Freguesias e concelhos
Não sei se se entrevê alguma folga orçamental para que os caciques tenham começado a movimentar-se na ânsia de aumentarem a fragmentação autárquica.
Há quem crie riqueza enquanto outros tentam capturá-la. Em vez da regionalização do País, aproveitando as cinco regiões para a indispensável reestruturação administrativa, há quem prefira regressar ao sistema feudal com pequenos enclaves para reinar.
Dissimulam a volúpia de dilacerar concelhos com a alegada tradição municipalista. Não descansam enquanto não regressarem ao número anterior a Mouzinho da Silveira. As freguesias cujas competências se confundem, em zonas urbanas, com as dos municípios, estão em franca expansão e há um caso de uma freguesia extinta, porque uma sentença judicial entregou a respectiva área ao proprietário, tendo ficado deserta, que se manteve, deslocada para a localidade anexa, logo promovida a freguesia.
O PSD patrocina Sacavém como concelho e o CDS Vila Meã. Quanto às freguesias, o CDS ataca com Marmelar e Moinhos da Funcheira, o PS pugna por Vilarinho, Rapoula e Formoselha e o PSD bate-se por Oriente.
Às aldeias podem chamar-se vilas e a estas cidades. Um conjunto de duas casas pode ser elevado a vila que, dai, não vem mal ao país, mas criar concelhos é aumentar despesas, rotundas, empresas municipais e empregos parasitários para angariadores de votos, sem utilidade pública. O problema não reside na nomenclatura mas nos encargos supérfluos e nos bairrismos agressivos.
Se o Governo, este Governo, que teve coragem para fechar escolas sem alunos, lugares sem conteúdo e empresas públicas sem objectivo, não for capaz de resistir aos caciques que pretendem mais freguesias e concelhos, vamos assistir ao milagre da multiplicação das arruaças de outras Canas de Senhorim e novas Fátimas.
Há quem, por demagogia, maldade, insensatez ou tolice queira tornar inviável o país que a democracia resgatou do atraso secular e da herança fascista, não se contentando com 308 concelhos e 4261 freguesias que retalham o território nacional.
Há quem crie riqueza enquanto outros tentam capturá-la. Em vez da regionalização do País, aproveitando as cinco regiões para a indispensável reestruturação administrativa, há quem prefira regressar ao sistema feudal com pequenos enclaves para reinar.
Dissimulam a volúpia de dilacerar concelhos com a alegada tradição municipalista. Não descansam enquanto não regressarem ao número anterior a Mouzinho da Silveira. As freguesias cujas competências se confundem, em zonas urbanas, com as dos municípios, estão em franca expansão e há um caso de uma freguesia extinta, porque uma sentença judicial entregou a respectiva área ao proprietário, tendo ficado deserta, que se manteve, deslocada para a localidade anexa, logo promovida a freguesia.
O PSD patrocina Sacavém como concelho e o CDS Vila Meã. Quanto às freguesias, o CDS ataca com Marmelar e Moinhos da Funcheira, o PS pugna por Vilarinho, Rapoula e Formoselha e o PSD bate-se por Oriente.
Às aldeias podem chamar-se vilas e a estas cidades. Um conjunto de duas casas pode ser elevado a vila que, dai, não vem mal ao país, mas criar concelhos é aumentar despesas, rotundas, empresas municipais e empregos parasitários para angariadores de votos, sem utilidade pública. O problema não reside na nomenclatura mas nos encargos supérfluos e nos bairrismos agressivos.
Se o Governo, este Governo, que teve coragem para fechar escolas sem alunos, lugares sem conteúdo e empresas públicas sem objectivo, não for capaz de resistir aos caciques que pretendem mais freguesias e concelhos, vamos assistir ao milagre da multiplicação das arruaças de outras Canas de Senhorim e novas Fátimas.
Há quem, por demagogia, maldade, insensatez ou tolice queira tornar inviável o país que a democracia resgatou do atraso secular e da herança fascista, não se contentando com 308 concelhos e 4261 freguesias que retalham o território nacional.
Comentários
Serve apenas um regabofe que mete medo, alimenta uam clientela caciqueira e insaciável, debilita o ideal democrático, não serve ninguém, canibaliza o país e suga o frágil erário público.
Uma reforma administrativa era urgente. Mas que partido tem hoje a coragem e o patriotismo de a levar à prática?
Aplaudo, no entanto, a lucidez do Ponte europa, que ao menos coloca abertamente o problema.
A reforma administratiova é fundamental, devia ter sido a 1ª das reformas, é fundamental, para acabar com os interesses instalados, a mama do erário público tem de acabar.
Há muita freguesia e concelho que tem de acabar, haja coragem.
Com o PSD a renegar os acordos previamente assinados, é impossível avançar no sentido da reforma administrativa.