A França e a laicidade
Segundo uma sondagem recente, 71% dos franceses querem manter a lei de separação entre a República e as igrejas (de 1905), tal como está. E 77% dizem que «as autoridades religiosas não devem tomar posição publicamente sobre as questões de sociedade».
O que prova que a laicidade não é um regime imposto por uma minoria a uma sociedade renitente. Antes pelo contrário.
a) Ricardo Alves in Diário Ateísta
O que prova que a laicidade não é um regime imposto por uma minoria a uma sociedade renitente. Antes pelo contrário.
a) Ricardo Alves in Diário Ateísta
Comentários
Claro que a democracia pode ser usada para limitar as liberdades fundamentais que a sustentam (afinal Hitler foi eleito), mas a quem é que isso interessa?
Quem tem medo do que dizem os líderes religiosos?
RE: Iranianos, iraquianos, turcos, sauditas, gregos, irlandeses, malteses e...espanhóis.
Podia dar muitos outros exemplos.
Ah! E porque alguns líderes religiosos incitam à violência calam-se todos os líderes religiosos?
Já Salazar usava os maus exemplos de uso da liberdade para justificar a restrição de liberdades fundamentais.
Vejo o homem de Santa Comba ressuscitar em muitos espíritos que supostamente deveriam ter princípios contrários aos dele.
Não se trata de calar, trata-se de não reconhecer a nenhuma religião mais direitos do que a outra.
A separação do Estado e da Igreja é a base das democracias modernas.
Lembra-se do absolutismo monárquico cujo poder vinha de Deus?
Em França, a lei de 1905 não põe restrições às missas, novenas, orações e outras devoções pias. Apenas impede que as escolas sirvam para a catequese das religiões e que haja promiscuidade entre o Estado e a Igreja.
Pelos vistos, os franceses gostam que seja asim e não me consta que haja restrições às práticas religiosas.
A separação é a obrigação de não impor.
O que está em causa é que se defenda que "as autoridades religiosas não devem tomar posição publicamente sobre as questões de sociedade".
Isto põe gravemente em causa a liberdade de expressão, que é um dos fundamentos da democracia, e não tem nada a ver com separação entre religiões e estado (que, aliás, defendo).