Momento de poesia
Bailarina
Maria del Pilar …
Corpo delgado,
Que veio ao mundo talhado
Para viver a bailar!
Figurinha amorosa de postal,
Dinâmica e franzina,
Trocou a bombazina
Por seda natural.
Pôs de lado os brinquedos de menina
E veio, de castanholas,
Mostrar a Portugal
Como sabem bailar as espanholas.
No Cabaret onde firmou contrato
Expôs o seu retrato,
Com aqueles olhos negros como um crime.
E quando dança, arrebatada e bela,
Lembra o seu corpo um vime
Batido pelos ventos de Castela.
Quem lhe ensinou os passos complicados,
Os movimentos rítmicos e lestos,
Os requebros ousados,
A magia dos gestos
Dos seus loucos bailados?
Ninguém. Ela não teve dançarino,
Que lhe ensaiasse as danças que interpreta.
Pois se há quem nasça já Poeta,
Também o corpo franzino
De Maria del Pilar,
Trazia impresso o destino
De vir à Vida bailar.
a) Armando Moradas Ferreira
Maria del Pilar …
Corpo delgado,
Que veio ao mundo talhado
Para viver a bailar!
Figurinha amorosa de postal,
Dinâmica e franzina,
Trocou a bombazina
Por seda natural.
Pôs de lado os brinquedos de menina
E veio, de castanholas,
Mostrar a Portugal
Como sabem bailar as espanholas.
No Cabaret onde firmou contrato
Expôs o seu retrato,
Com aqueles olhos negros como um crime.
E quando dança, arrebatada e bela,
Lembra o seu corpo um vime
Batido pelos ventos de Castela.
Quem lhe ensinou os passos complicados,
Os movimentos rítmicos e lestos,
Os requebros ousados,
A magia dos gestos
Dos seus loucos bailados?
Ninguém. Ela não teve dançarino,
Que lhe ensaiasse as danças que interpreta.
Pois se há quem nasça já Poeta,
Também o corpo franzino
De Maria del Pilar,
Trazia impresso o destino
De vir à Vida bailar.
a) Armando Moradas Ferreira
Comentários
De Maria del Pilar,
Trazia impresso o destino
De vir à Vida bailar.
hoje o Armando recorda-me aquele fado de Amália
"carmencita era a cigana
mais linda da caravana..."
Ah como são belas as Carmens andaluzas que se deixam amar mas não se deixam possuir!
No me quieras tanto,
Ni llores por mi;
No vale la pena
Que por mi cariño
Te pongas así.
Yo no se quererte lo mismo que tú,
Ni pasar la vida pendiente y esclava
De esa esclavitud.
No te pongas triste,
Sécate ese llanto
Hay que estar alegre.
Mírame y aprende.
No me quieras tanto.
"Quintereo y Leon"