Espanha – A morte do abade Cassià
Faleceu hoje o abade emérito de Montserrat, Cassià Maria Just, um beneditino de 81 anos que se destacou na defesa dos direitos humanos e converteu Monserrat em refúgio, durante a repressão fascista de Franco.
Na abadia que dirigiu entre 1966 e 1989 acolheu crentes e não crentes de todas as tendências políticas.
O benemérito cidadão e honrado clérigo teve a coragem de permitir que na sua abadia se fechassem intelectuais em protesto contra o célebre processo de Burgos, simulacro de justiça em que um Conselho de Guerra condenou à morte vários membros da ETA, uma manifestação cujos contornos teve semelhança com o que viria a passar-se em Lisboa no caso da Capela do Rato.
Foi um defensor da mudança da moral católica em relação à homossexualidade, ao uso do prservativo, dos anticoncepcionais e no que diz respeito à eutanásia passiva. Cassià entrou no mosteiro aos 9 anos, foi monge durante 64 anos e toda a vida um homem de bem.
Amanhã vai a enterrar esse homem de rara dignidade e coragem cívica. Foi a andorinha que viveu em Monserrat durante o longo Inverno franquista.
Fonte: el Periódico.com 13-03-08
Na abadia que dirigiu entre 1966 e 1989 acolheu crentes e não crentes de todas as tendências políticas.
O benemérito cidadão e honrado clérigo teve a coragem de permitir que na sua abadia se fechassem intelectuais em protesto contra o célebre processo de Burgos, simulacro de justiça em que um Conselho de Guerra condenou à morte vários membros da ETA, uma manifestação cujos contornos teve semelhança com o que viria a passar-se em Lisboa no caso da Capela do Rato.
Foi um defensor da mudança da moral católica em relação à homossexualidade, ao uso do prservativo, dos anticoncepcionais e no que diz respeito à eutanásia passiva. Cassià entrou no mosteiro aos 9 anos, foi monge durante 64 anos e toda a vida um homem de bem.
Amanhã vai a enterrar esse homem de rara dignidade e coragem cívica. Foi a andorinha que viveu em Monserrat durante o longo Inverno franquista.
Fonte: el Periódico.com 13-03-08
Comentários
Mas não esquecer que, como refere, foi um dos mais acérrimos defensores do modernismo e da tal "abertura" da Igreja ao relativismo e à defesa de situações aberrantes.
Relativismo e "abertura" que têm ajudado a destruir o intocável e indiscutível dogma católico e a transformar a Igreja na "borga" em que se vai tornando.
Valha-nos o aparecimento e reaparecimento crescentes de católicos tradicionais, aptos e cheios de vontade para restaurar a Igreja Católica que esse senhor ajudou a destruir, mormente através da defesa de práticas anti-vida e anti-família e da protecção de terroristas.
Agora, prestará contas, e depois, que descanse em paz.
Relembre-no.