Escola e educação


Já muito se disse sobre a agressão de uma adolescente à sua professora e sobre a boçal atitude dos colegas que deliraram com a cena, a filmaram, exibiram e guardaram como troféu.

Psicólogos, pedagogos, políticos e cidadãos comuns indignam-se legitimamente com a má-criação, agressividade e falta de respeito de uma aluna que os órgãos directivos da escola não podem deixar de sancionar de forma adequada. Adequada, não exemplar, muito menos vingativa, porque a recuperação de jovens faz parte do processo educativo.

Ao ouvir os gritos selvagens e ululantes de uma turma em delírio não podemos deixar de reflectir como foi possível chegar aqui, sabendo-se que não se trata de um acto isolado mas de manifestações reiteradas de violência juvenil nas escolas, violência que não teve a terapêutica adequada pela impossibilidade de educar os pais.

Perante a gravidade da situação não podemos deixar de recordar o caso recente de um professor que se referia ao primeiro-ministro com os mais reles insultos e com a mais baixa educação. Foi promovido a herói nacional tal como os desordeiros daquela turma se tornaram referência para os adolescentes sem valores da sua geração.

O País, a sua comunicação social, os dirigentes políticos e os portugueses em geral terão de decidir se querem um país de charruas ou um país de cidadãos.

Comentários

Anónimo disse…
E um país de sócretinos, será que queremos? Parece que é isto mesmo que Esperanças querem. Querem tanto que em vez de responsabilizarem este Ministério da Educação por medidas e orientações que têm vindo a degradar a escola pública e a denegrir a imagem dos professores, preferem recorrer ao «caso charrua» para fazer deste (e da generalização da sua atitude a todos os professores) a causa da degradação do ambiente escolar. Como é habitual nos sócretinos, em vez de assumirem as suas responsabilidades, servem-se da manipulação, do cinismo e associam fenómenos e casos que nada têm que ver uns com os outros. E assim o mau estado do ensino não se deve a qualquer política sócretina, mas sim aos «professorzecos» como o Charrua! Brilhante! O Esperança aprendeu bem a lição e repete na perfeição o discurso sócretino, que faz dos professores um bode expiatório. Não aprenderam nada com a manifestação de 100000 professores!
Os herois do Esperança são os governates PSs que têm insultado os professores (de malandros, preguiçosos, professorzecos, etc) e que têm insultado os portugueses todos ao tratá-los como idiotas com este tipo de discurso.
O que se passou naquela sala de aula ainda se vai tornar mais comum a partir de agora. Porquê? Porque o novo estatuto do aluno desresponsabiliza os alunos, permite que eles faltem sem daí resultar qualquer consequência. Com esta medida, os sócretinos vão poder apresentar estatísticas que mostram uma «descida» espectacular do abandono escolar, e só mesmo os idiotas e os sócretinos vão acreditar nisso. Em contrapartida, os alunos vão poder fazer o que querem nas aulas, porque qualquer eventual expulsão da sala não implica uma verdadeira falta, uma verdaeira penalização. É antes um prémio!
Vai também tornar-se mais comum, pois a avaliação dos professores vai estar dependente da criação de «ambientes saudáveis e não traumatizantes» para as crianças. Desta forma, quem queira impôr algum respeito e autoridade na sala de aula arrisca-se a ser mal avalidado. Paradoxal? Não, quando se tem presente que o que orienta este Ministério da educação são apenas os resultados estatísticos (e a sua manipulação) e o dinheiro gasto com a Educação. Portanto, convém a qualquer professor apresentar «bons resultados» escolares e disciplinares. Por outras palavras, convém abafar e silenciar os problemas que surgem dentro da escola. Quem pensa que este governo está preocupado com a melhoria do ensino e da qualificação ou é um sócretino ou é alguém que os sócretinos tratam como um cretino, como um idiota.
Ainda estou para descobrir em que categoria devo incluir os Esperanças do nosso país...
Anónimo disse…
Carlos Esperança, passou-se... afinal quem são os culpados da degradação da educação neste país ?

Os professores, não me parece, os políticos, sem dúvida.

A acção deste governo em denegrir, a classe docente, é determinante no avolumar da situação. No ataque aos "privilegiados", os socretinos deram largas à indisciplina dos estudantes, infelizmente, mal educados, por pais também eles vítimas de governos anteriores.

Com governos destes, estamos a caminho de ser o povo mais mal educado e inculto da Comunidade.
ana disse…
Isto nada tem a ver com ministros, nem com governos, nem com políticas de educação. Tem a ver, isso sim, com a total ausência de valores transmitidos em casa, que é onde tudo começa. E não devemos referir "a aluna" porque se trata de um comportamento colectivo inqualificável. Quem se comporta assim numa aula, comporta-se do mesmo modo no cinema, nos transportes, em casa.Penso que a escola tem um papel secundário, mas muito importante, na formação e educação dos alunos.Vi há dias uma pequena manifestação de professores (contra a ministra, é claro)para a qual foi pedido o apoio dos alunos. E lá andavam todos de mão dada, professores e alunos de 13 e 14 anos.Serve tudo, não há critério.
ana disse…
"infelizmente, mal educados, por pais também eles vítimas de governos anteriores."

Para o anónimo, tudo é culpa dos governos.Não há responsabilidade individual? Tudo o que eu sou é o resultado do que a minha família me ensinou e do que aprendi sozinha e sou totalmente responsável pelo que digo e penso e faço.Vítima de governos anteriores, na minha formação como pessoa? Era só o que faltava.
Anónimo disse…
Ana

As políticas não são da responsabilidade dos governos ?

Como é evidente, são. Então, o avolumar de políticas erradas, deram na brilhante situação, pais incapazes de educar os filhos e filhos insubordinados e malcriados.

Os governos, foram apostando na educação, como factor determinante para o desenvolvimento do país, infelizmente, apostaram em políticas desastrosas, como se pode apreciar.
Anónimo disse…
Ana

"Quase trinta ministros da Saúde em pouco mais de trinta anos dão estes resultados. Como também se tem visto na educação"

António Barreto, in Público d'hoje
Anónimo disse…
É evidente que um problema como este não pode ser da culpa de uma só entidade, tanto mais que é um problema que se arrasta há décadas.
Cenas como as que vimos no filme acontecem com frequência, desde há dezenas de anos, só que não foram filmadas.
Assim, não se pode atribuir a culpa a este Governo, porque nos Governos anteriores já se passava a mesma coisa.
Grande parte da culpa cabe aos pais, que não educam os filhos, nem muito menos lhes incutem a ideia de que devem respeitar os professores.
Grande parte da culpa cabe também aos professores, que não se fazem respeitar, desde logo pela forma abandalhada como se apresentam nas escolas, alguns de calças de ganga, sapatilhas e bonés ou até carapuços na cabeça. Como é que as crianças podem ter respeito por indivíduos assim apalhaçados? Em segundo lugar, porque aqueles que pertencem aos conselhos directivos não se solidarizam com os colegas ofendidos, não estando para se incomodar. Em terceiro lugar, porque os professores ofendidos e os dos concelhos directivos não tomam quaisquer medidas contra os alunos insubordinados pura e simplesmente porque têm MEDO que os pais dos meninos exerçam retaliações. Por exemplo, esta professora que se viu no filme parece que só fez queixa depois de aparecer o filme.
Ora aí é que está o mal. A nossa lei penal equipara as ofensa corporais e as injúrias cometidas contra professores, no exercício das suas funções ou por causa delas, às cometidas contra os juízes ou outros membros de órgãos de soberania, incluindo o próprio Presidente da República, agravando drasticamente as penas aplicáveis (cf. arts. 132 n.º 2 j, 146 e 184 do Código Penal; ainda ontem a TV noticiou que os pais de um aluno que agrediram uma professora foram condenados a nada menos que ...5 (cinco) anos de prisão efectiva!
Mas, evidentemente, para que tais normas legais sejam aplicadas é preciso que os crimes cheguem ao conhecimento das autoridades; e isso é que na maior parte dos casos não acontece; daí o sentimento de impunidade dos pais.
Por outro lado, se os professores não são capazes de impor um mínimo de ordem nas escolas, há que entregar a direcção destas a alguém que o seja. E isso é que pode ser da competência do Governo. Mas aí lá teríamos os 100.000 professores a manifestarem-se por lhes quererem tirar a gestão das escolas!
Anónimo disse…
Ana:

Estou 100% de acordo consigo!

"Vi há dias uma pequena manifestação de professores (contra a ministra, é claro)para a qual foi pedido o apoio dos alunos."

Isto é uma vergonha, os professores são uma classe sem dignidade nenhuma. Bem tem feito a Ministra da Educação que lhes virou as costas!!!!
Anónimo disse…
Nesta tragicomédia em que se transformou a educação, não há personagens virgens: nem ministros, nem as eminências pardas dos 'especialistas' em ciências da educação, nem alunos, nem professores (50% deles simplesmente são maus profissionais)nem a sociedade em geral, nem os pais muito em particular.
Os ministros (todos eles desde há muito) avalizam políticas de fachada, que desresponsabilizam os meninos, em favor das estatísticas;
Os 'especialistas' são papagaios de modas, ignorantes e irresponsáveis;
Os professores... são muito escassos aqueles que justificam esse nome, em competências técnicas e humanas;
A sociedade em geral, porque é na realidade ela que se espelha no caos em que se transformou a aula;
Os pais... porque em geral preferem o falso sossego e a irresponsabilidade e a demissão à tarefa de educar os filhos (isto não contando os numerosos casos em que os pais é que precisavam de educação);
Os alunos, porque criados num absurdo caldo de desresponsabilização, preferem curtir a trabalhar, ignorando que estão a ser ludibriados por um sistema pervertido;
Tanto como os falhanços da economia e da justiça, os falhanços da educação são o sinal claro do nosso falhanço colectivo, como sociedade e como país.
E esta é a terceira vez, na história, em que falhamos como país.
Anónimo disse…
Falhamos como país NÃO!!!!

Falhámos em tempos!

Finalmente, nos tempos que correm, temos alguém que comanda a náu com braços de ferro! Segura o destino do país, não com demagogias ou facilitismos, mas com responsabilidade e firmeza!

Reconheçam que os professores (os senhores que gostam de manifestações) são os principais culpados e agora culpam a Ministra da sua própria incapacidade de leccionar com rigor e competência!

Haja um pouco de decoro senhores!

Parabéns Ana e Carlos Esperança, pelo menos ainda existem pessoas com 2 dedos de testa!
e-pá! disse…
A Escola e, como é obvio a Educação, lugar privilegiado - mas não exclusivo - desta última, têm estado na "berra", por motivos que interessa ponderar, tomar em linha de conta, discutir
1) Uma crescente instalibilidade do corpo docente, envolvida em constantes disputas com a tutela;
2) O reflexo deste ambiente de crispação no ambiente escolar e na produção escolar, afecta, de modo significativo, a parte mais sensível e vulnerável - os alunos;
3) As imagens que correram este País ao sabor do YouTube, e ao que consta o Mundo, valem o que valem:
são imagens desenquadradas de qualquer contexto prévio ou, mesmo, instântaneo;
4) Deveriam mostrar que as relações entre duas pessoas têm contextos didacticos e eductivos, quando não mesmo culuttais, bastante distintos;
5) Mais complexa é essa relação, não só sociabilidade, mas também interculturalidade, entre um educador e um educando.
6) A Escola não é mais violenta porque os métodos pedagógicos assim o determinam. A Escola é mais violenta - ou poderá vir a sê-lo - só porque é o reflexo da sociedade em geral;
7) Porque os educandos estão mais expostos à violência física, mas também psicológica e educativa;
8) Considero, insuportáveis os níveis de inter-competividade pessoal a que estão expostos, no ambiente escolar, pré- adolescentes e adolescentes;
9) Considero, educacionalmente deficiente e culturalmente perigosa a incapacipade das famílias, por diversos motivos - entre eles distorções do tipo workahoolic - em almofadar estes distúrbios psiciológicos que vão desequilibrand uma adolescência - já por natureza instavél.
10) Não consigo suportar que a aluna ou a sua família, bem como a sua professora ou o conselho Directivo da Escola, não tragam nada de novo para esta situação.

Suspeito que estarão todos abrigados no tão estafado "segredo de justiça".
Suspeito, também, que se esse segredo dissesse respeito a um escândalo (qualquer) do de milhões de €, já todos conheciamos os pormenores à exaustão.
Como estamos a lidar com pessoas, personalidades, comportamentos, aqui, o segredo inviolável...
E a especulação continua, causando danos (irremediáveis?).
Se existe algua coisa de "chocante, revoltante, com a autoridade do professor a ser completamente posta em causa, não apenas por essa aluna mas pela turma em geral", como foi dito pelo presidente da Federação Nacional de Educação é o "ambiente" escolar. Que por arrastamento proporciona um clima deste tipo, entre educadores e educandos.
Neste momento, já não basta repor a autoridade do professor, mas a tratar das condições psicológicas da aluna, diria mesmo dos alunos.
É que a existencia de autoridade pressupões sanidade (fisica e mental).

A Escola Escola Secundária Carolina Michaëlis, no Porto, deveria providenciar apoio psicológico especializado quer à aluna quer à professora. Mas,
considerando a personalidade férrea e fechada da directota da Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), tenho receio que só esteja em curso o "processo de averiguações" e é para essa insuficiencia burocrática, que prioritariamente, se dirigem as minhas mais profundas preocupações, para ambos: professora e aluna.

PS- Não compreendi, nem consegui estabelecer qualquer relação entre este caso e o Prof. Charrua (ainda decorre o processo?)...

A não ser que ao acordarmos um dia destes e saibamos, pela Imprensa, que ambas foram transferidas, compulsivamente, da sua Escola.
Aí não ficarei só indignado, aí ficaria destroçado...
Anónimo disse…
RECTIFICAÇÃO
Com a reforma de 2007, as disposições do Código Penal que citei no meu comentário de ontem passaram a constar dos artigos 132 n.º 2 l), 145 e 184.
Anónimo disse…
Este «socialista» de alma (mas não só) é um cómico. O PS para ele é uma espécie de clube de futebol, que ele defende com a mesma irracionalidade e fanatismo dos adeptos de futebol. Quando a sua equipa comete faltas, a culpa é de quem sofre as faltas. Quando a sua equipa joga mal, ele diz que são os maiores. E depois quem é irracional são os outros, que não partilham do seu fanatismo (pelos tachos). Deixo-lhe aqui algumas das crónicas de hoje do JN (as do Pina, do Mário Crespo e do Honório Novo). Pode ser que ele e os Esperanças consigam aprender alguma coisa. Se conseguissem aprender a ser menos facciosos e manipuladores já era bom...
Anónimo disse…
Educação"simplex"


Por outras, palavras, Manuel, António, Pina

Um dos mistérios da actual política educativa é a imposição de rígidos critérios de avaliação aos professores em vez do que convencionou chamar-se de "progressão automática" na carreira e, no que respeita aos alunos, a opção pelo facilitismo e por uma espécie de "progressão automática" de ano com recurso a sucessivas "provas de recuperação". As próprias classificações dos alunos contarão para a avaliação dos professores, o que significa que dar boas notas será meio caminho andado para um professor poder subir na carreira. Assim, não só no Estatuto da Carreira Docente a palavra "ensinar" desapareceu das atribuições dos professores, como estes estão hoje sujeitos a todas as formas de pressão (até física; ainda recentemente uma professora do Carolina Michaelis foi agredida por uma aluna a quem deu uma nota baixa), da parte de alunos, de pais e do próprio Ministério para serem permissivos. Desde que se matricule, um aluno tem a passagem de ano assegurada. Nem precisa de ir às aulas, basta-lhe fazer umas "provas de recuperação". E, se nem isso resultar, obterá depois o diploma do 12º ano em 15 dias nas "Novas oportunidades" da sua junta de freguesia. Não seria mais "simplex" o diploma do 12.º ano ser de distribuição geral como o Bilhete de Identidade?
Anónimo disse…
O vídeo do telemóvel


Honório, Novo, Deputado , do PCP

Claro que se esperaria que a Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) fizesse alguma coisa depois de o país ter ficado de boca aberta com as cenas de violência no Carolina Michaëlis. Abrir um inquérito deveria ser um acto relativamente normal e pacífico. Só que há dúvidas no ar sobre as reais motivações desta aparentemente (boa) decisão.

Por um lado, não se entende muito bem por que é que, desta vez, a DREN não esperou pelas decisões disciplinares da própria escola, seguindo o mesmo procedimento que adoptara em Dezembro quando ali ocorreu um outro caso tanto ou mais grave do que o agora divulgado. Nessa altura, a DREN não só esperou como depois "corrigiu" a decisão da escola, transformando a expulsão em transferência (quando o novo Estatuto do Aluno não tinha sido ainda aprovado pelo PS nem tinha sido ainda eliminada a sanção de expulsão).

Parece, por outro lado, que a rapidez da DREN procurou esconder alguma má consciência, sobretudo porque se sugere, de forma sub-reptícia, alguma surpresa perante a gravidade do que sucedeu no Carolina. Até parece que este é um caso isolado, que a DREN desconhece que em Portugal há uma agressão (a professores, pessoal administrativo e auxiliar) em cada dia do ano, que a DREN não conhece o dia-a-dia das nossas escolas… Cada vez mais parece que só o enorme mediatismo suscitado pelo vídeo do telemóvel levou a DREN a agir com celeridade. Não tivessem aparecido as televisões e a DREN continuaria surda, sem inquéritos, nem qualquer acção relevante, indiferente ao clima de violência latente e ao ambiente de generalizado desrespeito que inquina o nosso quotidiano escolar.

Agindo em antecipação, a DREN serviu também de biombo à ministra da Educação. É que há responsáveis por este clima de desregramento e pela crescente perda de autoridade dos professores. Se a culpa não pode morrer solteira, Lurdes Rodrigues é a principal responsável pelo que hoje se passa nas escolas. O seu discurso e suas atitudes, as suas acções e decisões têm contribuído para desvalorizar toda uma classe profissional, têm contribuído para minar a autoridade dos professores perante os alunos, perante os pais, perante as comunidades educativas e a opinião pública. A desvalorização dos professores e do seu estatuto profissional e social tem sido a táctica preferida da ministra para melhor fazer vingar as suas opções políticas e para impor um regime profissional indigno. O que se viveu no Carolina e se repete no país traduz bem as consequências desta táctica.
Anónimo disse…
"Dá-me o telemóvel JÁ!"


Mário , Crespo, Jornalista


Se o incurável optimista Pangloss tivesse visto o vídeo da aula de Francês no 9.º C, só podia ter comentado que era o fim do Mundo. E foi. O vídeo, a boçalidade dos comentários de quem filmou, os ataques selváticos de quem atacou, a birra criminosa da delinquente a quem tiraram o telemóvel, a indiferença da maioria da turma pelo horror do que se estava a passar mostram o malogro do sistema administrado pelo Ministério da Educação.

"Ha… ha… ha...ha...ha"

"DÁ-ME O TELEMÓVEL!"

Há um caso exemplar no historial governativo socialista onde Maria de Lurdes Rodrigues podia ir buscar inspiração. Em Março de 2001, depois da queda da ponte de Entre-os-Rios, o ministro da tutela anunciou que se demitiria com efeitos imediatos. Foi a maneira consciente de mostrar responsabilidade.

"Sai da frente... sai da frente!"

Por favor, façam-me a justiça de não considerar sequer que estou a fazer comparações. A enorme crise que atravessa o sistema educativo em Portugal e a queda de uma ponte cheia de pessoas em cima, com as consequentes fatalidades, são situações de gravidade específica que não toleram comparações. O que digo é que a decisão de Jorge Coelho de se retirar de funções porque a ponte de Entre-os-Rios era responsabilidade de vários departamentos do seu ministério, é o modelo de comportamento governativo.

"Ó Rui, ó Rui, ó Ruizinho!"

Maria de Lurdes Rodrigues tem um tremendo desastre entre mãos e contribuiu directamente para ele com as suas políticas de desrespeito de toda a classe docente e com o incompreensível arrazoado de privilégios estatutários garantísticos aos discentes, que estão a condenar toda uma geração e a comprometer o futuro de todo um país.

"Ó gorda, ó p (...), sai daí!"

Depois de todos termos, finalmente, visto aquilo que realmente se passa nas nossas escolas, nada pode ficar na mesma. A DREN, que já se devia ter ido embora no escândalo do professor Charrua, tem de sair porque aquela gente obviamente não sabe o que está a fazer. O Conselho Directivo da Carolina Michaëlis tem de ser imediatamente substituído por gente capaz de proibir telemóveis e de impor (não tenham medo da palavra), impor, um ambiente de estudo na escola pública. Reparem que durante o desacato e o linchamento da professora nenhum dos alunos abre a porta da sala de aulas e pede ajuda.

"Sai da frente... sai da frente!"

Isso atesta que já não ocorre aos próprios alunos que haja na escola alguém capaz de impor disciplina e restabelecer a ordem.

"Olha a velha vai cair!"

Por isto a Turma do 9.ºC tem de acabar! Por uma questão de exemplo, os alunos têm de ser dispersos por outras turmas e o 9.º C deve ficar com a sala fechada o resto do ano, numa admoestação clara de que este género de comportamento chegou ao fim. Maria de Lurdes Rodrigues não pode ficar à espera de receber outra vez o apoio do primeiro-ministro. Depois disto, é seu dever sair do cargo. E não é, como diz constantemente, a mais fácil das soluções. É a medida necessária para que haja soluções. A saída da ministra é, viu-se agora, uma questão de segurança nacional. É a mensagem necessária para a comunidade escolar, alunos e professores, entenderem que o relaxe, a desordem e o experimentalismo desenfreado chegaram ao fim. Que não há protecção política que os salve já da incompetência do Ministério, da DREN e de tudo o mais que nestes três anos nos trouxe à vergonhosa situação que o vídeo do YouTube mostrou ao país e ao Mundo. Uma questão mais os sindicatos viram as imagens de um crime a ser cometido em público contra uma professora. Façam o que devem. Façam as devidas queixas-crime contra a aluna agressora e contra quem filmou e usou abusiva e ilegalmente da imagem da professora a ser martirizada. O crime foi visto por todos. O Ministério Público tem competência para mover o adequado processo contra esses alunos. Cumpram o vosso dever sem tibiezas palavrosas. Já não se pode perder mais tempo com disparates.
Anónimo disse…
O "Gato Fedorento" vai passar a ter cinco elementos: foi contratado/a o/a "socialista de alma".

Porreiro, pá!!!
Anónimo disse…
E tu és um parvo com esse tipo de comentários!

Noutros tempos, a tua "direita" perseguiu a minha esquerda (e eu fui um dos perseguidos).

Os tempos mudaram amigo, mudaram muito.. a partir de agora tenham cuidado com o que falam, pois chegou a hora da revange esquerdista!

Não se esqueçam do que vos foi transmitido: "Quem se meter com o PS come!"

Preparem-se para o que aí vem!
Anónimo disse…
"Isto é uma vergonha, os professores são uma classe sem dignidade nenhuma. Bem tem feito a Ministra da Educação que lhes virou as costas!!!!"

Este "socialista de alma", não é bom da cabeça, diz bacorada em cima de bacorada...viva o Benfica, meu.

O PS é feito de gente assim, depois vê-se o efeito...
CA disse…
E se os funcionários que trabalham com Sócrates viessem a público contar o que lhe ouvem em privado e isso fosse levado à AR e ao PR? Afinal quer os eleitores quer a Ar e o PR estão acima do governo e deveriam ter também o direito de saber de tudo o que o PM diz nos gabinetes pagos com os nossos impostos. Já que Sócrates achou normal a atitude da DREN, devia começar por dar ele o exemplo de permitir que todas as suas conversas privadas nas instalações oficiais fossem divulgadas e usadas contra ele. Aliás deveria ser suspenso antes mesmo de qualquer processo. bastaria a denúncia, claro.

Salazar deve estar a rir-se bastante.
Anónimo disse…
CE,
À semelhança do que fez - segundo recordo - em relação ao "pré-socrático" recomende um tratamento semelhante à/ao "socialista de alma". :)
Já agora sugere-se, também, a consulta de um dicionário antes de postar as habituais "enormidades", a fim de evitar os costumeiros erros tipográficos.
Finalmente, creio que a expressão usada por J. Coelho foi "Quem se mete com o PS, leva" e não come.
V. Ex.a é que precisava de comer, melhor, beber umas colheres de chá, por tem muita falta dele...
Anónimo disse…
Só o 1.º parágrado se dirige ao Sr. CE.
Os restantes são exclusivamente destinados à/ao "socialista de alma".

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