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A FRASE
Por
Carlos Esperança
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A descolonização trágica e a colonização virtuosa
Por
Carlos Esperança
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Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
Há mulheres que têm medo do parto normal por causa das dores e dos "pontos", preferindo a cesariana, pois as técnicas mais recentes disfarçam muito bem a cicatriz.
Deve estar a brincar!
Então se forem pedir para matar o filho têm tudo pago, sem quaisquer explicações, o número de vezes que quiserem.
Se quiserem ter o filho por cesariana a reivindicação já não é séria?
Este PS está a assumir posições cada vez mais monstruosas e anti-humanas.
O que é que o PS tem que ver com a cirurgia a pedido?
O resto é trauma quanto ao resultado do referendo e uso abusivo do verbo «matar».
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rj:
A decisão é médica e não pode deixar de o ser. O médico deve prodecer de acordo com o estado da arte.
Quem não quiser (o que é um direito) pode recusar a assistência médica.
Porque é que o direito ao aborto é mais importante do que o direito à cesariana?
Quanto à mulher que quer abortar é tudo direitos e traumatismos psicológicos, etc. Quanto à mulher que quer ter o filho mas tem razões para não querer o parto vaginal, já tem que ser decisão médica?
Sabe o que lhe digo: por essa lógica o aborto só com decisão médica "e não pode deixar de o ser. O médico deve prodecer de acordo com o estado da arte. Quem não quiser (o que é um direito) pode recusar" o aborto.
O PS tem vindo a facilitar tudo o que leve a que se tenha menos filhos e a facilitar tudo o que desestruture as famílias.
A menos que esta tendência de reduzir ainda mais o número de filhos seja um plano deliberado. O PS deve achar os genes dos portugueses maus e por isso o será substituir a população autóctone por emigrantes. Isso é o que está a acontecer.
2º - Confundir "interrupção voluntária da gravidez" com "matar o filho" é puro terrorismo ideológico, demagogia anti-humanista e beata, própria da padralhada reaccionária, que cada vez tem menos clientes, como se viu pelo último referendo sobre o aborto, e se vê pelo cada vez menor número de casamentos religiosos (já são menos de metade)
e pela chamada "crise de vocações".
3º- O facto de para Portugal virem muitos emigrantes não resulta de nenhum desígnio do Governo, mas sim do facto de haver em Portugal muitos empregos que os portugueses não querem aceitar. Diz-se que em Portugal há muito desemprego, o que não corresponde exactamente à realidade; empregos há (como trabalhadores da construção civil, empregados da indústria hoteleira, etc.); os portugueses é que não os querem exercer, porque entendem que por terem o 9º ano de escolaridade - obrigatória, e muito bem - tais empregos já são indignos deles.
Tente ver quem aprovou a lei do aborto e quem define as políticas de saúde em Portugal neste momento.
"2º - Confundir "interrupção voluntária da gravidez" com "matar o filho" é puro terrorismo ideológico, demagogia anti-humanista"
Pode fundamentar o que diz? Ou acha que o feto antes de nascer é uma coisa que pertence à mãe e depois de nascer (sai de dentro da mãe e muda a fonte de oxigénio) passa a ser pessoa e cidadão?
"3º- O facto de para Portugal virem muitos emigrantes não resulta de nenhum desígnio do Governo"
O problema não é a entrada de emigrantes mas sim o facto de os que já cá estão terem uma taxa de reprodução tão baixa que é insuficiente para repor a população.
Parece que agora são as mulheres que optam por isso... "Há cada reivindicação! E há quem as leve a sério!"
Parabéns pelos seus comentários.
Quem decide ter um filho, sabe à partida que vai sofrer mais ou menos dores. Mas são dores "normais", não o resultado de qualquer doença. Por muito intensas que sejam (e sei bem do que falo)esquecem-se de seguida e, se se tiver condições para isso, que venha o próximo. Também penso (se calhar erradamente) que o trabalho conjunto, mãe e filho, de luta pela vida, pode estabelecer entre os dois uma ligação que talvez se perca um pouco com a cesariana. Teorias minhas que não pretendo genelarizar. O que não compreendo é a vantagem da cesariana sem que esta obedeça a uma decisão médica.Em tempos também houve a moda de não amamentar.Enfim...
Já me esquecia do mais importante:como resultado da sua desobediência, Deus castigou a mulher, dizendo-lhe "entre dores parirás".
Agora o que é que o governo tem a ver com isto?
Só agora é que existe governos????
rosita
A sua fundamentação fará as delícias de qualquer opositor fundamentalista do aborto. Quem tem filhos (ou quem tem relações sexuais) sabe quais são as consequências "naturais" e por isso não compreende as reivindicações de quem quer ter uma palavra a dizer sobre o seu corpo.
Devo concluir daí que é também contra o aborto a pedido?
Neste ponto, não concordo consigo.
É um direito do paciente a escolha do procedimento médico, após consentimento esclarecido, entre as alternativas terapêuticas disponíveis.
Cumprimentos,
A minha estima pelas pessoas não se pauta pela semelhança dos pontos de vista.
Ainda bem que há posições divergentes.
E ambos sabemos o que custavam na ditadura.