escrita o social-fascismo. Se o não disser ficarei a pensar da sua honestidade o que penso das suas ideias extremistas.

Além disso «social-fascismo» é uma apropriação da linguagem do Dr. Barroso dos velhos tempos, uma expressão exclusiva da extrema-esquerda, nomeadamente do MRPP.
Vítor Ramalho disse…
Está novamente errado porque não me considero de extrema-direita.
Quem falto á verdade foi o Sr. pois também nunca me viu defender o nacional-socialismo.
Gosto de percorrer blogues e deixar comentários, sempre o fiz educadamente, ao contrário de algumas pessoas.
Se quer que o respeite responda aos meus comentários, não tente colocar-me em organizações com as quais não me identifico.
Portanto sempre que me chamar fascista ou nazi vai levar o troco. Coisa que não tenho é medo.
Anónimo disse…
Vítor Ramalho said...
Começa a amanhecer na Europa.

Seg Out 09, 10:41:34 AM

RE: Isto é um comentário de extrema-direita.

Claro que não responde ao repto que lhe lancei, nem o poderia fazer, de me ter visto defender posições totalitárias.

Quanto aos comentários educados, não tenho dúvida mas a extrema-direita não é obrigatoriamente mal educada.
Vítor Ramalho disse…
O Carlos Esperança nunca me viu defender o nazismo.
Mas volta que não volta lá me chama nazi.

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